domingo, 1 de janeiro de 2023

LULA TOMA POSSE, Mulher negra passou a faixa presidencial


 Por THEODIANO BASTOS 

Como Bolsonaro e Mourão se negaram a passar a faixa presidencial, a equipe de transição escolheu uma pessoa que representava os núcleos da sociedade que foram o pilar da vitória do petista

A faixa presidencial foi passada a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por uma mulher negra e catadora cooperativista. É a primeira vez na história do Brasil que o fato ocorre.                                                             Antes do artefato chegar ao petista, na tarde deste domingo (1º/1/23), a faixa foi passada pela mão de outros sete representantes da sociedade: um menino preto, um homem com deficiência, um metalúrgico, um professor, uma cozinheira, um artesão ativista e um cacique indígena.

A tradição do artefato ser passado pelo antecessor não foi seguida por Jair Bolsonaro (PL), que deixou o país na sexta-feira (30/12) e nem por Hamilton Mourão (Republicanos). Com a ausência, a equipe de transição escolheu uma pessoa que representava os núcleos da sociedade que foram os pilares da vitória do petista. A informação já havia sido adiantada pelo líder do Partido dos Trabalhadores (PT), Reginaldo Lopes

Quem é quem

A passagem da faixa presidencial a Lula foi histórica: além do recebimento do artefato pela mulher negra, o presidente petista subiu a rampa do Palácio do Planalto lado a lado de oito pessoas, cada uma que representava um perfil do povo brasileiro. 

Foi Aline Sousa, de 33 anos, quem passou a faixa presidencial a Lula. Ela é catadora desde os 14 anos e atua como presidente da Rede CentCoop-DF, além de ser responsável pela Secretaria Nacional da Mulher e Juventude da Unicatadores. É beneficiária de programas sociais criados por Lula, como Minha Casa, Minha Vida. 

O menino negro que estava ao lado do presidente se chama Francisco, de 10 anos. Morador da periferia de São Paulo, ele é filho de uma assistente social e de um advogado que atua em causas sociais. De acordo com a equipe de transição, Francisco esteve, com os pais, em manifestações em Curitiba em frente ao presídio e afirmou que pode ser presidente também após assistir o filme autobiográfico de Lula. 

Também estava presente no cortejo o cacique Raoni Metuktire, autoridade indígena na luta dos direitos dos povos originários e da defesa da Amazônia. Da aldeia Kraimopry-yaka, o cacique de 90 anos tem representatividade internacional e foi descredibilizado por Jair Bolsonaro (PL), que afirmou que o indígena "foi cooptado por outros países" ao criticar a gestão do ex-presidente. 

Metalúrgico do ABC Paulista desde os 18 anos, Weslley Viesba também subiu a rampa com Lula. Além de ter trabalhar na mesma profissão que Lula antes de se tornar político, Wesley também tem outros pontos em comum com a gestão do petista: conseguiu se graduar na universidade por meio do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), criado pelo presidente. 

Os professores e professoras também foram representados na passagem da faixa presidencial: Murilo de Quadros Jesus, de 28 anos, professor de português, formado em letras - português e inglês na Universidade Tecnológica Federal do Paraná subiu a rampa com Lula. 

A cozinheira Jucimara Fausto também esteve na passagem da faixa presidencial. Natural de Palotina (PR), ela se aproximou do movimento Lula Livre ao participar de um concurso de culinária promovido pelo movimento. Hoje, cozinha para a Associação dos Funcionários da Universidade Estadual do Maringá. 

O jovem potiguar Ivan Baron representou as pessoas com deficiência (PCDs) ao subir a rampa ao lado de Lula. Com mobilidade reduzida após ter meningite viral, ele é referência na luta anticapacitista e é influenciador nas redes sociais sobre o tema. 

Por fim, o artesão Flávio Pereira, de 50 anos, fecha o grupo que acompanhou Lula até o púlpito em que recebeu a faixa presidencial. Natural de Pinhalão (PR), o homem esteve na vigília Lula Livre, em frente ao presídio em que Lula esteve preso em Curitiba, por 580 dias. 

Posse

O presidente Lula subiu a rampa do Palácio do Planalto junto à primeira-dama, Janja Lula da Silva, e os representantes da sociedade, por volta das 16h53. A passagem da faixa foi acompanhada por cerca de 40 mil pessoas presentes no local — a lotação foi controlada pela equipe de transição, que fechou o local assim que o número foi atingido.

Antes do rito simbólico, Lula e Alckmin passaram por cerimônia oficial no Congresso Nacional, onde foram empossados e assinaram o termo de posse.           SAIBA MAIS EM: https://www.correiobraziliense.com.br/politica/2023/01/5063003-mulher-negra-passou-a-faixa-presidencial-para-lula-veja-fotos.html - https://www1.folha.uol.com.br/poder/2023/01/lula-recebera-faixa-de-crianca-indigena-negro-e-mulher-em-nome-do-povo-brasileiro.shtml E https://veja.abril.com.br/politica/ao-vivo-acompanhe-a-posse-de-lula-como-novo-presidente-do-brasil/

 

7 comentários:

  1. Célia Prates, Salvador:Mais uma palhaçada desses esquerdopatas, onde esse grupo citado faz parte de uma sociedade brasileira capitalista? Esperamos pra vê
    Esperemos

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  2. Jeane Freire, Serra dos Aimorés/MG: Bem esclarecedor o texto.
    Parabéns tio

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  3. Célia Prates: E agora Jair?
    Seria melhor “já ir” se aposentar?
    Quem diria que serias esfaqueado novamente.
    Mas agora pelas costas por aqueles que sempre defendeu?
    Mas também Jair ...

    Onde já se viu querer trazer dignidade a um povo que só quer festa, bola e bunda?

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  4. Rodolpho Dalla Bernardina, Serra/ES: O Bolsonaro e o Mourão não fizeram falta no passar a faixa. A cerimônia foi muito mais significativa com representantes das classes excluídas

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  5. Cristiano, Vitória/ES: No Brasil o crime é tão organizado que tem até cerimônia de diplomação

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  6. Osmar Dietrich: Serra/ES A situação é realmente bizarra!:

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  7. Douglas, Serra/ES: Olá bom dia, agora só nos resta aderir ao socialismo ou ir embora pra outro país, talvez Uruguai ou USA.
    RESPONDO: Que nada, ficar aqui e lutar.
    Vamos fazer oposição e cobrar as promessas. Picanha e cerveja etc. Veja que não estamos sozinhos. Quase metade dos eleitores não votaram nele
    Douglas: O dinheiro corrompe, será fácil comprar a maioria do congresso com o caixa cheio, são quase 200 bilhões pra gastar do jeito que quiser, então não haverá oposição, e aqueles que quiserem contrariar seus mandos serão causados e presos, pois as redes sociais serão monitoradas e qualquer desagrado serão perseguidos, os fatos falarão por si só.

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