terça-feira, 11 de junho de 2019

EUFORIA DOS CORRUPTOS


QUEM CONTRATOU O HACKER?
Theodiano Bastos 

Até hoje a PF não descobriu quem pagou os quatro advogados que chegaram de BH de jatinho em Juiz de Fora para defender Adélio Bispo de Oliveira, que esfaqueou Bolsonaro
Agora se espera que descubram quem contratou o hacker para invadir os celulares dos Procuradores da Lava Jato em Curitiba e do então Juiz Sérgio Moro, publicados no site the Intercept.com/brasil que tem Glenn Greenwald, jornalista do The Intercept Brasil como responsável pelos vazamentos que colocam em xeque a Lava Jato, pode se tornar alvo desses grupos; "Em um momento fui eu, o Jean Wyllys, e agora pode ser o Glenn",  diz Debora Diniz, que fugiu do Brasil e mora nos Estados Unidos.
Foi este site que divulgou o suposto conteúdo de mensagens trocadas pelo então juiz federal Sergio Moro e por integrantes do Ministério Público Federal, como o procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa em Curitiba.

Bolsonaro: ‘Nós confiamos irrestritamente no ministro Moro’


EUFORIA DOS CORRUPTOS
 
Barroso critica ‘euforia de corruptos’ com vazamento de mensagens
Luís Roberto Barroso criticou a “euforia que tomou os corruptos e seus parceiros” com a publicação das mensagens vazadas de Sergio Moro e Deltan Dallagnol, informa Andréia Sadi.
O ministro do STF disse que “não há nada a celebrar”. “A corrupção existiu e precisa continuar a ser enfrentada, como vinha sendo. De modo que tenho dificuldade em entender a euforia que tomou os corruptos e seus parceiros.”
Na entrevista à repórter da GloboNews, Barroso afirmou também:
“Todo mundo sabe, no caso da Lava Jato, que as diretorias da Petrobras foram loteadas entre partidos com metas percentuais de desvios. Fato demonstrado, tem confissão, devolução de dinheiro, balanço da Petrobras, tem acordo que a Petrobras teve que fazer nos EUA”.
E ainda acrescentou:
“A única coisa que se sabe ao certo, até agora, é que as conversas foram obtidas mediante ação criminosa. E é preciso ter cuidado para que o crime não compense”. https://www.oantagonista.com/
Denúncia anônima é protocolada junto ao MPF contra o Intercept

Uma denúncia anônima foi cadastrada junto ao MPF contra o site Intercept, sob o número 20190043642.
Eis o que diz a denúncia:
“As quatro matérias sobre a Lava-jato publicadas pelo Intercept.com, que contêm supostas conversas obtidas por meios criminosos, são assinadas por Glenn Greenwald, Betsy Reed e Leandro Demori (Parte 1); Glenn Greenwald e Victor Pougy (Parte 2); Rafael Moro Martins, Leandro Demori e Glenn Greenwald (Parte 3); e Rafael Moro Martins, Alexandre de Santi e Glenn Greenwald (Parte 4).
Na matéria <https://theintercept.com/2019/06/09/editorial-chats-telegram-lava-jato-moro/>, os jornalistas esclarecem que as matérias foram “produzidas a partir de arquivos enormes e inéditos – incluindo mensagens privadas, gravações em áudio, vídeos, fotos, documentos judiciais e outros itens – enviados por uma fonte anônima” – os quais não foram divulgados.
Nas quatro matérias, são feitas transcrições parciais, desacompanhadas dos documentos mencionados, havendo indícios de omissão das conversas integrais, de modo a dificultar a clara compreensão do contexto e a causar perturbação da ordem pública (com a anulação de processos de repercussão mundial) e alarme social, colocando a credibilidade das instituições em xeque.
Exemplificativamente, na matéria < https://theintercept.com/2019/06/09/chat-moro-deltan-telegram-lava-jato/>, as transcrições estão incompletas e, não raro, seguidas de reticências. Por exemplo, ao transcrever suposta fala do Procurador da República Deltan Delagnol, o sítio divulga:
‘Caro, STF soltou Alexandrino. Estamos com outra denúncia a ponto de sair, e pediremos prisão com base em fundamentos adicionais na cota. […] Seria possível apreciar hoje?’, escreveu Dallagnol.
Na sequência, publica:
‘Não creio que conseguiria ver hj. Mas pensem bem se é uma boa ideia’, alertou o então juiz. Nove minutos depois, Moro deu outra dica ao procurador: ‘Teriam que ser fatos graves’.
Resta claro que há abuso de liberdade de imprensa e de expressão: todas as supostas transcrições divulgadas estão incompletas e descontextualizadas, tendo sido publicados somente os excertos que interessam à narrativa do Intercept Brasil. O caso agrava-se pela forte repercussão internacional, com abalo às instituições nacionais, sem a divulgação do material correspondente ou a transcrição da integralidade das conversas.
Portanto, os jornalistas aparentemente incorreram no crime previsto no art. 16, da Lei nº 5.250, de 9 de fevereiro de 1967:
Art . 16. Publicar ou divulgar notícias falsas ou fatos verdadeiros truncados ou deturpados, que provoquem:
I – perturbação da ordem pública ou alarma social.
(…)
Pena: De 1 (um) a 6 (seis) meses de detenção, quando se tratar do autor do escrito ou transmissão incriminada, e multa de 5 (cinco) a 10 (dez) salários-mínimos da região.
https://www.oantagonista.com/ 11/06/19  

O secretário de Comunicação da Presidência, Fabio Wajngarten, disse que Jair Bolsonaro manifestou confiança em Sergio Moro após o vazamento de mensagens relacionadas à Lava Jato, registra a TV Globo.

Wajngarten disse ter informado o presidente sobre o vazamento no domingo e voltado a conversar com ele sobre o caso hoje pela manhã.

Governo se une para blindar Moro após divulgação de conversas

Governo monta força-tarefa para preservar o ministro acusado de parcialidade nos julgamentos referentes à Lava-Jato quando era magistrado. Presidente Jair Bolsonaro tem reunião marcada para esta terça-feira (11/6) com o ex-juiz

RC Rodolfo Costa
Sérgio Moro: ''Não tem nenhuma orientação ali naquelas mensagens'' O governo montou uma força-tarefa para blindar o ministro da Justiça, Sérgio Moro, das acusações de parcialidade em julgamentos referentes à Operação Lava-Jato, após a invasão criminosa e o vazamento de troca de mensagens do então juiz com o procurador Deltan Dallagnol. O problema é que, por ora, a articulação é frágil. O presidente Jair Bolsonaro não se pronunciou nesta segunda-feira (10/6) e qualquer declaração deve ser feita só depois de reunião marcada para esta terça-feira (11/6) com Moro.
A cúpula militar do Executivo saiu em defesa de Moro, mas o núcleo político, comandado pelo ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, não deu diretrizes às lideranças partidárias e a aliados de como se portar no Congresso. Sem engajamento no Legislativo, até o sucesso de acordo para a votação do Projeto de Lei do Congresso Nacional (PLN) 4/2019 não está totalmente garantido. A proposta dispõe sobre o crédito suplementar solicitado pelo governo ao parlamento para quitar, por meio de operações de crédito, despesas correntes de R$ 248,9 bilhões.

Em conversas privadas ou em grupos de WhatsApp, deputados dizem que a reforma da Previdência será blindada, mas “o resto será reanalisado”. Ou seja, o governo precisará reavaliar e intensificar as articulações pauta a pauta.

A orientação política deveria ser feita por Onyx, que nada fez, criticam parlamentares. Em reunião com lideranças do governo e aliados, nesta segunda-feira (10/6) à noite, no Palácio do Planalto, não deu diretrizes sobre a atuação. A inércia do ministro freou um movimento que começou a ser construído por deputados do baixo e médio cleros para apoiar Moro e o governo. O clima é de cautela, reconheceu o líder do Podemos na Câmara, José Nelto (GO). “Eu me reunirei com aliados para ver se e como apoiamos. Temos de dar um voto de confiança a Moro, e acho que o Planalto está blindado desse assunto, mas tudo depende se tem ou não novos vazamentos”, disse.

Por ora, o apoio formal ao governo no parlamento reside no PSL. A deputada Carla Zambelli (PSL-SP) e outros correligionários traçam uma estratégia de, nas redes sociais e nas sessões plenárias, ridicularizam a oposição e mostram como as críticas de partidos como PT e PSol reforçam o trabalho contra a corrupção, sem uma suposta interferência de Moro nas ações da força-tarefa da Lava-Jato. “Iremos às ruas se a coisa se acirrar, mas a linha, agora, é pegar a lista do Janot (nomes denunciados pelo ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot) e pressionar pelos julgamentos. Vamos defender a Lava-Jato e ironizar quem questiona a conduta do ministro”, destacou a parlamentar.

A área militar do governo também deixou claro o apoio a Moro. O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência, Augusto Heleno, disse, em nota, que o “desespero dos que dominaram o cenário econômico e político do Brasil levou seus integrantes a usarem meios ilícitos para tentar provar que a Justiça os puniu injustamente”. “Querem macular a imagem do dr. Sérgio Moro, cujas integridade e devoção à Pátria estão acima de qualquer suspeita”, sustentou.

O discurso foi reforçado pelo ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, ao garantir nesta segunda-feira (10/6) que Moro tem a confiança do governo. “Ele é um ministro, um homem de muito respeito e do bem”, declarou. O vice-presidente Hamilton Mourão classificou o ex-juiz como alguém da “mais ilibada confiança do presidente” e disse que “conversa privada é conversa privada”. “Descontextualizada, ela traz qualquer número de ilações. (Moro) É uma pessoa que, dentro do país, tem um respeito enorme por parte da população, visto as pesquisas de opinião sobre a popularidade dele”, frisou.
https://www.correiobraziliense.com.br/ 11/06/19
Quem contratou o hacker?
O procurador Vladimir Aras, candidato à PGR, quer saber quem pagou o pirata que roubou as mensagens da Lava Jato.
Segundo o Estadão, ele disse:
“O indivíduo que capturou e forneceu os dados é um assaltante eletrônico. Fico a imaginar quem contratou um hacker para isso.”
Moro é admirado em todo o Brasil, mas enfrenta resistência em Brasília.

Pacote anticrime paralisado

Os corruptos, os assassinos e os narcotraficantes já podem comemorar: o Congresso Nacional, depois das mensagens roubadas da Lava Jato, paralisaram o pacote anticrime de Sergio Moro.
A senadora Eliziane Gama disse para a Folha de S. Paulo:
“O Congresso é muito sensível a qualquer fato político novo. O pacote anticrime, que sofria resistências localizadas e partidárias, vai exigir agora mais debates e negociações para ser aprovado.”

“Para qualquer tipo de nulidade tem que se demonstrar onde está o prejuízo”

O procurador Marco Antônio Ferreira Lima, de São Paulo, disse para O Globo que as conversas roubadas de Sergio Moro e Deltan Dallagnol “não diferem daquelas que juízes têm normalmente com advogados, delegados e procuradores em seus gabinetes”...

'Caso é menos jurídico e mais político. É provável que Moro fique debaixo de chuvas e trovoadas'

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