Por THEODIANO BASTOS
Vejam o que diz ERICH FROMM no livro A ARTE DE AMAR:
“É o amor uma arte? Se o é, exige conhecimento e
esforço. Ou será o amor uma sensação agradável, que se experimente por acaso,
algo em que se “cai” quando se tem sorte? Este livrinho baseia-se na primeira
hipótese, embora indubitavelmente a maioria das pessoas, hoje, acredite na
segunda.
E continua: Se duas pessoas estranhas uma à outra,
como todos somos, subitamente deixam ruir a parede que as separa e se sentem
próximas, se sentem uma só, esse momento de unidade é uma das mais jubilosas e
excitantes experiência da vida. É tudo o que há de mais admirável e miraculoso
para quem tem estado fechado em si, isolado, se amor. Esse milagre de súbita
intimidade é muitas vezes facilitado quando se combina, ou se inicia, com
atração sexual e sua satisfação.
Contudo, tal tipo de amor, por sua própria natureza não
é duradouro, adverte Erich Fromm.
E diz que deseja convencer o leitor de que todas as
suas tentativas de amar estão fadadas a falhar se ele não desenvolver sua
personalidade total, de modo a conseguir uma orientação produtiva; convencê-lo
de que a satisfação no amor individual não pode ser atingida sem a capacidade
de amar o próximo, sem verdadeira humildade, coragem, fé e disciplina.
E continua: Numa cultura em que tais qualidades são
raras, o alcance da capacidade de amar deve permanecer numa conquista rara.
Ou... qualquer um pode perguntar a si mesmo quantas pessoas tem conhecido que
verdadeira amam.”
FONTE: livro de Erich Fromm em A ARTE DE AMAR
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