“O governo Bolsonaro virou uma espécie de quartel. Todo mundo armado, oficiais e soldados por todos os lados.”
Nem na
ditadura havia tantos militares dentro do governo, ocupando vagas em todos os
escalões da administração federal, no comando de estatais ou chefiando
ministérios. A máquina pública está sendo aparelhada por membros das Forças
Armadas
Entre
as 46 estatais que o governo comanda, 16 presidentes vieram do Exército, da
Marinha, da Aeronáutica ou da Polícia Militar. No caso dos ministérios, há 11
chefes de pasta militares, inclusive gente que não entende de nada, como o
general Eduardo Pazuello, especialista em logística que confunde o Amazonas com
o Amapá e nem médico é, mas comanda a Saúde. Para os militares, o governo virou
um novo campo de atuação profissional, onde há perspectiva de aumento de
salário, benefícios e, principalmente, ganhos de poder e influência sem
precisar se esforçar muito. A contrapartida é obedecer cegamente a Bolsonaro.
“Não é bom para a instituição militar se aproximar do dia-a-dia da política,
como está acontecendo”, diz o general Carlos dos Santos Cruz, ex-ministro da Secretaria
de Governo.
“O governo deveria buscar um equilíbrio
na representação da sociedade e não privilegiar nenhum grupo”. https://istoe.com.br/ocupacao-militar/
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