domingo, 8 de janeiro de 2023

LULA, 2023 SERÁ UM ANO MUITO DIFÍCIL E COM MUITOS DESAFIOS


 Por THEODIANO BASTOS

Não será nada fácil os 100 primeiros dias do governo Lula III 

Lula subiu a rampa protegido pela Polícia Federal, pois não confia no Exército

O presidente Lula (PT) terá de lidar ao longo de 4 anos com a força de 14 governadores eleitos com apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Sob a tutela dos governadores bolsonaristas estão mais de 130 milhões de brasileiros. 

Demonstrando que está em plena forma, Lula, com sua conhecida desenvoltura, fez um bom pronunciamento na abertura da primeira reunião com seus 37 ministros. 

Depois de algumas declarações contraditórias de ministros e em meio às polêmicas envolvendo a titular da pasta do Turismo, Daniela Carneiro, o presidente Lula (PT) reuniu pela primeira vez a equipe ministerial nesta sexta-feira (06/01).

O encontro, no Palácio do Planalto, reuniu todos os 37 ministros e ainda os líderes do governo escolhidos para a Câmara (José Guimarães PT-CE), para o Senado (Jaques Wagner PT-BA) e para o Congresso (Randolfe Rodrigues Rede-AP).

Entre os recados de Lula, uma orientação para que a equipe ministerial atenda bem a deputados e senadores. O presidente disse também que o ministro que "fizer algo errado" será demitido. Lula não explicou exatamente o que considera ser "algo errado", mas disse que, nesse caso, o ministro terá de "responder na Justiça" e não ficar na Esplanada.

Segundo pessoas que participaram da reunião com o petista, governo quer e precisa apresentar resultados e impor, já na largada, uma agenda positiva

Em breve manifestação ao término da primeira reunião ministerial de seu terceiro governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse a ministros que a festa da eleição acabou e que é preciso apresentar resultados a população.

Segundo relatos feitos à CNN, ele também disse que quatro anos para quem é oposição são uma eternidade, mas passam rápido para quem é governo –e fez pedidos por entregas.

O presidente deu exemplos. Disse que se não houver hospitais para entregar, que sejam colocados remédios no Farmácia Popular. Se não houver rodovias para entregar, que sejam tampados buracos das atuais.

A percepção dos presentes com quem a CNN conversou é de que o governo quer e precisa apresentar resultados e impor, já na largada, uma agenda positiva, tendo em vista a polarização política e o resultado apertado nas urnas que o levou á vitória.

A relação com o Congresso também foi outro ponto central da reunião.

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, pediu que ministros recebam parlamentares toda semana, principalmente às terças e quartas, quando a maioria deles se encontra em Brasília.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse aos colegas que todo o orçamento já está aprovado pelo Congresso, o que foi lido por parte dos ministros como um sinal de que não há mais recursos para serem disponibilizados.

Ele também afirmou na reunião que trabalhará com afinco pela reforma tributária e que irá encaminhar o quanto antes uma nova âncora fiscal.

Por mais de uma vez, mencionou a necessidade de as ações de governo transmitirem segurança ao mercado.

Neste momento, segundo um ministro com quem a CNN conversou, Lula disse que o mercado cobra responsabilidade fiscal do governo, mas não fala em responsabilidade social, ao passo que ele defende a todo instante tanto a responsabilidade social quanto fiscal.

O ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, fez uma avaliação do momento, segundo ele, positivo de grande parte da imprensa com o novo governo.

Já o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, apresentou, como mostrou a CNN, um panorama das manifestações bolsonaristas em frente aos quartéis.

Disse haver hoje 5.000 pessoas acampadas em frente a quarteis em todo o país, bem menos do que os 43 mil também estimados pelo governo no dia 19 de dezembro.

Ele também defendeu a ideia de uma retirada “indolor” dos manifestantes, ou seja, sem qualquer ação liderada pelas forças de segurança.

Murilo de Aragão no artigo O DESTINO EM ABERFTO, publicado em VEJA:

“O futuro do Brasil em 2023 está em aberto. Existem sinais ruins e que foram abordados em coluna anterior. Mas também existem aspectos que podem fazer a balança pender para uma situação positiva.

Três aspectos vão decidir a qualidade do ano que se inicia. O primeiro deles é a capacidade de Lula administrar as contradições de um governo de amplo espectro ideológico. Desde já se verifica uma disputa interna pela predominância de agendas. O que faz o novo presidente jogar com as cartas altas e não dividindo muito as suas intenções. Lula sabe que o petismo raiz quer uma guinada à esquerda

O terceiro aspecto é que o novo governo terá uma oposição consistente. Fato praticamente inédito nas últimas décadas. Existem forças políticas organizadas, com agendas próprias e que não se coadunam com as pautas originais do PT. O bolsonarismo deve sobreviver como força política. Podendo crescer caso o novo governo não tenha sucesso inicial visível. Além do mais, existem bancadas de existem bancadas de interesses muito fortes e atuantes.

SAIBA MAIS EM: https://www.cnnbrasil.com.br/politica/lula-diz-a-ministros-que-festa-da-eleicao-acabou-e-cobra-resultados/ - https://www.gazetadopovo.com.br/republica/lula-reuniao-ministerial-governo/ - https://g1.globo.com/politica/ao-vivo/lula-reuniao-ministros.ghtml - https://veja.abril.com.br/coluna/murillo-de-aragao/o-destino-em-aberto/ -  https://www.cnnbrasil.com.br/politica/lula-diz-a-ministros-que-festa-da-eleicao-acabou-e-cobra-resultados/ -

 

Um comentário:


  1. Rubens Silva Pontes, aos 100 anos, comenta:
    Excelente análise de fatos e feitos.
    Meio cinicamente, olho em torno e não vejo nada novo na nossa melancólica história política.
    O que menos me consola é a nossa postura de permanente inconformismo: pouquíssimas vezes, desde Deodoro, o voto da maioria dos eleitores não é integralmente respeitado. Afinal, vale ou não vale o regime que insistimos chamar de Estado de Direito Constitucional?

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