segunda-feira, 25 de setembro de 2023

USINAS REVERSÍVEIS NA SUISSA

 


Por Pedro Valls Feu Rosa

A Suíça é um pequeno e pobre país encravado no coração da Europa, desprovido de recursos os mais básicos que se possa imaginar. Lá não há riquezas naturais fabulosas, acesso ao mar ou mesmo espaço – falamos de um país de vales cercados por montanhas geladas.
Pois bem: buscando produzir energia farta e barata – e bem assim prevenir eventuais problemas de abastecimento – construiu-se no lago Mutt uma das maiores e mais fascinantes usinas hidrelétricas jamais vistas, do tipo reversível.

Conforme divulgado pela administração suíça esta usina, com potência de 1.000 MW, e cuja barragem mede 1.025 metros, é a mais potente de seu tipo no país – segundo consta, há outras 15 em funcionamento. Custou US$ 2,1 bilhões, e seu lago armazena 25 milhões de metros cúbicos de água.

Mas o que seria uma “usina reversível”?                                                Com a palavra os próprios suíços:

“Tais usinas possuem duas represas, uma na montanha e outra bem mais abaixo. A água do lado superior é conduzida para baixo sob pressão através das turbinas que geram a eletricidade. Em tempos de baixo consumo de energia a água é bombeada de volta para o lago da montanha e lá represada”.

Esclareceu-se, finalmente, que as “usinas hidroelétricas reversíveis têm um papel importante para garantir um suprimento estável de eletricidade em períodos de falta de água”.

Enquanto este maravilhoso feito acontece lá naquele pequeno e pobre país, aqui neste tão grande e rico Brasil ainda dependemos de chuvas permanentes para que as torneiras de nossas casas não sequem!

Dada a quase total falta de investimentos em infraestrutura qualquer alteração climática mais séria nos conduz aos racionamentos, rodízios etc. E eis aí um quadro nacional: não faz muito tempo visitei uma capital banhada pelo rio Amazonas (o maior do planeta em volume) que convivia há anos com a escassez periódica de água potável! Uma cena surrealista, a de um rio tão largo que sua margem oposta quase não se vê, banhando uma cidade sem água!

SAIBA MAIS EM: https://diariodopoder.com.br/opiniao/a-usina-muttsee

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