terça-feira, 18 de junho de 2019

STF E A MONSTRUOSIDADE JURÍDICA


Mensagens privadas roubadas podem ser consideradas como provas?

Os vazamentos têm por objetivos claros soltar Lula e condenar Moro, mas também destruir a Lava Jato e inviabilizar o pacote anticrime do Sérgio Moro em tramitação no Congresso. 

Em novo texto sobre as mensagens roubadas de Dallagnol, professor de Harvard fala no ‘incrível escândalo que encolheu’

Matthew Stephenson, professor de direito em Harvard e autoridade na pesquisa sobre corrupção e política, publicou hoje em seu blog Global Anticorruption um longo texto –cuja íntegra, em inglês, pode ser lida aqui—sob o título “O Incrível Escândalo que Encolheu? Novas Reflexões sobre o Vazamento da Lava Jato”. 


Vazamento foi trabalho de contrainteligência, diz Moro a ruralistas


No almoço que teve com integrantes da bancada ruralista, Sergio Moro disse que os investigadores do vazamento de suas mensagens descartam o “fogo amigo” de integrantes da Lava Jato, informa a Veja.
“A PF está fazendo uma investigação. Não é um adolescente com espinhas na frente de um computador que está fazendo isso. É uma coisa estruturada. Também não é um procurador traidor”, declarou o ministro da Justiça, conforme o relato da revista.
“Aquilo ali é contrainteligência. E tem um grupo criminoso organizado. Quem faz esse tipo de contrainteligência não é um bobinho, não! É pessoa preparada”, acrescentou Moro. 

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Por isso o STF pode gerar uma “monstruosidade jurídica”
O ex-advogado-geral da União Fábio Medina Osório disse que o Supremo pode criar um perigoso precedente se resolver levar em contas as mensagens roubadas de Deltan Dallagnol e Sergio Moro para julgar eventual anulação da condenação de Lula no caso do triplex.
“Pela teoria dos precedentes, o STF pode gerar uma monstruosidade jurídica. Para apurar a inocência de Lula ou a suspeição de Moro, teria que abrir uma investigação para aferir a autenticidade dos diálogos publicados pelo The Intercept”, afirmou a O Antagonista.
“Tal postura agrediria jurisprudência pacífica da Corte que impede abertura de investigação com base em provas obtidas por meios criminosos. E mais: prestigiaria metodologia investigatória de organizações criminosas contra autoridades públicas, podendo abrir perigoso caminho para invasões de equipamentos de outros agentes do Estado brasileiro.” https://www.oantagonista.com/

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