segunda-feira, 1 de março de 2021

OCUPAÇÃO MILITAR

“O governo Bolsonaro virou uma espécie de quartel. Todo mundo armado, oficiais e soldados por todos os lados.”

Nem na ditadura havia tantos militares dentro do governo, ocupando vagas em todos os escalões da administração federal, no comando de estatais ou chefiando ministérios. A máquina pública está sendo aparelhada por membros das Forças Armadas

Vicente Vilardaga

Entre as 46 estatais que o governo comanda, 16 presidentes vieram do Exército, da Marinha, da Aeronáutica ou da Polícia Militar. No caso dos ministérios, há 11 chefes de pasta militares, inclusive gente que não entende de nada, como o general Eduardo Pazuello, especialista em logística que confunde o Amazonas com o Amapá e nem médico é, mas comanda a Saúde. Para os militares, o governo virou um novo campo de atuação profissional, onde há perspectiva de aumento de salário, benefícios e, principalmente, ganhos de poder e influência sem precisar se esforçar muito. A contrapartida é obedecer cegamente a Bolsonaro. “Não é bom para a instituição militar se aproximar do dia-a-dia da política, como está acontecendo”, diz o general Carlos dos Santos Cruz, ex-ministro da Secretaria de Governo.

“O governo deveria buscar um equilíbrio na representação da sociedade e não privilegiar nenhum grupo”. https://istoe.com.br/ocupacao-militar/



 

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