Investigação revela plano para sequestro de Sergio Moro; veja a cronologia
O local
onde Moro ficaria, os muros de 3 metros de altura impediam que quem estivesse
do lado de fora observasse o que se passava dentro da chácara. As serpentinas de
arame farpado desestimulariam qualquer aventureiro a entrar. A propriedade fica
a 48 km de Curitiba
Documentos da Polícia Federal e da Justiça mostram em detalhes as ações do grupo suspeito de planejar o sequestro do ex-juiz e de outras autoridades.
Uma operação foi deflagrada na quarta-feira (22) para cumprir mandados
judiciais contra suspeitos de envolvimento no esquema. O g1 elaborou uma cronologia do caso com detalhes
das investigações.
A linha do tempo a seguir foi desenhada a partir de informações de
relatório da Polícia Federal (PF), enviado à 9ª Vara da Justiça Federal
em Curitiba, e de decisões da juíza Gabriela Hardt
emitidas na terça-feira (21) no âmbito das investigações. Confira abaixo.
▶️ 2 de fevereiro de 2023: uma testemunha
protegida pela Justiça depôs ao Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime
Organizado, do Ministério Público de São Paulo. A testemunha disse ser ex-integrante do PCC
e estar jurado de morte pela facção, que atua dentro e fora de presídios
brasileiros.
- A testemunha relatou aos promotores que uma
célula da facção, responsável por crimes contra autoridades e agentes
públicos, planejava cometer um ataque contra Moro e outras pessoas. Ela
também indicou telefones de suspeitos.
- Um dos
suspeitos citados pela testemunha é Janeferson Aparecido Mariano Gomes,
apontado como líder do plano e integrante de célula do PCC chamada
"Restrita 05".
▶️ Início do inquérito: o Grupo Especial de Investigações Sensíveis da
PF abriu inquérito, em 3 de fevereiro, para apurar "possível plano de
sequestro de autoridade pública".
- A partir dos números de celular informados pela
testemunha, a Justiça autorizou interceptações telefônicas e quebras de
sigilo das linhas.
- Além disso, a partir dos celulares, foram
identificados e-mails que ajudaram a comprovar a ligação dos números com
Janeferson, considerado o arquiteto do plano. A investigação comprovou que
os e-mails são de pessoas ligadas ao narcotráfico e ao PCC.
- Os e-mails levaram à troca de mensagens por
aplicativo entre a suspeita Aline Maria Paixão e Janeferson, com quem
teria relação amorosa. A mensagem, segundo a investigação, indicou
existência "real" do plano de sequestrar Moro.
- O
codinome "Tókio", segundo a polícia, refere-se ao ex-juiz. Já
"Flamengo" quer dizer sequestro. Confira na imagem
abaixo. Lula fez 'gol contra' ao levantar suspeitas sobre Moro após
operação da PF, avaliam aliados
Planejamento do crime
A polícia conseguiu rastrear uma troca de mensagens com prestações de
contas do grupo indicando gastos para o planejamento do crime. Entre as despesas
estão alugueis de imóveis, viagens, alimentação, combustível, armas, carros,
etc. Veja na imagem abaixo.
dos e-mails feita pela polícia
identificou ações concretas no andamento do plano, como mapeamento e vigilância
das atividades de Moro.
▶️ Veículo para o crime: A polícia identificou em
troca de emails várias fotos de carros, entre eles uma Mercedes blindada.
- O carro, segundo as investigações, poderia ser
usado na execução do plano.
- O veículo foi vendido recentemente a uma
pessoa apontada como pai de Hemilly Adriane Mathias Abrantes, uma das
suspeitas.
- Hemilly já foi presa por furto qualificado.
Ela é casada com um membro do PCC, sendo que o irmão dela também tem
ligação com a facção.
- O
marido da suspeita está preso na Penitenciária Estadual de Piraquara, que
abriga exclusivamente integrantes do PCC, segundo a investigação.
SAIBA MAIS EM: https://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2023/03/24/investigacao-revela-plano-para- E https://veja.abril.com.br/brasil/documentos-ineditos-detalham-plano-para-sequestrar-e-matar-sergio-moro sequestro-de-sergio-moro-veja-a-cronologia.ghtml
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