sexta-feira, 5 de agosto de 2016

UM OUTRO PAÍS



UM OUTRO PAÍS,                                   por Luiz Roberto Barroso, ministro do Supremo Tribunal Federal e professor titular de direito constitucional da UFRJ 
“Em um Brasil que vive um momento venturoso de mudança de patamar civilizatório, algumas reflexões sobre o momento atual e sua superação,  seja qual for o governo.
TUDO PASSA, ensinam as principais tradições filosóficas e religiosas do mundo, de Heráclito ao Livro de Jó. Assim será, também, com a crise devastadora que nos aflige. Contrariando um pouco o senso comum, penso que o país vive um momento venturoso de mudança de patamar civilizatório. Há no ar um misto de indignação cívica, interesse de segmentos diversos de superação de práticas condenáveis e idealismo ara a construção de um país melhor. Indignação, interesses legítimos e idealismo são o combustível das grandes transformações.

O legado da democracia.  Fará bem aos espírito, neste momento de desencanto generalizado, lembrar que em trinta anos de democracia e de poder civil obtivemos inúmeras conquistas de valor inestimável. Entre elas estão a estabilidade institucional, a estabilidade monetária e a inclusão social. Em uma geração, derrotamos o espectro da ditadura, domesticamos a inflação e retiramos milhões de pessoas da linha da miséria extrema. A história aqui andou na direção certa, ainda quando não na velocidade desejada. A seguir, algumas reflexões sobre o momento atual e sua superação.

E aí, o ministro Luiz Roberto Barroso, do STF, continua em seu magistral artigo, tratando da CORRUPÇÃO RECOMPENSA OS PIORES, REFORMA POLÍTICA, ESTADO E SOCIEDADE, EDUCAÇÃO, LIVRES E IGUAIS, ÉTICA PRIVADA E NO FINAL BRASIL, com sua visão otimista: ... 
Com atraso, mas não tarde demais, temos uma chance de chegar ao futuro, de nos reinventarmos como país, dentro da legalidade democrática, sem mortos nem perseguidos. E oferecer ao mundo um exemplo de civilização, com justiça material, liberdades públicas, diversidade racial, pluralismo cultural e alegria de viver”  
Fonte: Revista VEJA, edição impressa de 03/08/16 pags. 48 e 49

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