sábado, 30 de março de 2024

SIMBIOSE NEFASTA

José Casado

Manhã de outono, sete anos atrás. Cinco homens sentaram-se para almoçar no 16º andar da sede do Tribunal de Contas, na Praça da República, recanto de ladroagens no Centro do Rio.

A sexta cadeira ficou vaga, notaram os garçons que tudo veem, tudo sabem e, quase sempre, nada contam. A ausência de José Mauricio Nolasco agravou a tensão à mesa, mas deu mais espaço para Domingos Brazão, Marco Antônio Alencar, Aloysio Neves, José Gomes Graciosa e Jonas Lopes de Carvalho Jr.

Carvalho comentou sobre a apreensão de Nolasco, o ausente ex-presidente do tribunal:

— Ele pode acabar fazendo uma delação…

O conselheiro Brazão retrucou, fria e pausadamente:

— Se fizer isso, morre. Começo por um neto, depois um filho. Faço ele sofrer muito, e, no fim, ele morre.

SAIBA MAIS EM:

https://veja.abril.com.br/coluna/jose-casado/simbiose-nefasta

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