quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

CRIME ORGANIZADO NO ES: MÁFIA DA VENDA DE SENTENÇAS



CRIME ORGANIZADO NO ESPÍRITO SANTO

CRIME ORGANIZADO NO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ES 


TJES: MÁFIA DAS SENTENÇAS


Depois de 8 anos, STJ vai julgar denúncia de venda de sentenças no Judiciário do Espírito Santo

O ministro Francisco Falcão pautou para 15 de agosto o julgamento da denúncia da PGR no âmbito da Operação Naufrágio, que investigou esquema de venda de sentenças no Judiciário do Espírito Santo.

O Antagonista lembrou, na segunda-feira, que até hoje o STJ não decidiu sobre o recebimento da denúncia, que data de 2010 e envolve 26 acusados.

A investigação passou pelo gabinete de Laurita Vaz, no STJ, voltou para a Justiça do Espírito Santo, depois foi parar nas mãos de Cármen Lúcia, que a encaminhou novamente a Laurita, antes de ser ‘herdada’ por Falcão no ano passado.

Nesse período, desembargadores denunciados se aposentaram, um juiz (Robson Albanez) foi promovido ao TJES e um procurador (Eliezer Siqueira de Souza) virou ouvidor do Ministério Público do Espírito Santo. https://www.oantagonista.com/ 06/06/18 



Supremo manda processo da Operação Naufrágio ao STJ - STF negou recurso em julgamento ocorrido na quarta-feira (29).

Operação foi deflagrada em 2008 e apurar venda de sentenças no TJ-ES.

Do G1 ES, com informações de A Gazeta
A 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) manteve a decisão de enviar os autos da Operação Naufrágio, deflagrada no Espírito Santo em 2008, para o Superior Tribunal de Justiça (STJ), após negar um recurso, o agravo regimental. O julgamento ocorreu na quarta-feira (29).
Realizada pela Polícia Federal, Operação Naufrágio foi deflagrada em dezembro de 2008 para apurar um suposto esquema de venda de sentenças em troca de vantagens pessoais no Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJ-ES).
Foram denunciadas 26 pessoas, entre elas quatro desembargadores, quatro juízes, seis advogados, um procurador de Justiça do Ministério Público Estadual, dois empresários, um ex-prefeito e ex-servidores do TJ-ES.
No final de 2014, a ministra Cármen Lúcia, relatora do caso no STF, já havia decidido mandar os autos para o STJ. Isso ocorreu após a promoção do juiz Robson Albanez, denunciado na operação, a desembargador. O foro para julgamento de desembargadores é o STJ.

 
O recurso contra a ida dos autos para a outra Corte foi interposto pelo advogado Raphael Câmara, que defende o desembargador aposentado Elpídio Duque. Para Câmara, a promoção de Albanez a desembargador não deveria interferir no julgamento.
“Os autos não foram para o STF devido ao foro dos envolvidos, mas sim porque houve a suspeição de parte dos desembargadores do Tribunal de Justiça do Espírito Santo. Além disso, STF já firmou a própria competência”, afirmou Câmara.
Assim que acessar o inteiro teor da decisão da 2ª Turma, o advogado vai avaliar se apresenta embargos de declaração, mais um recurso contra a ida dos autos para o STJ.
 A denúncia contra as 26 pessoas foi apresentada em 2010, mas ainda não foi aceita. A indefinição do foro, ou seja, do local em que o julgamento deve ocorrer, é o que mais tem contribuído para o atraso.
O caso começou no próprio STJ, para onde agora deve voltar, passou pelo TJ-ES e pela mais alta Corte do país, o STF. Quando o andamento continuar, possivelmente no STJ, a expectativa é de mais demora. “Mesmo que tramitasse na primeira instância, seria lento. Tem que dar prazo para ouvir as defesas de todos e ouvir o Ministério Público, por exemplo”, avaliou Raphael Câmara.Edição do dia 30/06/2011
Juiz afastado na Operação Naufrágio tem pedido negado na OAB do ES
Sessão aconteceu nesta quarta-feira (29) e teve 34 votos.
Frederico Schaider Pimentel não gostou da decisão.
O juiz afastado após a Operação Naufrágio Frederico Schaider Pimentel tentou se inscrever na Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Espírito Santo (OAB/ES), para trabalhar como advogado, mas o pedido foi negado. A operação foi deflagrada em 2008 e descobriu com um esquema de venda de sentenças no judiciário capixaba.
A sessão aconteceu nesta quarta-feira (29), teve a duração de 1h30 e, no total, teve 34 votos. O ex-juiz, Frederico Schaider Pimentel, não gostou da decisão. Para presidente da OAB/ES, Homero Mafra, o conselho agiu corretamente. "Se não serve para a Justiça, não serve para a advocacia", afirmou Mafra.
Entenda o Caso
Frederico Luís Schaider Pimentel foi demitido do cargo de juiz em processo disciplinar, após a Operação Naufrágio, deflagrada em 2008 com a descoberta de um esquema de venda de sentenças, em troca de vantagens pessoais no Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES). O Ministério Público Federal (MPF), com base nas investigações, denunciou 26 pessoas, entre elas quatro desembargadores, quatro juízes, seis advogados, um procurador de Justiça do Ministério Público Estadual, dois empresários, um ex-prefeito e ex - servidores do TJES.
No dia 9 de dezembro de 2008, foram expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) sete mandados de prisão temporária e 24 de busca e apreensão. As investigações da Operação Naufrágio começaram a partir da Operação Titanic, da Polícia Federal, que apurava crimes de evasão de divisas e sonegação fiscal, entre outros. A Naufrágio prendeu os desembargadores Frederico Guilherme Pimentel, Elpídio José Duque (aposentado) e Josenider Varejão Tavares.
Também foram presos o juiz Frederico Schaider Pimentel, filho de Frederico Pimentel, o advogado Paulo Duque, filho de Elpídio, o também advogado Pedro Celso Pereira e a ex-diretora de Distribuição do Tribunal de Justiça Bárbara Sarcinelli.
Os desembargadores foram afastados do cargo no dia 18 de dezembro por determinação do Pleno do Tribunal. O afastamento foi renovado pelo Pleno em 2009. Depois de 436 dias, desde a operação ser deflagrada, o Ministério Público Federal concluiu as investigações e formalizou a denúncia contra as 26 pessoas.
O crime organizado no ES chegou a mandou matar o juiz Alexandre Martins de Castro Filho, assassinado em 24 de março de 2003, tendo como suspeito de mandante, entre outros, o Juiz Leopoldo Teixeira, o que chocou e revoltou a população capixaba, e que também repercutiu em âmbito nacional, provocando uma série de manifestações, das quais participaram autoridades, empresários, professores, alunos e a sociedade em geral.

 
Alexandre estava à frente de investigações relacionadas ao crime organizado no estado.
E o juiz Carlos Eduardo Ribeiro Lemos que atuava ao lado de Alexandre Martins vive até hoje (2017) ameaçado de morte e cercado por seguranças até hoje.
 

CRIME ORGANIZADO NA JUNTA COMERCIAL DO ESPÍRITO SANTO 

A JUCEES – Junta Comercial do Estado do Espírito Santo, através da então secretária geral, Maria das Graças, na concessão de certidões de encomenda, nas quais o ramo de atividade não era o que constava no banco de dados em Brasília,  e assim criou a versão capixaba  do Sistema Nacional de Registro de Empresas Mercantis do Comércio (SINREM),  órgão central do SINREM- Departamento de Registro Empresarial e Integração (DREI), do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços – MDIC e a JUCESS, ato da maior gravidade.

A Maria das Graças, secretária geral, jamais conseguiria montar sozinha um esquema dessa magnitude sem contar com a participação e cobertura de outros servidores do órgão e o que intriga é que ela trabalhava ao lado do departamento jurídico.  Mas a JUCEES nunca instaurou um procedimento administrativo para que eu fosse ouvido.

Com o propósito de intimidar, desestabilizar e burlar o direito constitucional do cidadão em peticionar, o procurador chefe da Junta Comercial do ES, tão logo teve notícia da petição encaminhada ao Gov. Paulo Hartung  para que fosse investigado o crime organizado reinante na Junta Comercial do Estado do ES, ao invés de ser chamado para prestar depoimento num procedimento na Junta, o Sr. Franz, advogando em causa própria, pagou as custas no valor de R$ 1.000,00 e entrou com processo na Justiça pedindo indenização de R$ 500.000,00.

Tive informações junto ao então Ouvidor da Junta, que falou em off, de que apesar de ser Ouvidor, nenhum poder tinha e que eu tivesse muito cuidado porque correria perigo em mexer com o esquema e que Maria das Graça não agia sozinha e tinha a participação de outros servidores do órgão, inclusive do Departamento Jurídico. Através deste servidor tomei conhecimento de que na mesma época uma pequena metalúrgica de Vila Velha/ES, depois de ter vencido uma licitação pública do Estado, foi desclassificada porque o concorrente conseguiu uma “certidão” de encomenda na JUCEES, também assinada pela secretaria geral do órgão, informando que era outro o ramo de atividade da empresa.

O prédio da Junta é pequeno, com apenas dois pavimentos e era intrigante, quase  possível que o procurador chefe, trabalhando ao lado da Sra. Maria das Graças, de nada soubesse dos atos gravíssimos praticados e desconfiava que havia conluio ou prevaricação, pois não tomou nenhuma providência para cobrar da Sra. Maria das Graças dos valores pagou pela Junta na indenização, ressarcindo os cofres públicos.  

Enquanto a FINDES – Federação das Indústrias do ES, instaurou procedimento interno para apurar a denúncia, expulsou o SINDINFORMÁTICA do Sistema Findes, entrando no seu lugar um novo sindicato patronal com a denominação de SINDINFO -
Sindicato da Indústria de Informática (Hardware e Software), Robótica, Manutenção e Desenvolvimento de Hardware, Atividades Correlatas, Similares e Conexas do Estado do Espírito Santo.             

Já a Junta Comercial nada fez, nem instaurou nenhum procedimento administrativo, sob a esdrúxula alegação de que aguardaria o desfecho do processo movido procurador chefe...

REPRESÁLIAS CONTRA O AUTOR
Certa manhã recebi a visita de dois sujeitos que se diziam fiscais do estado e queria que publicasse um anúncio na revista do órgão e disse que não tinha condições, pois éramos uma pequena empresa em início de atividade.
Alguns dias depois publicavam matéria paga pela Secretaria da Fazenda, em ¼ de página no Jornal A GAZETA, com o título  APOLOGISTA DA SONEGAÇÃO como meu nome citado com destaque, matéria paga pela Secretaria da Fazenda do ES, SEFAZ, no governo de Victor Buaiz, PT, tendo o notório Rogério Medeiros como secretário. A empresa era isenta de inscrição estadual, pois seu ramo era de prestação de serviços e só tinha inscrição municipal.

Por ser vítima do crime organizado que reinava na Junta Comercial do ES, tive minha vida como pequeno empresário arruinada. Tinha legitimidade para levar minhas suspeitas ao Governador Paulo Hantung e em 2008, usando o direito constitucional de peticionar, para que mandasse investigar a participação, procurador geral da Junta Comercial do ES, na quadrilha montada pela Sra. Maria das Graças Gomes de Oliveira, secretária Geral da Entidade, pois não era possível acreditar que apenas uma pessoa tivesse montado sozinha um esquema criminoso de tamanha magnitude. Licitações públicas eram fraudadas com certidões falsas da Junta para desclassificar concorrentes, como fizeram com uma metalúrgica de Vila Velha. A JUCEES nunca instaurou procedimento para as denúncias.

E tão logo tomou conhecimento de minha petição ao governador Paulo Hartung, o procurador geral da junta, advogando em causa própria, usou o Judiciário intimidar e praticar o terrorismo jurídico, dando o valor de apenas R$ 1.000,00 para pagamento de custas, mas pedindo R$ 500.000,00 (Quinhentos mil reais) por danos morais, que o juiz da 1ª Vara Cível de Vitória (Processo nº 0006017-06.2008.8.080024 de 2008).

O juíz mandou arquivar este processo e logo ele foi reapresentado por sua colega na Junta, isto é, sem gastar um centavo com honorários, (enquanto o autor foi obrigado a gastar com advogado) e foi condenado, pois a Juíza levou em conta as intenções do autor por trás do processo que era intimidar e anular o direito constitucional do cidadão em peticionar. 
Sua colega na Junta reapresentou o processo, sem gastar um centavo com honorários, e foi condenado, pois O Juíz levou em conta as intenções do autor por trás do processo que era intimidar e anular o direito constitucional do cidadão em peticionar.

A Maria das Graças, secretária geral, jamais conseguiria montar sozinha esse esquema criminoso, de tamanha magnitude sem contar com a participação e cobertura de outros servidores do órgão e o que intriga é que ela trabalhava ao lado do departamento jurídico, onde o Sr. Franz era procurador-geral.


Veja neste mesmo blog os textos: CRIME ORGANIZADO NO ESPÍRITO SANTO, COMO ERA e NEPOTISMO NO JUDICIÁRIO DO ES

domingo, 5 de fevereiro de 2017

TRUMP E A MALETA NUCLEAR



Trump é a Besta do Apocalipse de que fala a Profecia de Nostradamus?
O que é a maleta nuclear que o presidente Donald Trump receberá em sua posse?                        por Magno Oliver 20/01/17

Você sabe quanto é o salário de um presidente? Aqui no site da Fatos Desconhecidos, nós já revelamos para você quanto é o valor.
Às 15h no Brasil (12h em Washington) desta sexta-feira(20 de Janeiro de 2017), o eleito presidente dos Estados Unidos Donald Trump faz o seu tradicional juramento de posse diante da Suprema Corte Americana, em frente ao Congresso Americano, onde ele se torna o 45º presidente dos Estados Unidos.

E um momento interessante da cerimônia é o que um assessor militar entrega uma maleta nuclear para o novo presidente que tem um potencial espantoso. O que seria essa maleta? Para que ela serve?
A tal maleta nuclear que Trump receberá em sua posse tem significado e uma tradição por trás de sua simbologia.

Segundo a BBC, “um assessor militar desconhecido será visto acompanhando o presidente Barack Obama até a cerimônia de posse de Donald Trumo no Capitólio. Esse militar estará carregando uma bolsa contendo uma maleta chamada “a bola nuclear”.

Dentro dela há um aparelho digital que mede 12,7m por 7,3 cm conhecido como “o biscoito”. Ele contém os códigos de lançamento para um ataque nuclear americano.

Na hora da posse, o presidente eleito já terá passado por um treinamento sobre como ativar o dispositivo. Mas no momento em que Donald Trump fizer o juramento e assumir o cargo de presidente, o assessor militar e a bolsa passarão discretamente para o lado dele.
Trump terá a autoridade exclusiva de ordenar uma ação militar que poderia provocar mortes de milhões de pessoas em menos de uma hora“.

Você já tinha ouvido falar da “mala nuclear” que é repassada de presidente para presidente? O que você está achando da posse de Trump? Você acha que ele teria coragem de acionar essa mala? Mande seu comentário para gente!

terça-feira, 31 de janeiro de 2017

TRUMP, PETIÇÃO MUNDIAL



            
AVVAZ, PETIÇÃO MUNDIAL, 4 MILHÕES JÁ ASSINARAM (até 31/01/17). 
TAMBÉM  JÁ ASSINEI: 
Caro Sr. Trump,
Não há grandeza no que o senhor está fazendo.

O mundo inteiro rejeita seu discurso de medo, ódio e intolerância. Rejeitamos seu apoio à tortura, seu clamor à morte de civis e a forma como o Sr. incita a violência em geral. Rejeitamos seu menosprezo às mulheres, muçulmanos, mexicanos e milhões de outras pessoas que não se parecem com você, não falam como você e não rezam para o mesmo deus que você.

Decidimos enfrentar seu medo com compaixão. Frente a sua desesperança, escolhemos a confiança. E, em vista de sua ignorância, escolhemos a compreensão.

Como cidadãos globais, nós resistimos à sua tentativa de separar-nos uns dos outros.
Atenciosamente,

sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

“O GRANDE IRMÃO” ESTÁ DE OLHO EM VOCÊ - 1984 É AGORA



 “O GRANDE IRMÃO” ESTÁ DE OLHO EM VOCÊ - 1984 É AGORA,                          por Theodiano Bastos

O que intriga nesse estranho episódio envolvendo o Edward Snow­den, é como ele conseguiu, em tão pouco tempo, tantas informações da Agência Nacional de Segurança dos EUA. Isso é muito estranho!
Pela gravidade da documentação altamente sensível que está vindo à público, “o governo americano está enviando oficiais para avisar países que poderiam ser afetados pelos arquivos. Operações contra Irã, Rússia e China são citadas.
O ex-técnico de inteligência Edward Snowden possui documentos com informações sensíveis à segurança nacional de países aliados aos Estados Unidos. Segundo o jornal The Washington Post, o governo ame­ricano tem enviado funcionários a países que poderão ser afetados se Snowden divulgar os arquivos obtidos durante uma invasão à Agência de Inteligência Defensiva, usada por serviços de inteligência do Exército, Marinha, Aeronáutica e Marines (forças especiais). Fontes de dentro do governo americano disseram que os documentos possuem detalhes de operações conduzidas pelos EUA e seus aliados contra Irã, Rússia e China.
Os arquivos revelam programas de coleta de informações que são mantidos por países não alinhados publicamente com os Estados Unidos. O Washington Post atesta que um dos documentos contém informações sobre um país membro da OTAN responsável por comandar um progra­ma que fornece valiosas informações sobre a Rússia. “Se a Rússia souber disso, não seria difícil para eles tomarem decisões que interromperiam o programa”, disse a fonte. Os dados sigilosos dos russos seriam usados pela Aeronáutica e Marinha dos Estados Unidos.
Snowden possui aproximadamente 30.000 documentos que foram extraídos do Sistema da Junta de Comunicações Inteligentes Mundiais (JWICS, na sigla em inglês), utilizado para armazenar informações alta­mente secretas e sensíveis. O material em questão não se refere a práticas de espionagem da Agência de Segurança Nacional (NSA) dos Estados Unidos, mas a estruturas de inteligência sobre as capacidades militares de outros países, incluindo sistemas de armas como mísseis, navios e caças.
A importância dos documentos fez com que os serviços de inteligên­cia dos Estados Unidos fizessem o levantamento sobre quais documentos Snowden poderia ter obtido. Os oficiais consultados pelo The Washing­ton Post, no entanto, disseram que o ex-técnico de inteligência estava recolhendo arquivos ao acaso. “Não parece que ele estava mirando em algo específico”, disse uma das fontes. Os alertas aos países alinhados têm sido feitos de capital em capital. Em alguns casos, funcionários destes governos podem ter conhecimento das operações em conjunto. Mas, em outros, membros de alto escalão dos governos, como chanceleres, não sabem da cooperação com os Estados Unidos.
Por enquanto, Snowden parece não ter vazado nenhum documento desse tipo para jornalistas. “Ele deixou claro que não iria comprometer operações de segurança nacional”, disse Thomas Drake, um ex-agente da NSA que visitou Snowden em Moscou. Em uma entrevista para o jornal The New York Times, o ex-técnico de inteligência disse que não havia fornecido nenhuma informação para os governos de Rússia e China. “A chance de russos e chineses terem recebido qualquer documento é zero”, afirmou. De acordo com Drake, Snowden também não liberou nenhu­ma informação para o site de vazamentos WikiLeaks, do hacker Julian Assange.
Documentos divulgados pelo jornal The Guar­dian comprovaram que os Estados Unidos espionaram os telefones de 35 líderes mundiais. Segundo os arquivos, a NSA incentivou funcionários da Casa Branca, Departamento de Estado e Pentágono a compartilhar con­tatos de políticos. A nova denúncia veio à tona após o governo alemão ter descoberto que a NSA grampeou o celular pessoal da chanceler An­gela Merkel. As suspeitas levaram Merkel a ligar para Obama para pedir explicações. ” http://veja.abril.com.br/noticia/internacional/eua-alertam­-que-snowden-possui-arquivos-extraidos-de-rede-militar

Mas o pior está por vir. É bem provável que já tenham descoberto uma tecnologia para que os satélites militares possam dirigir “feixes” de onda magnética para apagar todos os arquivos dos computadores em áreas sensíveis de países inimigos, provocando o caos.
Como também já se tenha componentes portáteis para apagar as me­mórias de aeroportos, torres de retransmissões de telecomunicações etc.
O livro 1984, de George Orwell denunciou as mazelas do totalita­rismo e tornou-se um dos mais influentes romances do século 20. De modo profético, George Orwell abordou temas relevantes como a quebra da privacidade
Só a menção ao título desencadeia uma avalanche de associações mentais: comunismo, polícia política, nazifascimo, tortura... O livro ga­nhou fama por tratar de forma ficcional de uma das grandes mazelas contemporâneas, o totalitarismo.
Escrito pelo jornalista, ensaísta e romancista britânico George Orwell e publicado em 1949, o texto nasceu destinado à polêmica. Foi traduzido em 65 países, virou minissérie, filmes, inspirou quadrinhos, mangás e até uma ópera. Mas - ah, estava demorando - ganhou renovados holofotes em 1999, quando a produtora holandesa Endemol batizou seu reality show (formato que chegou à TV nos anos 1970), de Big Brother, o mais sinistro personagem, ou melhor, entidade do livro. O pai da ideia, John de Mol, nega de pés juntos a inspiração, mas há outras associações possíveis além do nome do programa. A origem do título 1984 é controversa. Orwell supostamente queria “O Último Homem da Europa”, mas seu editor Frederick Warburg insistiu que trocasse por algo mais comercial. O texto foi concluído em 1948 e o nome traz os dois dígitos finais invertidos. Era uma forma de dizer que a distopia descrita não era uma ameaça distante.
No enredo que tem Londres como cenário (na fictícia Oceânia) -, tudo gira em torno do Grande Irmão. “Quarenta e cinco anos, de bigodão preto e feições rudemente agradáveis”, o Big Brother é o líder máximo. Assu­miu o poder depois de uma guerra de escala global (análoga à Segunda Guerra, porém com mais explosões atômicas), que eliminou as nações e criou três grandes estados transcontinentais totalitários. A Oceânia reúne a ex-Inglaterra, as ex-Américas, ex-Austrália e Nova Zelândia e parte da África. É um mundo sombrio e opressivo. Cartazes espalhados pelas ruas mostram a figura bisonha da autoridade suprema e o slogan: “O Gran­de Irmão está de olho em você”. E está mesmo, literalmente, graças às “teletelas”. Espalhadas nos lugares públicos e nos recantos mais íntimos dos lares, elas são uma espécie de televisor capaz de monitorar, gravar e espionar a população, como um espelho duplo. A intimidade era tão devassada ali quanto na casa do Projac que sediou a última edição do Big Brother Brasil.
O protagonista é Winston Smith. Funcionário do Departamento de Documentação do Ministério da Verdade, um dos quatro ministérios que governam Oceânia, sua função é falsificar registros históricos, a fim de moldar o passado à luz dos interesses do presente tirânico (prática, aliás, comum na União Soviética). A opressão era física e mental. A Polícia das Ideias atuava como uma ferrenha patrulha do pensamento. Relações amorosas estavam entre as muitas proibições. Nesse cenário de submis­são onde não há mais leis, mas sim inúmeras regras determinadas pelo Partido, ninguém nunca viu o Grande Irmão em pessoa. Uma sacada genial do autor: o tirano mais amedrontador é também aquele mais abstrato. Winston detesta o sistema, porém evita desafiá-lo além das pá­ginas de seu diário. Isso muda quando se apaixona por Júlia, funcionária do Departamento de Ficção. O sentimento transgressor o faz acreditar que uma rebelião é possível. Mas combater o regime não é nada fácil. Enredada numa trama política, a “reeducação” dos amantes será brutal.
Raros escritores tiveram o privilégio de virar adjetivo. George Orwell (um pseudônimo) foi um deles. Seu nome de batismo, na Igreja Angli­cana, é Eric Arthur Blair. Se Marcel Proust deu origem a “proustiano”, por causa das ricas descrições memorialistas, o termo “orwelliano” virou sinônimo dos vívidos e sinistros porões do totalitarismo. Não que, como romancista, ele seja comparável a James Joyce, Franz Kafka ou Proust. Os críticos costumam ser mais positivos sobre seus ensaios. Ainda assim não são unânimes. O grande legado de Orwell é mesmo sua lucidez política.
Nascido na Índia, em 1903, filho de um funcionário colonial inglês, ele nunca levou vida fácil. Cursou uma escola da elite (Eton). Em vez de seguir o caminho seguro (matricular-se numa universidade chique como Oxford), entrou para a Polícia Imperial da Índia. Lá conheceu de perto a truculência do Império Britânico no esforço de controlar os nativos. Orwell tinha tudo para ser promovido, mas, escandalizado, largou a farda e foi levar uma vida boêmia em Paris e Londres. Nessa época, beirou a mendicância. Em 1936, viajou para a Espanha para lutar contra o franquismo, na Guerra Civil. Foi ferido no pescoço e dali em diante só conseguiria falar em tom baixo. Dizia ser um socialista democrático. Já um amigo, o escritor Malcolm Muggeridge, o definiu como “um sujeito que é fácil de a gente amar, mas difícil de ter por perto”. Uma de suas marcas pessoais era um rígido senso de justiça e de busca da verdade. Alguns o admiravam por isso. Outros o viam como um grande chato. O certo é que essa característica o ajudou a se desencantar das utopias políticas, inclusive a soviética, impiedosamente atacada também em A Revolução dos Bichos (1945). “A aceitação de qualquer disciplina política parece ser incompatível com a integridade literária”, afirmou, inconformado com a subserviência dos intelectuais aos regimes de direita ou de esquerda.
Poucos descreveram tão bem a tortura política. Nas páginas de 1984, O’Brien, um figurão do Partido, usa um método especialmente cruel: o flagelo com ratos. “Eles saltarão sobre seu rosto e começarão a devorá­-lo. Às vezes atacam primeiro os olhos. Às vezes abrem caminho pelas bochechas e devoram a língua”, diz a Winston.
Este texto está no livro "PEGADAS DA CAMINHADA" de autoria de Theodiano Bastos e está publicado na AMAZON