sexta-feira, 15 de maio de 2020

QUEM PAGOU OS ADVOGADOS DE ADÉLIO?



Quatro horas após Adélio tentar matar Bolsonaro, pousa em Juiz de Fora um jatinho trazendo advogados do caro escritório de advocacia de Belo Horizonte capitaneado por Zanone Júnior.

Presidente sempre sustentou a hipótese de que o mandante da facada estaria por trás do pagamento dos honorários do advogado

Adelio Bispo de Oliveira, criminoso que atacou e tentou assassinar Jair Bolsonaro
Adélio Bispo de Oliveira, o autor da facada contra o presidente Jair Bolsonaro (PSL) durante a campanha eleitoral no ano passado, foi considerado inimputável por sofrer de transtorno delirante persistente, conforme laudos médicos da defesa do agressor e de peritos escolhidos pela acusação.
Por conta disso, o juiz federal Bruno Souza Savino, da 3ª Vara Federal em Juiz de Fora, absolveu  Adélio e ele ficará internado por tempo indeterminado.
Se não fosse considerado inimputável, a pena do agressor do agora presidente poderia chegar a até 20 anos. A doença mental de Adélio já havia sido atestada por médicos e peritos no último dia 27 de maio.

E Bolsonaro não gostou da absolvição. O presidente sugeriu que a  "jogadinha de maluco" do autor da facada que quase o matou é uma estratégia para que, no futuro, ele não possa fazer delação premiada. 

No mesmo dia que deu essa declaração, Bolsonaro questionou a defesa de Adélio. "Ele foi filiado ao PSOL em 2014. Mais ainda tem uma banca de advogados caros que trabalha para ele até hoje. Dinheiro da onde? Tem muita coisa nebulosa. Se deus quiser, a Polícia Federal nossa vai descobrir essa grande rede que tentou interferir nas eleições do ano passado, tentando me assassinar", finalizou.
AGU entra em campo para descobrir quem banca a defesa de Adélio
A Advocacia Geral da União pediu hoje à Justiça a retomada da investigação que busca descobrir quem financia a defesa de Adélio Bispo de Oliveira.
Num memorial entregue ao TRF-1, André Mendonça pediu a revogação de uma decisão de março, do desembargador Néviton Guedes, que impediu a análise do material apreendido em dezembro no escritório de Zanone Manuel de Oliveira Júnior.
A investigação foi travada a pedido da OAB, sob a alegação de sigilo da relação entre cliente e advogado.
A AGU afirma que a investigação, que havia sido autorizada pelo juiz federal Bruno Savino a pedido da PF, não viola direitos de Zanone. Argumenta que ele não é o alvo, mas sim quem estaria interessado em proteger Adélio, bancando sua defesa.
“Não há investigação da atuação do advogado, repise-se, mas sim a busca por possível terceiro que potencialmente poderia estar envolvido no atentado contra a vida de candidato ao mais alto cargo do país, conforme já asseverado pela autoridade policial. Ora, se na investigação chegou-se a um elo consistente entre o autor confesso do ato, preso em flagrante, e um possível partícipe, há de se investigar essa possível ligação”, diz a AGU no memorial.
“No caso, esse elo é a contratação de advogado por terceiro que, sem motivo declarado, se propõe a custear defesa técnica do acusado”, completa o órgão.
O julgamento do pedido está pautado para a próxima quarta-feira (18) na 2ª Seção do tribunal, formada por Néviton Guedes, Saulo Bahia, Mônica Sifuentes, Ney Bello, Cândido Ribeiro e Hilton Queiroz.

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