domingo, 23 de outubro de 2022

VOLTA DE LULA SERIA UM SUICÍDIO MORAL

 

Na entrevista de Sérgio Moro, senador eleito, a VEJA, página amarela, edição 2.812 explica a reaproximação com Bolsonaro, diz que a Justiça passa a impressão de que o crime compensa

“Foi o início de uma reaproximação tática que culminaria com o surpreendente aparecimento do ex-juiz ao lado do presidente da República no debate do último domingo. Há interesses políticos de ambos os lados nesse reencontro. Mas a cena do debate tinha um único objetivo: constranger Lula, colocando o candidato petista frente a frente com seu principal algoz. O plano, acertado entre ambos, foi mantido em sigilo até a hora do programa. Seguindo o script, Moro entrou nos estúdios da TV Bandeirantes minutos antes do início do confronto, seguiu direto para o palco, onde cumprimentou Bolsonaro, gesticulou e cochichou algo no ouvido do presidente, como se estivesse passando alguma orientação. sentou-se na área reservada aos convidados, bem à frente do petista.

VEJA: Como foi a reaproximação com o presidente? O presidente me ligou para conversar sobre o posicionamento no segundo turno e, na minha interpretação, para estabelecer uma ponte e falar sobre o futuro. Para mim o projeto do Lula é inaceitável, é dizer que o crime compensa. Foi muito fácil me posicionar nessa perspectiva contra o Lula e contra o PT. Todos conheceram os escândalos de corrupção do tempo do PT:

um esquema de suborno de parlamentares para obter apoio ao governo federal, e o petrolão, um sistema de corrupção vinculado a um projeto de poder. A volta disso seria um desastre do ponto de vista moral para o Brasil.

VEJA: O senhor deixou o Ministério da Justiça acusando Bolsonaro de tentar interferir na Polícia Federal e hoje está de volta entre os apoiadores do presidente. Se fosse hoje, faria as mesmas acusações? Eu não reinterpreto o passado. O passado permanece como está. A gente tem de olhar para o futuro, trabalhar para fortalecer as nossas instituições e a democracia.

Entre os meus projetos está a busca de maior autonomia dos órgãos de controle, inclusive da Polícia Federal. Defendo que tenha um diretor-geral da PF com mandato fixo, para que possa ser demitido em em caso de má conduta ou manifesta insuficiência de desempenho, como ocorre no FBI. Independentemente de quem seja o governante, é importante que tenhamos órgãos de controle que estejam sempre operando.”                                                                        SAIBA MAIS EM: https://veja.abril.com.br/paginas-amarelas/sergio-moro-a-volta-do-lula-seria-um-suicidio-moral-e-economico/

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