Por THEODIANO BASTOS
A partir do final do século 18 (Revolução Industrial) e na segunda metade do século 20, houve uma expansão da produção industrial, o que gerou um grande aumento de emissões de gases de efeito estufa na atmosfera. Existem fortes indícios de que o clima está de fato mudando.
Até a semana passada, a pior enchente que havia atingido a cidade de Porto Alegre (RS) havia sido entre os meses de abril e maio de 1941. Segundo registros da época, reunidos pelo museu Joaquim Felizardo, a capital gaúcha recebeu 24 dias de chuvas de maneira ininterrupta.
Alguns registros da época dão conta que o nível do lago Guaíba chegou a 4,75
metros, enquanto outras publicações falam em 4,76 metros.
De qualquer forma, a situação da enchente deste ano é bem
mais grave do que a de 1941. No último dia 4 de maio de 2024, o nível do Guaíba
chegou a 5 metros pela primeira vez na história, tendo alcançado 5,3 metros no
dia seguinte.
Os registros levantados pelo museu informam que, em 1941,
cerca de 70 mil pessoas ficaram desabrigadas –o que equivale a cerca de um
quarto da população da época. Segundo registros, um terço dos estabelecimentos
comerciais ficaram embaixo d’água por cerca de 40 dias.
“A cidade ficou ilhada: o alagamento atingiu o porto, a estação ferroviária e o Aeroporto Municipal. Um dos momentos mais críticos, foi quando a água atingiu a Usina do Gasômetro e deixou a cidade sem luz”, informa o museu.
Assim como ocorre neste ano, os registros informam que,
depois da falta de luz, veio a interrupção do abastecimento de água. O
transporte teve de ser feito por barcos e canoas, já que o trânsito de
pedestres e automóveis não era possível.
Depois de a capital gaúcha ter sido castigada pela cheia
de 1941, veio à tona o debate em torno da necessidade se construir uma barreira
que protegesse a cidade contra enchentes.
Pouco mais de 30 anos após a ocorrência, em 1974, foi
finalizado o chamado Muro da Mauá. A estrutura fica entre o cais Mauá e a
avenida Mauá, no Centro Histórico de Porto Alegre, e tem 3 metros de altura e
2,6 quilômetros de comprimento.
Uma
reportagem da época, cujo recorte está no acervo da Universidade Federal do Rio
Grande do Sul (UFRGS), mostra que mais de 10 mil prédios foram atingidos pela
enchente. “Um serviço popular de salvamento foi organizado por meio de canoas
construídas às pressas e nem sempre seguras”, diz o texto. Reportagem
de 1941 mostra as áreas atingidas pela enchente de 1941 em Porto Alegre (RS) /
Acervo/UFRGS
Em
um artigo científico publicado em 2020, o pesquisador André Luiz
Lopes da Silveira, doutor em Ciências da Água no Ambiente Continental e
professor da UFRGS, afirmou que a situação da cidade em 1941 poderia ter sido
ainda pior.
“Há que se considerar que o Guaíba antes da cheia de 1941
estava com nível d´água baixo, compatível com o normal esperado para abril,
desta forma, pode especular que o mesmo evento chuvoso em outra época poderia
resultar num coeficiente de escoamento maior, gerando uma cheia ainda maior.”
SAIBA MAIS EM: https://open.spotify.com/episode/3EFdFmWrGA9lKQNUPDRvws?si=ewoUZbw8Qwe6DqCfnLnlIw&nd=1&dlsi=3a0ddbe0b6484094
E https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/chuva-em-porto-alegre-como-foi-a-historica-enchente-de-1941/
Hideraldo de Freitas, Mantenópolis?ES: A Marina Silva, grande imbecil, afirmou que o Bolsonaro é o responsável pela tragédia do Río Grande do Sul.
ResponderExcluirÉ impressionante a postura, abaixo da crítica, de todos os componentes deste governo bizarro.
Hideraldo: Eis a prova de que ela disse isso: https://www.google.com/search?q=marina+silva+disse+que+bolsonaro+%C3%A9+o+culpado+da+enchente+em+porto+alegre%3F&oq=marina+silva+disse+que+bolsonaro+%C3%A9+o+culpado+da+enchente+em+porto+alegre%3F&gs_lcrp=EgZjaHJvbWUyBggAEEUYOdIBCTU2NTQwajBqNKgCDrACAQ&client=ms-android-samsung-ss&sourceid=chrome-mobile&ie=UTF-8
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