O Chefe do
Itamaraty afirma que hoje o país defende a Ucrânia no conflito com a Rússia.
Em sua segunda passagem pela Esplanada dos
Ministérios, o chanceler Mauro Vieira, 71 anos, está debruçado sobre uma agenda
repleta de viagens que julga essenciais à tarefa de reinstalar o Brasil no tabuleiro geopolítico. O périplo começou ao
lado de Lula em viagem cercada de polêmicas à Argentina e segue nos Estados
Unidos, a partir desta sexta-feira, 10, onde a ideia é refazer “laços
esgarçados” com o governo Joe Biden. Conhecido pelo temperamento apaziguador,
ele chegou a ser criticado por alas do PT depois de, tendo ocupado a pasta na
gestão Dilma...
“A visita aos EUA é para restabelecer laços
esgarçados na gestão anterior. Lula e Biden ainda devem falar sobre
investimentos americanos no Brasil e caminhos para a iniciativa brasileira lá”
O que a visita de Lula aos Estados Unidos pode trazer de ganhos
concretos para o Brasil? Essa
visita é essencialmente política. O objetivo é restabelecer laços que ficaram
esgarçados na gestão anterior. Foi um período em que havia um alinhamento
automático não exatamente com os Estados Unidos, mas com o então presidente
Donald Trump. Quando ele perdeu as eleições, em 2020, o elo deixou de existir...
E sobre a visita à China, prevista para ser a próxima escala, há chances
de sair daí o tão alardeado acordo com o Mercosul? Ainda não, isso leva mais tempo. Mas é um primeiro
passo. O governo chinês convidou Lula e ele já aceitou. Deve embarcar entre
março e abril. Fazendo as contas e olhando a agenda, nos primeiros quatro meses
de mandato o presidente terá mantido contato com todos os grandes parceiros
brasileiros. É um trabalho de refazer pontes que hoje não estão tão sólidas.
Quais assuntos devem vir à tona na ida a Pequim? Discutirei a agenda em detalhes com o chanceler
chinês nesse mês, na reunião do G20, na Índia. Eles são os parceiros comerciais
número 1 do Brasil desde 2010, então há muitos interesses em jogo. Como a China
ocupa uma posição de destaque na ciência e na tecnologia, essa é uma área que
atrai a atenção do Brasil, entre muitas outras. Bolsonaro disparou comentários
grosseiros sobre Pequim, criando rusgas que, agora, nos cabe dissolver.
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