domingo, 24 de maio de 2020

A CHINA QUEBROU O MUNDO E A 2ª GUERRA FRIA COMEÇOU


                   por Theodiano Bastos   

TENSÃO NA ÁSIA: Os Norte-americanos acusam publicamente chineses de esconderem informações a respeito do novo coronavírus em conluio com Tedros Adhanom, diretor - geral da OMS, filiado ao Partido Comunista e A GUERRA FRIA 2.0 começou e se espera que não haja confronto bélico.


Os Estados Unidos anunciaram ter feito um exercício militar de 32 horas com quatro bombardeiros supersônicos B-1B sobre o mar do Sul da China, área que Pequim considera sua.                E   a   China   ameaça   com   medidas   de   "retaliação"   se   EUA   aplicar   sanções.
A pressão americana ocorre em meio à renovada tensão entre as duas maiores economias do mundo, em guerra comercial e tecnológica desde 2017.
Nesta semana, os países se digladiaram na OMS (Organização Mundial da Saúde). Washington acusa Pequim de ser responsável pelo espraiamento do surto do coronavírus de seu território para o resto do mundo, o que os chineses negam.
O uso dos B1-B, ocorrido nos dias 29 de abril e 1º de maio, é simbólico. Os aviões, assim como outros bombardeiros como os B-52, haviam sido retirados da base americana em Guam (Pacífico), naquilo que foi visto como um estranho recuo tático por analistas.
Os aparelhos, agora de volta à ilha com 200 aviadores, são a ponta de lança de qualquer ataque aéreo americano na região, e têm capacidade de empregar armas nucleares.
A operação foi um recado "demonstrando a credibilidade da Força Aérea americana para lidar com um ambiente de segurança diversificado e incerto", escreveu no Twitter o Comando Pacífico da Força Aérea.
Desde que a Covid-19 tornou-se uma pandemia, há um jogo entre EUA e seus rivais para demonstrar prontidão militar. Para os americanos, a questão é mais sensível porque seus dois porta-aviões baseados no Pacífico foram atingidos por surtos da doença.
Russos, chineses, norte-coreanos e até os combalidos iranianos exercitaram sua musculatura militar com testes de armas e inúmeras simulações de combate após o vírus ganhar o planeta.
Os EUA fizeram o mesmo, apesar dos seus problemas pontuais, lembrando os adversários sobre sua capacidade como maior potência bélica global, responsável por 39% do orçamento militar do mundo em 2019.
O mar do Sul da China é o ponto em que muitos observadores veem o maior risco de uma confrontação acidental entre Pequim e Washington. Os chineses militarizaram, nos últimos anos, ilhotas e atóis na região, que dizem ser sua para garantir a segurança de suas rotas marítimas - 90% do comércio mundial é feito por mar.
Os EUA e vizinhos dos chineses como as Filipinas dizem que as rotas têm de ser livres. Neste ano, segundo dados do Pentágono citados pelo jornal honconguês "South China Morning Post", os EUA quase triplicaram o número de missões aéreas na região em relação ao mesmo período de 2019, com 40 delas até aqui. No mar, já fizeram quatro exercícios navais, ante oito do ano passado todo.
O analista militar Song Zhongping, um ex-oficial do Exército chinês que hoje escreve comentários sobre defesa em jornais de Hong Kong, sustenta que Pequim não entende a reivindicação americana como mero exercício de liberdade econômica, mas sim como ameaça.
Os voos ocorrem no momento em que a China está na primeira semana de um de seus maiores exercícios navais em anos, com o uso de seus dois porta-aviões no mar Amarelo.
Houve o que Zhongping chamou de provocação desnecessária: nessa terça (19), um destróier americano foi avistado a 215 km da costa de Xangai, perto da região da simulação chinesa.
O USS Rafael Peralta se soma a outros dois navios de guerra que recentemente cruzaram o estreito de Taiwan sob a bandeira de livre trânsito. Para Pequim, é apenas um sinal de apoio à ilha que a ditadura comunista considera parte de seu território.
Nesta quarta (20), o governo chinês protestou pelo fato de o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, ter enviado congratulações à presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, que começou seu segundo mandato no cargo.
O governo Donald Trump tem dado atenção especial a Taiwan, que tem sido alvo de protestos de nacionalistas chineses em favor de uma anexação à força, hoje altamente improvável pelo alto custo e pelo risco de trazer os EUA para uma guerra que ninguém quer agora.
Os EUA também têm mantido o apoio aos manifestantes pró-democracia no território chinês autônomo de Hong Kong, que vive protestos desde meados do ano passado - a pandemia tratou de reduzir a escala deles, mas a repressão ainda segue.
Muito vai pelo flanco econômico, dentro da disputa tecnológica com a China, como a "Folha" mostrou na semana passada.
A maior fabricante de chips do mundo, a taiwanesa TSMC, aceitou a pressão americana e irá abrir uma unidade nos EUA para evitar que Washington dependa de fornecedores fora de seu território para tecnologias sensíveis.
Ainda mais importante, o governo Trump passou a exigir, na sexta (15), que fabricantes de chips estrangeiros que usem tecnologias americanas tenham uma licença especial para exportar produtos para a chinesa Huawei, líder mundial no mercado de 5G - a chamada internet das coisas, que vão de carros autônomos a drones militares.
Na prática, os EUA com isso obrigam gigantes como a TSMC a escolher se vão trabalhar com os EUA ou com a China, e tudo indica que Taiwan já fez sua escolha pelos americanos.
Com isso, a China terá de correr atrás nesse quesito. Na mesma sexta, a principal fabricante de chips do país, a Semiconductor Manufacturing International Corp., anunciou que o governo chinês lhe concedeu financiamento de US$ 2,25 bilhões (R$ 12,8 bilhões nesta quarta).
No mercado, contudo, a estimativa é de que levará anos para que sua produção chegue ao nível da TSMC ou da sul-coreana Samsung, as duas fabricantes que, com a americana Intel, fazem os chips mais avançados do mundo.
Como se vê, sob as densas nuvens da pandemia e os relâmpagos de acusações mútuas, a Guerra Fria 2.0 entre americanos e chineses continua em termos bem mais tangíveis.
Tensão na Ásia: EUA enviam novos aviões caça-submarinos ao Japão
O primeiro avião patrulha P-8 Poseidon da Marinha dos Estados Unidos chegou ao Japão, como parte de uma campanha que vai ampliar a capacidade americana de caçar submarinos e outras embarcações em águas próximas da China, num momento de tensão crescente na região.
O reforço militar americano, que já estava previsto antes da criação pela China de uma zona de defesa área que cobre ilhas controladas pelo Japão e reivindicadas por Pequim, inclui seis aeronaves que serão levadas à base aérea de Okinawa este mês. A primeira chegou no domingo, disse um porta-voz da Marinha dos EUA à Reuters. A missão nas águas a oeste do Japão será a primeira do novo avião.
O caça-submarino, construído pela Boeing sobre o avião de passageiros 737, foi idealizado para substituir o P-3 Orion, da Lockheed Martin, que está em serviço há mais de 50 anos.

A chegada do primeiro P-8 aconteceu um dia antes da visita a Tóquio do vice-presidente americano, Joe Biden, numa viagem que está sendo ofuscada pela disputa territorial entre Japão e China no mar do Leste da China.
https://www.otempo.com.br/mundo/bombardeiros-dos-eua-pressionam-pequim-no-mar-do-sul-da-china-1.2339682

Novo coronavírus leva EUA e China à beira de uma nova Guerra Fria
Relações entre os países têm piorado em razão da troca de acusações e ameaças ligadas à pandemia. Washington atribui a disseminação do Sars-CoV-2 a Pequim. Chineses alegam que governo americano está infectado por "um vírus político", com o intuito de difamá-los

Enquanto o mundo contabiliza 5,3 milhões de casos de covid-19 e mais de 343 mil mortos, China Estados Unidos intensificam as trocas de acusações e ameaças ligadas à pandemia. O governo americano voltou a acusar Pequim de esconder a gravidade da doença quando surgiram os primeiros casos, em dezembro, e ressaltou que essa postura terá repercussões históricas. Em um discurso também voltado para as implicações a longo prazo da situação política e sanitária, o ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Yi, disse que a insistência dos americanos em culparem os chineses pela disseminação do coronavírus está deteriorando as relações entre os países, os levando a uma nova “GUERRA FRIA”. https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/mundo/2020/05/25/interna_mundo,857948/novo-coronavirus-leva-eua-e-china-a-beira-de-uma-nova-guerra-fria.shtml


2 comentários:


  1. HELIO CORREA, Vila Velha/ES:

    Muito boa abordagem de um tema sensível para o mundo todo.
    O chineses trouxeram um novo modo de visão do mundo pelas terríveis consequências do Covid 19.
    Como iniciantes de uma nova perspectiva para o mundo, com profundas mudanças na economia não dá para entender como será sua postura na economia pós-pandemia.
    Anos difíceis virão até que ocorra uma estabilidade, mas não seremos nunca mais os mesmos.
    UMA NOVA SOCIEDADE VAI SURGIR! COMO SERÁ?

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  2. Vânia, Feira de Santana/BA: As grandes potências vão tentar garantir a manutenção dos seus poderes sobre nações menores..a todo custo. Há um acordo internacional para não construção de armas pesadas de guerras...mas nesse exato momento, com certeza, em muitos calabouços escondidos em montanhas.. há laboratórios construindo essas armas as sete chaves... Estados Unidos é um desses países...ou não?
    [17:58, 24/05/2020] +55 75 9151-2266: Quem mais gosta de guerras que Estados Unidos? Os motivos parecem nobres, mas não são...a grande fatia? Mais poderes...

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