sexta-feira, 14 de agosto de 2009

DESPERDÍCIO DE TALENTOS DIAMANTES DESCARTADOS


DESPERDÍCIO DE TALENTOS
Theodiano Bastos 


Segundo o último Censo Escolar do MEC em 2017, no ensino médio tinha 7,9 milhões de matriculados, dos quais 7,9% têm atividades em tempo integral. Já no ensino fundamental tinha 48,6 milhões de matriculados, ou seja um total de 56,5 milhões, dos quais 169 mil teriam superdotados (3%) e o BRASIL NÃO PODE DESPERDIÇAR ESSES TALENTOS.


                         A respeito, esclarece a Profa. Suzana Pérez, Presidente do Conselho Brasileiro de Superdotação: A estimativa da Organização Mundial da Saúde, que, por estar baseada apenas nos resultados de testes de QI, é a mais conservadora, aponta um índice de 3,5 a 5% em qualquer país. Esse índice, porém, não considera as Altas Habilidades/Superdotação em áreas não cognitivas, e nem sequer aqueles que, mesmo tendo Altas Habilidades/Superdotação em áreas cognitivas, são
superdotados do tipo criativo e, geralmente, não costumam ter escores altos em testes padronizados. No Rio Grande do Sul foi feito um estudo de prevalência, em 2001, que indicou um índice de 7,78%, considerando uma definição mais ampla de superdotação (Renzulli, 1975, 1986) e de inteligência (Gardner, 1993, 2000) e ele não deve ser muito diferente em outros estados.
                                                                                      
                                      Há três anos o MEC implantou nos 26 estados e no distrito federal, os Núcleos de Atividades de Altas Habilidades/Superdotados – NAAH/S que funcionam com recursos do  MEC/SEESP/UNESCO.
                                       Que a gerência dos programas sejam entregues a  profissionais com perfil de gestores, a fim de que possa implantar o Programa em todo o país, usando as funções da UAB – Universidade Aberta do Brasil, implantando em cada município uma unidade da ASPAT -  Associação de Pais e Amigos para Apoio ao Talento  e se possível,  unidades do CEDET – Centro para Desenvolvimento do Potencial e Talento, propostos pela educadora Zenita Guenther.

                                 DIAMANTES DESCARTADOS
                                Cláudio de Moura Castro, em Veja de 07/05/08 p. 22, diz: “Estima-se que 3% da população são diamantes em meio ao cascalho e ao cristal.” E que são ignorados pela escola pública do Brasil, onde devem ser “integrados” aos demais, quando em outros países eles merecem uma atenção especial. Os talentosos são impedidos de desabrochar no tipo de escola pública no Brasil  e por isso “Desajustam-se ou fingem ser medíocres, a fim de evitar conflitos e embaraços. São diamantes descartados. Jogamos no lixo essa matéria-prima que é uma propriedade pública e ninguém tem o direito de desperdiçá-lo”  e estamos perdendo essa riqueza, alerta Ensino de baixa qualidade gera rebeldia em aluno superdotado, diz diretor do Ministério da Ciência e Tecnologia. E que a Rede pública tem núcleos específicos de atendimento aos superdotados.
          
                    O QUE SE ESPERA DO PROJETO
                    1) A identificação dos talentos individuais nas diversas áreas dos ensinos fundamental e médio do país; 2) despertar entre os jovens o espírito cientifico, facilitando a expressão de sua imaginação criadora;  3) criar condições para detectar talentos e formar empreendedores; 4) criar condições para a inserção social dos jovens talentos com prioridade para  escolas públicas, facilitando o desenvolvimento da auto estima, a formação de sua própria identidade; e criar condições de acompanhamento de desenvolvimento pessoal e formação básica dos estudantes inseridos nos programas do projeto.

                     RISCO DE DESVIO DE CONDUTA
                               Especialistas alertam que talentos podem ser desviados para atividades anti-sociais.  Os bandidos estão chegando primeiro a esses jovens que se despontam, levando-os a utilizar essa alta capacidade, que poderia trazer o bem para a sociedade, para fazer o mal, onde os jovens com altas habilidades/superdotados encontram no mundo do crime o desafio, a instrução e a valorização que não tiveram na escola. Os melhores resultados são encontrados quando a família é parte ativa na educação. E prioridade na aplicação imediata nas escolas dos bairros mais violentos das cidades brasileiras.
                    OBSTÁCULOS A SUPERAR:
                              O academicismo emperra o andamento dos projetos na área. “eles (os professores de sala de aula e equipes técnicas de educação básica. São esses os educadores com quem as crianças contam)  não podem ficar todo tempo esperando os acadêmicos destrincharem suas questões polêmicas, traduções, divergências e pontos de vista. Eles precisam começar a agir, imediatamente, pois as crianças crescem depressa, e seu potencial não pode esperar”, alerta a  Profa. Zenita Guenther
                                   “Escola é como empresa; se não buscar a eficiência com método e competência, ela não virá. Precisa dimensionar a demanda, estabelecer metas, cronogramas e acompanhar resultados” E “Para que os mais dotados se tornem em esteios da sociedade, ou desempenhem o papel que deles se espera, faz-se necessário dispensar-lhes cuidados especiais. O problema dos mais dotados é de tal importância que só esforços conjugados da sociedade e dos governos poderão resolvê-los eficientemente” Helena Antipoff


Nenhum comentário:

Postar um comentário