domingo, 21 de novembro de 2010

DILMA, PARTICIPAÇÃO NA LUTA ARMADA

FOLHA ABRE O COFRE DO STM - Superior Tribunal Militar.
Em 16/11/10, o STM liberou o acesso a processo de Dilma. Os ministros do STM desautorizaram decisão do presidente da corte e liberaram à Folha de São Paulo o acesso aos autos do processo que levou a presidente eleita Dilma Rousseff (PT) à prisão, na ditadura (1964-85).

Em seu primeiro discurso como presidente eleita, Dilma Rousseff disse:: “Mas quem, como eu, lutou pela democracia e pelo direito de livre opinião arriscando a vida; quem, como eu, e tantos outros que não estão mais entre nós, dedicamos toda nossa juventude ao direito de expressão, nós somos naturalmente amantes da liberdade. Por isso, não carregarei nenhum ressentimento. Disse e repito que prefiro o barulho da imprensa livre ao silêncio das ditaduras”.
Mas a verdade é que todos os que pegaram em armas, como ela, não o fizeram para o retorno da democracia no Brasil, mas para substituir a ditadura militar vigente na época, para implantar o comunismo no Brasil, isto é, um regime totalitário nos moldes da Rússia de Stalin, da China de Mao Tse-Tung, de Cuba de Fidel Castro, isto é, uma ditadura ainda mais terrível que a dos militares de 1964, essa é a verdade. E Dilma era Trotskista, a corrente mais radical da Revolução Russa e a corrente do PT que está no poder é a do “Campo Majoritário” e majoritário em Russo é Bolchevique.
E, segundo Fernando Gabeira, “o sonho do PT é o modelo chinês: autoritarismo político e liberalismo econômico”.
Aí está o perigo da Dilma presidente, mas ela merece o benefício da dúvida.

Taís Gasparian, advogada do jornal, comemorou a decisão, "uma vitória não só da Folha, mas de toda a sociedade". "O STM honrou com sua tradição liberal. É uma vitória um pouco óbvia, já que esse processo jamais poderia ficar sob sigilo." Em agosto, a Folha revelou que o processo de Dilma foi trancado em um cofre do tribunal, em março, por decisão do presidente do STM. Além de querer evitar uso político do processo, Soares disse que os documentos estavam deteriorados. Arquivado desde 1970, o processo traz informações de Dilma e outros militantes que atuaram na VAR-Palmares, organização da esquerda armada. Presa no início de 1970, ela foi condenada por subversão, torturada e solta no final de 1972.
A presidente eleita, Dilma Rousseff, zelava, junto com outros dois militantes, pelo arsenal da VAR-Palmares, organização que combateu a ditadura militar (1964-1985). Entre os armamentos, havia 58 fuzis Mauser, 4 metralhadoras Ina, 2 revólveres, 3 carabinas, 3 latas de pólvora, 10 bombas de efeito moral, 100 gramas de clorofórmio, 1 rojão de fabricação caseira, 4 latas de "dinamite granulada" e 30 frascos com substâncias para "confecção de matérias explosivas", como ácido nítrico. Além de caixas com centenas de munições. A descrição consta do processo que a ditadura abriu contra Dilma e seus colegas nos anos 70. A Folha teve acesso a uma cópia do documento. Com tarja de "reservado", até anteontem ele estava trancado nos cofres do Superior Tribunal Militar. Por dez votos contra um, os ministros do tribunal reconheceram o direito do jornal de ter acesso aos papéis. Depois de manusear um primeiro lote de cópias, os repórteres Matheus Leitão e Lucaz Ferraz, da Folha, informam o seguinte:

1. Dilma Rousseff detinha, junto com outros dois militantes, os códigos que, combinados, levavam a um arsenal.

2. Eram as armas da VAR-Palmares, organização que combateu a ditadura militar (1964-1985).

3. A revelação foi levada aos autos num “depoimento” arrancado de João Batista de Sousa em março de 1970.

4. Companheiro de Dilma, João Batista falou sob tortura. Mas, procurado pelos repórteres, confirmou o conteúdo do processo, adicionando detalhes.

5. Responsável pela guarda do armamento da VAR-Palmares, João Batista desenvolveu um código que identificava o endereço, em Santo André (SP).

6. Dividiu o segredo com outras duas pessoas da organização. Um pedaço do código foi repassado a Dilma. Nessa época, ela se escondia sob o codinome de “Luíza”.

7. O outro naco do código foi às mãos de Antonio Carlos Melo Pereira, que, na clandestinidade, atendia pelo nome de “Tadeu”.

8. Na hipótese de prisão de João Batista, Dilma e Antonio Carlos teriam como chegar ao “aparelho” das armas. Bastaria que juntassem as duas partes do código.

9. "Fiz isso para que Dilma, minha chefe na VAR, pudesse encontrar as armas", declara, hoje, já decorridos 40 anos, João Batista.

11. João Batista participou de assaltos a bancos e mercados. Hoje, conta: "Informava todas as ações para Dilma com três dias de antecedência".

19. No caso específico, os dados foram corroboradas por quem as prestou. De resto, até o “lixo” e os métodos da ditadura têm inestimável valor historiográfico.

Não é por outra razão que o petismo, Dirceu incluído, defende a criação de uma "Comissão da Verdade". O companheiro não há de supor que a verdade é via de mão única. No mais, um país que desconhece o seu passado perde a oportunidade de aproveitar, no presente, os acertos pretéritos. Perde também a chance de esquivar-se dos erros.

Tenho um amigo que esteve preso com Dilma na OBAN e na Penitenciária Tiradentes em São Paulo e confirma que todos foram, inclusive a Dilma, “barbaramente torturados” na OBAN. Esse amigo testemunhou para vários companheiros de prisão para receberem indenização, mas ele próprio se recusa a esse benefício. E informa que Dilma era tida como a mais radical dos presos.