SER
FELIZ, SEGUNDO JUNG E EPICURO, por (*) Theodiano Bastos
“Mens sana in corpore sano”
Mens sana in corpore sano ("uma
mente sã num corpo são") é uma famosa citação latina, derivada da Sátira
X do poeta romano Juvenal. No contexto, a frase é parte da
resposta do autor à questão sobre o que as pessoas deveriam desejar na vida
(tradução livre): Deve-se pedir em oração que a mente seja sã num corpo
são.
Peça uma alma corajosa que careça do temor da morte, que
ponha a longevidade em último lugar entre as bênçãos da natureza,que suporte
qualquer tipo de labores,desconheça a ira, nada cobice e creia mais nos
labores selvagens de Hércules do que nas satisfações, nos banquetes e camas
de plumas de um rei oriental.
Revelarei aquilo que podes dar a ti próprio; Certamente,
o único caminho de uma vida tranquila passa pela virtude.
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É um tema muito caro neste mundo atribulado que vivemos, em que muitos de nós questiona o objetivo da vida e o que é "ser feliz". Para Carl Gustav Jung, para se ser feliz, é preciso se ter seis coisas na vida, que são:
1 - Boa saúde. 2 - Gosto pela beleza nas artes e na natureza. 3 - Um razoável padrão de vida. 4 - Um trabalho que dê satisfação. 5 Uma religião ou filosofia para enfrentar as vicissitudes da vida 6 - Um casamento feliz.
Mas adverte: “Um homem completo sabe que mesmo seu mais feroz inimigo, não um só, mas um bom número deles, não chega aos pés daquele terrível adversário, ou seja, aquele “outro” que habita em seu seio. Enfim, “O inimigo mais perigoso que você poderá encontrar será sempre você mesmo”. O “animus” é a polarização sombria e masculina da mulher. Já a “anima” é o lado sombrio e feminino do homem .” C.G. Jung Daí a necessidade do “Conhece-te a ti mesmo para conheceres os deuses e o
universo”, pregado por Sócrates.
Em busca na internet conseguimos conhecer a filosofia de Epicuro. O Epicurismo é o sistema filosófico ensinado por Epicuro de Samos, filósofo ateniense do século IV a.C., e seguido depois por outros filósofos, chamados epicuristas.
Epicuro propunha uma vida de contínuo prazer como chave para a felicidade, esse era o objetivo de seus ensinamentos morais. Para Epicuro, a presença do prazer era sinônimo de ausência de dor, ou de qualquer tipo de aflição: a fome, a abstenção sexual, o aborrecimento etc.
A finalidade da filosofia de Epicuro não era teórica, mas sim bastante prática. Buscava sobretudo encontrar o sossego necessário para uma vida feliz e aprazível, na qual os temores perante o destino, os deuses ou a morte estavam definitivamente eliminados. Para isso fundamentava-se em uma teoria do conhecimento empirista, em uma física atomista e em uma ética hedonista.
No antigo mundo da zona Mediterrânea, a filosofia epicurista conquistou grande número de seguidores. Foi uma escola de pensamento muito proeminente por um período de sete séculos depois da morte do fundador. Posteriormente, quase relegou-se ao esquecimento devido ao início da Idade Média, período em que se perderam a maioria dos escritos deste filósofo grego.
A idéia que Epicuro tinha, era que para ser feliz o homem necessitava de três coisas: Liberdade, Amizade e Tempo para meditar, isto é, aprender a se proteger de si mesmo. Essa filosofia é o que rege muitas empresas de marketing e propaganda, em vez de vender o produto ela vende uma destas três opções associadas ao produto. Na Grécia antiga existia uma cidade na qual, em um muro na frente de um mercado, tinha escrito toda a filosofia da felicidade de Epicuro, procurando conscientizar as pessoas que comprar não as tornaria mais felizes como elas acreditavam.
Uma agência de publicidade, Inspirada na filosofia de Epicuro anuncio uma bela mansão com um caríssimo carro estacionado na frente e no rodapé do anúncio: “A felicidade não está incluída”. Certa vez uma grã-fina carioca pediu que Oscar Niemayer fizesse uma planta de uma casa “que deixasse a pessoa feliz”, ao que Niemayer respondeu: “Quem é que vai morar nessa casa”?
Diz um provérbio escocês: Procure ser feliz enquanto estiver vivo porque você vai ficar muito tempo morto...
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SER FELIZ, SEGUNDO TAL BEM-SHAHAR
(*) Theodiano
Bastos é escritor, autor dos livros:
O Triunfo das Idéias, A Procura do
Destino, BRASIL O LULOPETISMO NO PODER, “PEGADAS DA CAMINHADA" e
LIDERANÇA, CHEFIA E COMANDO e coletâneas publicadas pelo CEPA/UFES e é fundador e presidente do Círculo de Estudo, Pensamento e Ação, CEPA –
ES www.cepa.ufes.br
Gostaria de saber em qual obra de Jung consta estas colocações que estão em seu texto. Grata. Raquel http://soliloquiospsicanaliticos.blogspot.com/
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