O sonho do capitão é implantar no Brasil o mesmo esquema de Hugo Chávez na Venezuela, por isso a influência ideológica nas forças armadas é um perigo.
Forças Armadas não são milícia de presidente
Exército recusa autogolpe
Merval Pereira, de O Globo, diz: Não será fácil usar as Forças Armadas para autogolpe
Presidente se irritou com entrevista do general
Paulo Sérgio, que destacou medidas que impediram mortes por covid-19 no
Exército.
Fontes ouvidas pelo Correio afirmam
que o presidente Jair Bolsonaro pediu o cargo ao ministro da Defesa, general
Fernando Azevedo e Silva. A saída dele pegou de surpresa os setores políticos,
as Forças Armadas e o Supremo Tribunal Federal (STF).
Azevedo era a ligação do De acordo com
interlocutores do presidente, no domingo ele leu a entrevista do general Paulo Sérgio, chefe do
Departamento-Geral de Pessoal do Exército, concedida ao Correio.
No texto, o general destaca que a taxa de mortalidade por covid-19 do Exército
é de apenas 0,13%, enquanto na população em geral é de 2,5%.
Para
evitar mortes, a força-terrestre adotou campanhas maciças de distanciamento
social, uso de máscaras, isolamento, testagem em massa para evitar
contaminações nos quartéis e investiu pesado em logística para garantir
suprimentos hospitalares e equipes médicas nos 60 hospitais da força.
Além
disso, o protocolo do Exército prevê o uso de medicamentos recomendados pela
Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Agência Nacional de Vigilância
Sanitária para tratar doentes internados. O uso de hidroxicloroquina,
azitromicina, e outros remédios sem eficácia científica comprovada contra o coronavírus
não são indicados, e se prescritos pelo médico do meio militar, devem ser
utilizados após assinatura de termo de responsabilidade pelo
paciente.
Nos bastidores, fala-se que o
presidente pode indicar ao cargo o atual ministro da Casa Civil, general Braga
Netto. A demissão de Azevedo gera incômodo no meio militar. https://www.correiobraziliense.com.br/politica/2021/03/4914855-bolsonaro-pediu-o-cargo-ao-ministro-da-defesa-apos-ler-entrevista-de-general-ao-correio.html
Cúpula
das Forças Armadas também avalia entregar cargos ao governo
Os
comandantes do Exército, general Edson Pujol; da Marinha, almirante Ilques
Barbosa Júnior, e da Aeronáutica, brigadeiro Antonio Carlos Moretti Bermudez,
também avaliam entregar seus cargos. O pedido de demissão é uma resposta à
saída do ex-ministro da Defesa Fernando Azevedo e Silva.
Os
três comandantes têm demonstrado, nos bastidores, extrema irritação com a forma
“personalista” como o presidente Jair Bolsonaro vem tratando as Forças Armadas.
A insatisfação maior é no Exército. Nesta segunda-feira (29), o presidente
Bolsonaro pediu a exoneração do general Pujol para o então ministro da Defesa,
Fernando Azevedo e Silva. Silva se negou a entregar a cabeça do general Pujol e
pediu para deixar a pasta.
Durante
a condução da pandemia, Bolsonaro, por diversas ocasiões, chamou as Forças
Armadas de “meu Exército”. Isso tem incomodado o alto comando militar. Além
disso, os integrantes de Exército, Aeronáutica e Marinha vem buscando, nos
bastidores, distanciar-se ao máximo da forma como o governo tem tratado questões
centrais, como a pandemia do novo coronavírus, por exemplo.
A
questão, porém, deve ser definida apenas após uma primeira conversa com o
próximo ministro da Defesa, o general Braga Netto. Apesar de ser mais alinhado
com Bolsonaro, Braga Netto é bem avaliado entre os militares.
Nenhum comentário:
Postar um comentário