Assisti atentamente quase todo o debate na TV Senado e posso afirmar o desempenho firme, paciente, tranquilo e sereno do Ministro Sérgio Moro.
A sessão foi presidida pela competente Senadora Simone Tebet, durou quase 9 horas e 40 senadores usaram da palavra. Como já era esperado, os ataques vieram dos senadores denunciados por corrupção, principalmente um conhecido e notório senador de Alagoas.
Moro, os ‘mártires’ e o ‘sonho de consumo’ de
anular a Lava Jato
Respondendo a Telmário Mota,
Sergio Moro disse o seguinte sobre o site de Glenn Greenwald:
“Fiquei com a impressão [de] que
eles queriam uma busca e apreensão para posar como mártires da imprensa frente
ao malvado governo do presidente Jair Bolsonaro e do ministro Sergio Moro”.
Moro voltou a defender que o site
“publique tudo” o que tem. “Não há irregularidades nas mensagens. Então qual o
interesse público [em divulgar]? Anular as condenações?”
E acrescentou que a
anulação das prisões e condenações da Lava Jato é o “sonho de consumo” de
envolvidos na operação.
Os principais pontos da audiência com Moro
Sergio Moro respondeu a 40 senadores hoje na CCJ – Comissão de Constituição e Justiça do Senado . Eis os principais pontos das respostas do ministro:- A invasão de celulares foi organizada por um grupo criminoso de hackers;
- Conversas entre juízes e procuradores são comuns e necessárias;
- Diálogos com Deltan Dallagnol não podem anular a Lava Jato;
- Não se passa suspeita de crime para a defesa de um investigado;
- “Não tenho apego pelo cargo. Se houver irregularidade, eu saio”.
Bolsonaro diz que também não tem apego ao cargo e que Moro é ‘patrimônio nacional’
Em Guaratinguetá, Jair Bolsonaro disse que Sergio Moro é “um patrimônio nacional” e que não viu “nada de anormal até agora” no conteúdo das mensagens vazadas do ministro.Em sua audiência na CCJ do Senado, que terminou agora há pouco, Moro afirmou que não tem apego ao cargo e que, se for constatada alguma irregularidade, poderá deixar o posto.
Questionado sobre a fala, o presidente respondeu, segundo a Folha: “Eu também não tenho apego ao meu cargo. Qualquer ministro é livre para fazer o que bem entender. O Sergio Moro é um patrimônio nacional, não é do presidente da República”.
A pergunta que não quer calar: Glenn
Greenwald, do Intercept: por que ninguém da esquerda foi hackeado? https://www.oantagonista.com/
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