sexta-feira, 14 de agosto de 2009

AS RELIGIÕES E A MÚSICA



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AS RELIGIÕES E A MÚSICA,                                                                                           por Theodiano Bastos

O terrorismo do fundamentalismo islâmico desencadeou a 3ª Guerra Mundial. Não se encontra no Alcorão, — as revelações de Deus, Alá, ao profeta Maomé (570-632) — nada que justifique a matança de inocentes em 11de setembro de 2001 nos EUA, agora na Espanha, ou homens-bombas em toda parte do mundo; como não se justifica o uso da Bíblia e o nome de Cristo para que os católicos promovessem a Inquisição e as Cruzadas, ou que Ariel Sharon use a Torá e o Talmude para que Israel use o nome de Jeová, Javé, para fazer o que faz com os palestinos. Não se justifica matar em nome de Deus. Cristianismo, judaísmo e islamismo têm origem comum. As três religiões surgiram no mesmo lugar. Moisés e Jesus são aceitos como profetas no islamismo. Abraão, por exemplo, é patriarca dos cristãos, judeus e muçulmanos.
Diz Dom Hélder Câmara em seu livro “Revolução Dentro da Paz”: “Quando eu nasci, meu pai era maçom convicto, não se interessava por religião. Meu pai me ajudou a ver que é possível ser bom, sem ser religioso. Mais tarde, eu mesmo compreendi como é possível ser católico praticante e ser egoísta”. No mesmo livro, Dom Hélder (Hélder quer dizer céu limpo) conta que um prolongado temporal interditou completamente todas as estradas de chão que ligavam um vilarejo. Velhos, mulheres e crianças já não tinham o que comer. Duas carroças foram mandadas aonde tinham víveres. Na volta, as carroças ficaram atoladas. Um dos carroceiros era devoto e ali mesmo na lama e embaixo de chuva ajoelhou-se pedindo ajuda de Deus. O outro, arranjou um pedaço de pau que colocava embaixo da roda e tentava levantá-lo com o outro; e aconteceu o milagre: Um anjo veio do Céu e foi direto ao carroceiro que xingava, batia no burro e tentava desatolar a carroça. O carroceiro perplexo disse: “É ele que é devoto”. Não, respondeu o anjo: “Deus ajuda a quem trabalha. Faz por ti que eu te ajudarei”.
Recebi a Graça da Fé; Vivenciei o dogma da Cruz: a redenção que sucede ao sofrimento e conheci a Ressurreição em vida. Creio na existência do Criador, o Panteísmo que considera e vê Deus em tudo e que só o homem, por seus próprios meios, pode despertar de suas ilusões. Precisamos, sim, de uma filosofia ou religião para suportar as vicissitudes da vida, até mesmo na música clássica: Bach, Mozart, Beethoven, Chopin, Dvorák, Brahms, Haendel, o Adágio de Tomaso Albinoni etc. “A música tem o poder de dissolver as tensões do coração e a violência de emoções sombrias, ensina o I Ching. É também a companheira na alegria, o bálsamo nas dores e serve como refúgio, consolo e deleite. A música oferece, mais que simples entretenimento, a oportunidade de experimentar sensações profundas e mergulhar na introspecção. Música é vida interior. E quem tem vida interior, jamais padece de solidão”

Jung, no livro “Psicologia e Religião”, alerta para os perigos da alma, para temer as forças impessoais que se acham ocultas em seu inconsciente, pois quando as pessoas se reúnem em grande número, elas se transformam em turba desordenada, desencadeando-se as feras e demônios que dormitam no fundo de cada indivíduo. Um homem afável pode tornar-se um louco varrido ou uma fera selvagem. Na realidade, vivemos sempre como que em cima de um vulcão, e a humanidade não dispõe de recursos preventivos contra uma possível erupção que aniquilaria todas as pessoas ao seu alcance, quando nele irrompem as forças coletivas (a epidemia psíquica) capazes de transformar aviões de passageiros em mísseis, explodir trens de passageiros, igrejas, clubes, gases venenosos em metrôs, como fizeram no Japão, ou mesmo usar alguns dos 80 artefatos nucleares portáteis roubados dos arsenais da antiga União Soviética. A batalha de Armagedon de que fala Nostradamus em suas Profecias, é o nome de um monte no Iraque. A Humanidade corre um grande risco.

"Ao homem de oração implica um diálogo profundo com seu eu interior, cujo efeito é a radiação da serenidade e de infinita paciência e crer em Deus a partir de todo o seu ser.
A experiência cósmica da religião é o motivo mais nobre da pesquisa científica. O sentimento de mais alta e mais nobre repercussão é a vivência da realidade mística. Só dai surge a verdadeira ciência. Quem estiver alheio a este sentimento, incapaz de admirar-se e abismar-se em profundo respeito, conta como espiritualmente morto. Saber que o insondável realmente existe, manifestando-se como verdade suprema e beleza irradiante das quais temos apenas uma vaga intuição, constitui o âmago da verdadeira religiosidade. Minha religião consiste numa humilde adoração de um Ser infinito, de natureza superior e que se manifesta mesmo nos pequenos detalhes da vida. (ALBERT EINSTEIN)


 (*)Theodiano Bastos é escritor, autor dos livros: O Triunfo das Idéias, A Procura do Destino, Liderança, Chefia e Comando, O Lulopetismo no Poder e coletâneas e é presidente da ONG CEPA – Círculo de Estudo, Pensamento e Ação, em Vitória – ES (www.cepa.ufes.br).

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