José Casado
Manhã de outono, sete anos atrás. Cinco homens
sentaram-se para almoçar no 16º andar da sede do Tribunal de Contas, na Praça
da República, recanto de ladroagens no Centro do Rio.
A sexta cadeira ficou vaga, notaram os garçons que
tudo veem, tudo sabem e, quase sempre, nada contam. A ausência de José Mauricio
Nolasco agravou a tensão à mesa, mas deu mais espaço para Domingos Brazão,
Marco Antônio Alencar, Aloysio Neves, José Gomes Graciosa e Jonas Lopes de
Carvalho Jr.
Carvalho comentou sobre a apreensão de Nolasco, o
ausente ex-presidente do tribunal:
— Ele pode acabar fazendo uma delação…
O conselheiro Brazão retrucou, fria e pausadamente:
— Se fizer isso, morre. Começo por um neto, depois um
filho. Faço ele sofrer muito, e, no fim, ele morre.
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https://veja.abril.com.br/coluna/jose-casado/simbiose-nefasta
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