quinta-feira, 13 de julho de 2023

ESTADOS DECIDEM MANTER ESCOLAS CÍVICO-MILITARES APÓS ENCERRAMENTO DE PROGRAMA DO GOVERNO FEDERAL

 


Por THEODIANO BASTOS

SP, SC, PR e outras unidades federativas pretendem utilizar o modelo de ensino, mesmo com o fim do Pecim, instituído na gestão de Jair Bolsonaro

Após o governo federal decidir encerrar o Programa Nacional das Escolas Cívico Militares (Pecim), alguns estados devem manter este modelo de ensino na rede pública local, de acordo com levantamento realizado pela CNN com os governos estaduais.

Em São Paulo, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) anunciou que pretende editar um decreto para regular um programa próprio de escolas cívico-militares. A intenção é ampliar as unidades escolares da rede pública que utilizam esse formato em todo o estado.

O governo de Santa Catarina disse que irá manter o modelo de ensino cívico-militar nas nove escolas do estado que já adotavam o método. A continuidade do programa contará com recursos estaduais e a Secretaria de Estado da Educação já estuda um novo nome para este projeto.

A Secretaria da Educação do Paraná diz que respeita a decisão do Ministério da Educação (MEC), mas afirmou que os doze colégios cívico-militares que estão vinculados ao programa federal irão continuar neste formato, mas vão migrar para a rede estadual, que já conta com outras 194 escolas nesse modelo, geridas por recursos próprios.

Além do Paraná, outras cinco unidades federativas responderam à CNN que possuem escolas cívico-militares independentes do programa federal e que não sofrerão nenhum impacto com a recente decisão do governo Lula. É o caso de Rio de Janeiro, Bahia, Goiás, Rondônia e Distrito Federal.

Minas Gerais, que possui oito escolas vinculadas ao Pecim, disse que foi comunicada pelo MEC da decisão. O estado analisa a situação para tomar uma decisão sobre o futuro desses colégios. O mesmo movimento acontece no Amazonas.

O Ministério da Educação já enviou ofícios às secretarias estaduais da educação comunicando sua decisão. No documento, obtido pela CNN, a manutenção do programa é desaconselhada a partir do próximo ano letivo.

“As características do Programa e sua execução até agora indicam que sua manutenção não é prioritária e que os objetivos definidos para sua execução devem ser perseguidos mobilizando outras estratégias de política educacionais”, diz o texto.

Governadores como Tarcísio de Freitas e Cláudio Castro foram às redes sociais para justificar a manutenção do modelo em São Paulo e no Rio e disseram que planejam ampliar as unidades.

“Fui aluno de Colégio Militar e sei da importância de um ensino de qualidade e como é preciso que a escola transmita valores corretos para os nossos jovens. O governo de SP vai editar um decreto para regular o seu próprio programa de escolas cívico-militares e ampliar unidades de ensino com este formato em todo o estado”, disse Tarcísio.

“Vamos manter essas escolas já existentes. Nossa estratégia é ainda ampliá-las, já que elas se enquadram como escolas vocacionais e estão no escopo do novo ensino médio”, escreveu Castro.

Fui aluno de Colégio Militar e sei da importância de um ensino de qualidade e como é preciso que a escola transmita valores corretos para os nossos jovens. O @governosp vai editar um decreto para regular o seu próprio programa de escolas cívico-militares e ampliar unidades de…

— Tarcísio Gomes de Freitas (@tarcisiogdf) July 12, 2023

O nosso Estado tem longa tradição na formação militar do pais. É uma vocação! Temos 16 unidades no RJ que já trabalham com gestão compartilhada com as forças armadas e militares do estado. Atendemos aproximadamente 10 mil alunos.

SAIBA MAIS EM: https://educacao.uol.com.br/noticias/2023/07/13/entenda-decisao-mec-escolas-civico-militares.htm E https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/estados-decidem-manter-escolas-civicos-militares-apos-encerramento-de-programa-do-governo-federal/


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