Bolsonaro usa tática de Trump contra Hillary em debate e abala
Lula, analisa campanha, publicou a
Filho do presidente, Eduardo Bolsonaro mantém contato estreito com estrategistas do norte-americano publicou a Folha de São Paulo
“Um relatório para clientes produzido pelo setor de câmbio do Deutsche Bank apontou que o Brasil é uma “joia polida” pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, que pode ser “entregue” ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo o relatório, a apresentação de Guedes no Fundo Monetário Internacional (FMI) foi “espetacular” e o Brasil seria um grande destino para investimentos “se não fosse por Lula”. “O Brasil seria o maior mercado com potencial de alta para todas as classes de ativos se não fosse por Lula. Na verdade, provavelmente com Lula também. Eles estão entregando a ele uma joia polida”, diz o banco.
Para o cientista político Creomar de Souza, fundador da consultoria política Dharma, que analisa risco político, o segundo turno das eleições presidenciais entre Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro (PL), que acontecerá no dia 30 de outubro, pode ter margem apertada, se tornando uma disputa "decidida no detalhe".
Com o país fortemente dividido em suas preferências políticas e uma
diferença pequena no resultado do primeiro turno (de pouco mais de cinco pontos
percentuais), a menor margem histórica entre dois candidatos à presidência que
foram para 2º turno, o cenário não parece imutável na percepção do cientista,
deixando espaço para uma possível virada inédita em eleições brasileiras.
"Não se pode desprezar a capacidade do bolsonarismo de comparecer
no dia 30 de outubro e nem o interesse do presidente da República usar a
máquina pública para fazer campanha. Também não se pode ignorar o interesse de
forças políticas que hoje apoiam o presidente da República de criarem
'bondades' [anúncios de políticas públicas voltadas à conquista de eleitores]
diversas nessas próximas semanas para que eles tenham resultados favoráveis a
eles", disse de Souza, que também é professor na Fundação Dom Cabral
Entre as "bondades" citadas pelo analista, está a estratégia
adotada pelo governo de antecipar o calendário de pagamentos do Auxílio Brasil
em outubro. Os repasses estavam previstos entre o dia 18 e 31, conforme o
Número de Identificação Social (NIS) dos beneficiários. Agora os pagamentos
serão feitos a partir do dia 11 e terminarão no dia 25, cinco dias antes do
segundo turno das eleições.
Bolsonaro também prometeu pagar o 13º salário a mulheres chefes de
família e anunciou um programa de renegociação de dívidas da Caixa. O banco
também reduziu a taxa de juros a micro e pequenas empresas, o que, na visão do
especialista, visa captar mais votos.
Ataques à imagem do adversário
A diferença de votos entre Bolsonaro e Lula foi de 6,1 milhões no
primeiro turno.
Para conseguir o que seria uma virada inédita no segundo turno,
Bolsonaro precisa aumentar sua votação — atraindo votos de eleitores que
optaram por outros candidatos (como Ciro Gomes e Simone Tebet), dos que não
votaram no primeiro turno e também de eleitores que votaram em Lula.
O analista aponta que os institutos de pesquisa acertaram, dentro da margem de erro, sobre a quantidade de votos que Lula poderia receber, mas tiveram dificuldade em medir o desempenho de Bolsonaro, que causou surpresa ao alcançar um resultado um tanto quanto mais expressivo do que as pesquisas indicavam. SAIBA MAIS EM: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-63205895 - https://veja.abril.com.br/coluna/radar-economico/banco-aponta-risco-de-se-entregar-joia-polida-por-guedes-a-lula/
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