Peço que os leitores que me honram, leia este texto até o fim. Como se viu, a lábia de Lula não teve efeito com o juiz Sérgio Moro. Réu em 5 ações e indiciado em 6 inquéritos, Lula certamente será condenado. A expectativa de levar 50 mil a Curitiba pifou e pouco mais de 5 mil apareceram.
Em quase 5 horas de depoimento, ex-presidente Lula não explicou as revelação do tríplex de Guarujá.
"Petistas: depoimento não deve impedir condenação de Lula", O Globo
“O circo armado por Lula não se concretizou, pois não tem álibis nem atenuantes para os muitos crimes que cometeu É compreensível que Lula e sua trupe de bacharéis tenham feito o diabo para adiar até o fim dos tempos o primeiro encontro com Sérgio Moro. E foi tão previsível quanto a mudança das estações do ano a tentativa do bando, tão logo se consumou o fiasco da tentativa de fuga, de transformar Curitiba em picadeiro, tribunal em palanque e depoimento de réu culpado em discurseira de perseguido político de botequim. O ex-presidente que, ao contrário de Getúlio Vargas, saiu da história para cair na vida, não tem álibis nem atenuantes para os muitos crimes que cometeu. Sobretudo por isso, o que está em curso nesta quarta-feira não pode ser reduzido a um duelo entre um defensor da Justiça e um fora da lei. O que se vê é o confronto entre dois brasis. De um lado, está escancarado o Brasil do passado, uma velharia agonizante que até agora só condenava os lulas à perpétua impunidade. Do outro lado se vislumbra o Brasil do futuro, que está nascendo graças à Lava Jato. Neste país em trabalhos de parto, todos são iguais perante a lei.”, diz Augusto Nunes, (http://veja.abril.com.br/ 11/05/17) e a expectativa de levar 50 mil a Curitiba pifou e pouco mais de 3 mil apareceram. Em quase 5 horas de depoimento, ex-presidente Lula não explica revelação do tríplex de Guarujá
O MITO
DO OPERÁRIO SALVADOR
“Há pessoas que
conseguem se destacar das massas, elevando-se como picos de montanha,
escolhendo seu próprio caminho, enquanto a maioria se apega aos caminhos
comuns, com medo de trilhar veredas desconhecidas, diz Carl Gustav Jung em sua
obra “O Desenvolvimento da Personalidade”. Por que existem os que resolvem
arriscar, abandonando os caminhos comuns? O que os impulsiona a trilhar
caminhos desconhecidos? É a coação de acontecimentos, a necessidade premente
que consegue ativar mudança da natureza humana, responde Jung. “Mas a
personalidade jamais poderá desenvolver-se
se a pessoa não escolher seu próprio destino”. Não há vento que sopre
favorável para quem não tem rumo, diz a sabedoria popular. “Provém, enfim, da
necessidade e também da decisão consciente, pois ninguém desenvolve sua
personalidade porque alguém aconselhou, pois a natureza jamais se deixa
impressionar por conselhos dados com boa intenção. Sem haver necessidade, algo
que obrigue (o destino de cada um?), nada muda a natureza humana, ensina Jung.
Caçula de uma família de oito irmãos (os revolucionários
sempre são os caçulas), metalúrgico, ex-vendedor de tapioca, engraxate,
retirante nordestino, que chegou num pau-de-arara em São Paulo, aos 7 anos, após
13 dias de uma viagem de 3 mil quilômetros de viagem na carroceria de um
caminhão, usando a mesma camisa. Lula, como outros nordestinos, suportou o
estigma de ser pau-de-arara. “Só em São Paulo poderia surgir alguém como Lula“, diz
Ruy Mesquita, editor do jornal O Estado de São Paulo, o mais tradicional do
estado. “Esta é uma das sociedades de maior mobilidade que se pode imaginar.”
Teve uma
infância miserável e passou até fome em Caeté, sertão de Pernambuco; viúvo aos
39 anos quando perdeu no parto a esposa e o filho, casou-se com Maria Letícia,
que foi babá aos nove anos e operária de uma fábrica de doces aos 13, também
viúva de um motorista de táxi assassinado quando estava grávida de quatro
meses, Luiz Inácio Lula da Silva se elege Presidente da República com 52.793.364 votos, derrotando no segundo turno
o candidato da situação, José Serra, que
ficou com 33.370.739 votos. As raízes nordestinas de Lula ajudaram a ser
mais palatável que Serra para eleitores e chefes políticos do Nordeste e outras regiões pobres.
Já Serra e Alckmin são vistos como sendo muito paulistas em suas
posições políticas e como obstáculos para a redistribuição de rendas de São
Paulo para essas regiões.
Em 2004 reelegeu-se no
segundo turno com 58.295.042, (60% dos votos), (mas o PT só teve 18% dos votos)
derrotando Geraldo Alckmin do PSDB que ficou
com 37.543.178 votos. É um fenômeno político, queiramos ou não, um
acontecimento inusitado, da maior significação na história do povo brasileiro.
Líder nato, astuto e sagaz, dotado de esperteza intuitiva, muito inteligente,
carismático/messiânico, sem instrução formal, formado na universidade da vida,
mas com grande desenvoltura, conforme se vê nas reuniões com líderes mundiais.
É um orador carbonário, temido, porque pode incendiar o país acionando a CUT, o
MST, o Movimento dos Sem-Tetos e outros. Sem nenhuma experiência
administrativa, nem como prefeito, secretário de estado ou ministro, mas está
cercado de cabeças coroadas da intelectualidade do país, artistas, empresários
e militares. Elegeu-se presidente após sofrer quatro derrotas eleitorais: Em
1982, ficou em 4º lugar na disputa pelo governo de São Paulo, pleito vencido
por Franco Montoro, teve uma passagem obscura
na Assembléia Constituinte e perdeu três vezes para presidente da
república: para Fernando Collor e duas derrotas para Fernando Henrique Cardoso,
sempre no primeiro turno. Nenhum outro político brasileiro disputou a
presidência por cinco vezes. Só queria ser presidente da república.
Lula corporifica o desejo real de mudança. Visto como
“herói da classe operária”, e o
“operário salvador”, elegeu-se prometendo a mudança, e no governo praticou o
continuísmo; é um neoliberal-populista.
Transformou-se no porta-voz da indignação do povo, captando os votos da
insatisfação, da revolta, do ressentimento e da insurreição. O povo clama por
uma personalidade salvadora, clama por alguém que acenda o farol da esperança,
mas tem pressa, quer soluções imediatas, quer mágica. Aí reside o grande
perigo, o risco de uma decepção geral e existe a maldição do segundo mandato. O
povo parece procurar um designado, um ungido, predestinado, iluminado, um
salvador da pátria. Alguém enviado pelo destino, que aceite trilhar caminhos
diferentes, aceitando com confiança o caminho inspirado pelo destino. O
designado age como se fosse uma Lei de Deus, da qual não é possível
esquivar-se. O salvador da pátria deve obedecer à sua própria lei, como se um
demônio lhe insuflasse caminhos novos e estranhos. “Quem tem designação escuta
a voz do seu íntimo, pois está designado”, daí a lenda que atribui a essa
pessoa um demônio pessoa, que aconselha e cujos encargos deve executar, ensina
o mestre Jung, que continua afirmando: “Designação é como uma convocação feita
pela voz que provém do interior da pessoa. Assim será e assim deve ser, o que é
próprio de líderes messiânicos. Essa voz interior lhe diz como chegar ao
objetivo, faz com que ele se sinta designado, do mesmo modo que os grupos
sociais por ocasião de uma guerra, revoluções ou outra ilusão qualquer”.
No poder,
revelou-se um líder messiânico-pragmático e neoliberal-populista. Mas teve o
bom senso de manter todo o arcabouço montado pelo governo do PSDB como o saneamento do
sistema financeiro, as privatizações, as agências reguladoras, a Lei de
Responsabilidade Fiscal, as metas de superávit primário e de inflação, o
câmbio flutuante e a autonomia operacional do Banco Central. Com
surpreendente desenvoltura e habilidade tem exaltado o Brasil aos olhos do
mundo
Dilma
Rousselff é na verdade é primeira-ministra e não chefe da Casa Civil. Deslumbrado
com o poder, sem maioria na Câmara dos Deputados e no Senado, Lula governa na
corda-bamba, dependendo dos votos do 14 partidos aliados: “o poder é um fardo
em seu destino”. O corporativismo, o MST e a CUT e o sectarismo dos radicais do
partido, de forte viés revolucionário e até totalitário. “Sem os exaltados não
se fazem as revoluções; mas com eles, depois, é impossível governar”, alertava
Joaquim Nabuco. Atualizando a advertência do estadista Joaquim Nabuco, podemos
dizer: sem os “aloprados” não se ganham as eleições; mas com eles, depois, é
impossível governar.
É espantosa a aversão de Lula por tudo que diga respeito ao
aprimoramento intelectual. Ele cultiva a ignorância e se orgulha dela. E
segundo Augusto Nunes: “Um homem que não estudou nada e se considera doutor em
tudo.
Governou beneficiado por uma conjuntura econômica internacional
favorável e teve o bom senso de manter a política econômica herdada do governo
de FHC. O país cresceu a taxas razoáveis e com emprego, renda e crédito, o povo
o reelegeu e fez Dilma presidente. Por que essa gente de mão quem foi capaz de
melhorar sua vida?
A mensagem para o povão é clara:
“Ele era um dos nossos, não importa o que tenha feito”.
Leia no Blog: theodianobastos.blogspot.com.
“LULA É UM SOCIOPATA”, “LULA, UM PELEGO DE ALUGUEL”, “OS MITOS POLÍTICOS NO BRASIL”, “OS LÍDERES MESSIÂNICOS”, LEGADOS DO LULOPETISMO E OUTROS
“LULA É UM SOCIOPATA”, “LULA, UM PELEGO DE ALUGUEL”, “OS MITOS POLÍTICOS NO BRASIL”, “OS LÍDERES MESSIÂNICOS”, LEGADOS DO LULOPETISMO E OUTROS
Rubens Silva Pontes, Serra/ES, por e-mail:
ResponderExcluirComo se viu, amigo, a lábia do Lula não colou com Moro. Ele vai ser condenado, com certeza. Como sempre, bem colocadas suas judiciosas considerações. Concordo com você, em parte. Se for condenado, rezarei uma novena de graças para o santo de minha devoção.