terça-feira, 23 de março de 2021

VENCER O MEDO DA MORTE E CELEBRAR A VIDA



THEODIANO BASTOS

Aos nascermos sabemos que um dia vamos morrer e não se sabe quando e como, infelizmente.

Aos 39 anos minha mãe morreu de Doença de Chagas e eu tinha apenas 11 anos e os sete irmãos ficaram órfãos, o caçula com apenas 8 meses, uma tragédia e perdi o medo da morte. 

O principal medo do vírus é a morte. Aos 84 anos, vivencio uma guerra mundial contra o Coronavírus, um inimigo invisível, poderoso, mutante e traiçoeiro e o Brasil está com a saúde pública em colapso e caminha rapidamente para 300 mil mortes e já somos uma ameaça para o mundo já com quase 3 milhões de mortes, é a realidade.            

MEDO: 8 dicas de como você pode superar esta sensação!                                                                                  Superar o medo: 8 dicas de como você pode lidar com esta situação! (psicologiaviva.com.br)

ISABEL ALENDE, famosa escritora chilena, autora do livro A Casa dos Espíritos, sobrinha de Salvador Alende, ex presidente do Chile, assassinado pela tropas de Pinochet, diz em seu texto sobre O MEDO DA MORTE:

 “percebi que a morte é como o nascimento - uma transição, um limiar - e perdi o medo pessoal.

Neste momento, se apanhar o vírus - tenho 77 anos e pertenço ao grupo dos mais vulneráveis - posso morrer.  E esta possibilidade, neste momento da minha vida, apresenta-se muito clara, mas olho-a com curiosidade e sem medo.

O que esta pandemia me tem ensinado é a libertar-me de coisas. Nunca foi tão claro para mim que preciso de muito pouco para viver. Não preciso comprar, não preciso de mais roupas, não preciso ir a lugar nenhum, nem viajar. Agora, vejo que tenho coisas demais.

Não necessito de mais de dois pratos!

Começo a perceber quem são os verdadeiros amigos e as pessoas com quem eu quero estar."

E quando questionada sobre o ensinamento da pandemia para o coletivo, Isabel respondeu:

"Ensina-nos a fazer a triagem das prioridades e mostra-nos a realidade. Esta pandemia sublinha as desigualdades de oportunidade e recursos em que vive a sociedade em um nível global. Alguns passam a pandemia num iate e outros passam fome, nas ruas ou em casa fechados.

Também traz a mensagem de que somos uma única família.

O que acontece com um ser humano em Wuhan tem um reflexo no planeta inteiro.

Estamos todos ligados e isso é uma evidencia. Na realidade, a ideia tribal de que estamos separados por grupos e que podemos defender o nosso pequeno grupo dos outros grupos é uma ilusão.

Não existem muralhas ou paredes que possam separar as pessoas.

O vírus trouxe uma nova mentalidade e, atualmente, um grande número de pessoas, entre eles criadores, artistas, cientistas, jovens, homens e mulheres, caminham para uma nova normalidade.

Eles não querem voltar à normalidade antiga.”

O vírus convidou-nos a desenhar um novo futuro.

O que sonhamos para nós como humanidade global?

Percebi que viemos ao mundo para perder tudo.

Quanto mais se vive, mais se perde.

Primeiro, a gente perde os pais ou pessoas muito queridas, os animais de estimação, alguns lugares. E depois, lentamente, vamos perdendo

as nossas próprias faculdades físicas e mentais.

Não podemos viver com medo.  O medo estimula um futuro "turvo" para ser vivido no presente.

É necessário relaxar e apreciar o que temos e viver o agora".

6 comentários:

  1. Beatriz, Pé de Serra/BA: Esse texto é realmente uma profunda reflexão e que em todos os tópicos exala uma verdade sem limites.
    No final de 2019, por 3 meses participei de uma capacitação relacionada ao idoso. E foi realizada uma dinâmica onde cada um falava de um tema livre.
    Eu decidi falar de Saudades, pelo simples fato de ter nascido em um lar de idosos e hoje ter a honra de conviver com os idosos da academia da saúde.

    Relatei o seguinte: Eu não tenho medo de morrer, tenho medo de sentir saudades. Saudades de quem se foi ou saudades por partir deixando para traz as pessoas que amo. Não sei a real cituação do que é realmente o futuro por traz do céu azul. Imajinamos e até criamos senário bonito, com pedras de Jasper, diamantes e rubis, mas será que será assim.? Baseando me, em pequenos episódio do tipo desmaio pós queda, pode ver meus parentes e amigos, entre outros desconhecidos para mim, mas que todos juntos andavam em total sintonia, e o que vi, nada mais era que uma paisagem tranquila veredas meio a Caatinga, e pessoas que em grupos andavam na mesma direção.
    Então me pergunto? Deus na sua infinita bondade, sabe de todas as coisas e pode determine como quiser, se o céu for aqui dentro do mesmo planeta Terra, com limites celestiais para cada categoria de evolução espiritual? Não sei, são pensamentos meu.

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  2. Gleide, Vitória/ES: Mto inteligente👏👏👏

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  3. Mercedes Lopes Coutinho, Salvador/BA: Vibremos LUZ

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  4. Getúlio Bastos, Feira de Santana/BA: Gostei do texto de Isabel Allende Gratidão a Deus vc é meu irmão. Aos 18 anos teve teinamento militar intenso visando uma possível terceiro guerra mundial. Eu me orgulho de você. Concordo e assino embaixo do seu texto. Boa noite irmão. Fique na paz fique na luz

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  5. Célia, Biassucê/BA: Mesmo fazendo parte da vida, a morte pra mim é o que de mais ruim possa acontecer. Perdir minha mãe com 64 anos ativa e tudo mais meu país mais tarde dores diferentes mas muita dor e saudade é você amigo não posso nem imaginar o que passa na cabeça de uma criança de onze anos.Uma coisa é certa recebemos o amparo de Deus para suportar tudo isso

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  6. rubens silva pontes, Capim Branco/MG:

    Além de inevitáveis tropeções no nosso caminhar, muitíssimas vezes nos tomamos

    de perplexidade diante das encruzilhadas que nos são propostas; quedas são necessariamente superadas,

    mas o caminho escolhido será sempre uma incógnita no caminho que nos leva ao futuro.

    SERENO FIM-DE-SEMANA.

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