terça-feira, 30 de março de 2021

CRISE COM MILITARRES, DEIXA BOLSONARO ISOLADO NO EXÉRCITO


O sonho do capitão é implantar no Brasil o mesmo esquema de Hugo Chávez na Venezuela, por isso a influência ideológica nas forças armadas é um perigo.  

Elio Gaspari em O Globo: Forças Armadas não são milícia de presidente

Exército recusa autogolpe

“O general Fernando Azevedo e Silva saiu, ou foi saído, não importa, porque estava insatisfeito, não era ouvido e se recusou a politizar as Forças Armadas”... O Antagonista

 Merval Pereira, de O Globo, diz: Não será fácil usar as Forças Armadas para autogolpe

Presidente se irritou com entrevista do general Paulo Sérgio, que destacou medidas que impediram mortes por covid-19 no Exército.

Fontes ouvidas pelo Correio afirmam que o presidente Jair Bolsonaro pediu o cargo ao ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva. A saída dele pegou de surpresa os setores políticos, as Forças Armadas e o Supremo Tribunal Federal (STF).

Azevedo era a ligação do De acordo com interlocutores do presidente, no domingo ele leu a entrevista do general Paulo Sérgio, chefe do Departamento-Geral de Pessoal do Exército, concedida ao Correio. No texto, o general destaca que a taxa de mortalidade por covid-19 do Exército é de apenas 0,13%, enquanto na população em geral é de 2,5%.

Para evitar mortes, a força-terrestre adotou campanhas maciças de distanciamento social, uso de máscaras, isolamento, testagem em massa para evitar contaminações nos quartéis e investiu pesado em logística para garantir suprimentos hospitalares e equipes médicas nos 60 hospitais da força.

Além disso, o protocolo do Exército prevê o uso de medicamentos recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária para tratar doentes internados. O uso de hidroxicloroquina, azitromicina, e outros remédios sem eficácia científica comprovada contra o coronavírus não são indicados, e se prescritos pelo médico do meio militar, devem ser utilizados após assinatura de termo de responsabilidade pelo paciente.

Nos bastidores, fala-se que o presidente pode indicar ao cargo o atual ministro da Casa Civil, general Braga Netto. A demissão de Azevedo gera incômodo no meio militar. https://www.correiobraziliense.com.br/politica/2021/03/4914855-bolsonaro-pediu-o-cargo-ao-ministro-da-defesa-apos-ler-entrevista-de-general-ao-correio.html

Cúpula das Forças Armadas também avalia entregar cargos ao governo

Os comandantes do Exército, general Edson Pujol; da Marinha, almirante Ilques Barbosa Júnior, e da Aeronáutica, brigadeiro Antonio Carlos Moretti Bermudez, também avaliam entregar seus cargos. O pedido de demissão é uma resposta à saída do ex-ministro da Defesa Fernando Azevedo e Silva.

Os três comandantes têm demonstrado, nos bastidores, extrema irritação com a forma “personalista” como o presidente Jair Bolsonaro vem tratando as Forças Armadas. A insatisfação maior é no Exército. Nesta segunda-feira (29), o presidente Bolsonaro pediu a exoneração do general Pujol para o então ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva. Silva se negou a entregar a cabeça do general Pujol e pediu para deixar a pasta.

Durante a condução da pandemia, Bolsonaro, por diversas ocasiões, chamou as Forças Armadas de “meu Exército”. Isso tem incomodado o alto comando militar. Além disso, os integrantes de Exército, Aeronáutica e Marinha vem buscando, nos bastidores, distanciar-se ao máximo da forma como o governo tem tratado questões centrais, como a pandemia do novo coronavírus, por exemplo.

A questão, porém, deve ser definida apenas após uma primeira conversa com o próximo ministro da Defesa, o general Braga Netto. Apesar de ser mais alinhado com Bolsonaro, Braga Netto é bem avaliado entre os militares.

https://www.oantagonista.com/brasil/cupula-das-forcas-armadas-tambem-avalia-entregar-cargos-ao-governo/  

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