Conflito entre Israel e palestinos: Quem é o bebê sobrevivente de ataque que matou 10 da mesma família
Omar Al-Hadidi, de apenas cinco meses, perdeu a mãe, quatro irmãos, uma tia e quatro primos quando a casa onde moravam no campo de refugiados Al-Shati, ao oeste de Gaza, foi atingida por um ataque aéreo de Israel.
Ele foi o único das 10 pessoas da família que estavam no local a sobreviver. O bebê foi resgatado dos escombros com ferimentos graves, mas está agora estável no hospital.
O pai dele, Mohammad Al-Hadidi, não estava em casa no momento do bombardeio que matou quase toda a sua família.
"Graças a Deus eu ainda tenho Omar. Não tinha mísseis lá, só mulheres e crianças. Nenhum míssil, só crianças celebrando Eid (um festival muçulmano)", disse Al-Hadidi à agência de notícias Reuters.
Localizada próximo ao Mar Mediterrâneo e situada entre Egito e Israel, possui uma área de apenas 360 km² (pouco maior que a cidade brasileira de Fortaleza) e uma população de 1 milhão e 657 mil habitantes. Israel controla a água, luz e gas. 145 palestinos e 10 israelenses já morreram
Cresce a escalada da violência
no conflito entre Israel e Hamas.
Tropas israelenses entram por terra na Faixa de Gaza https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/2021/05/14/israel-inicia-ataques-terrestres-contra-o-hamas-na-faixa-de-gaza
A Faixa de Gaza é um território palestino localizado em um estreito pedaço de terra na costa oeste de Israel, na fronteira com o Egito. Marcada pela pobreza e superpopulação, tem 1,7 milhões de habitantes e está lotada de favelas em uma área de menos de 40 km de extensão e outros poucos quilômetros de largura. Quem mora ali tem uma vida de restrições.
A região foi tomada por Israel na Guerra dos Seis
Dias, em 1967, e entregue aos palestinos em 2005 para fazer parte do Estado da
Palestina. Porém, boa parte das fronteiras, territórios aéreos e marítimos
de Gaza ainda são controlados pelos israelenses.
Após o grupo islâmico Hamas assumir o controle da
região em 2007, as restrições impostas por Israel à
população de Gaza ficaram ainda mais duras.
Os bloqueios criam dificuldades de abastecimento de
produtos básicos, como remédios e comida, para a população.
Os palestinos que vivem ali estão sujeitos a uma
rotina em que movimentos são restritos, há cortes de energia frequentes e a
economia local está em frangalhos. Também há restrições para atividades como
agricultura e pesca.
Em meados de 2013, a limitação de movimento foi
reduzida ainda mais quando o Egito impôs novas restrições na fronteira de Rafah
– que nos últimos anos havia se tornado o principal ponto de entrada e saída de
palestinos de Gaza. Só no primeiro semestre de 2013, haviam passado pela
fronteira com o Egito 40 mil pessoas.
A taxa de desemprego em Gaza ultrapassa os 40% –
entre os jovens é de 50% –, e 21% de seus habitantes vivem em situação de
profunda pobreza.
Segundo a ONU, há uma alta proporção de jovens em
Gaza. Se a economia local ganhar fôlego, haverá abundância de pessoas em idade
de trabalho. Caso contrário, pode haver tensão social, com tendência à
violência e ao extremismo, alerta a organização.
Túneis
Uma das alternativas aos bloqueios foram os túneis de contrabando, que se
proliferaram pelo território de Gaza e eram usados para a chegada de alimentos,
dinheiro, armas, combustível e materiais de construção.
O fluxo foi interrompido após operação contra os
túneis iniciada em 2013. A consequência foi a escassez desses materiais e a
alta nos preços dos alimentos em Gaza. Também causou desemprego nas áreas da
construção civil e transportes, que dependem diretamente dos materiais que
chegavam pelos túneis de contrabando.
Israel usa os túneis como um dos argumentos para os
ataques à Faixa de Gaza. A ação militar terrestre começou em 18 de julho com o objetivo de destruir essas passagens subterrâneas –
chamadas por Israel de "túneis do terror".
O Estado judeu afirma que os túneis de contrabando
também são usados pelo Hamas para preparar plataformas de lançamento de
foguetes e para se infiltrar em território israelense.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu,
disse no dia 31 de julho que, com ou sem cessar-fogo na região, seu
exército irá cumprir a "missão" de destruir os túneis da
Faixa de Gaza. "Não irei concordar com qualquer proposta que não permita
que o Exército de Israel complete esta importante tarefa para a segurança do
país".
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2014/07/g1-explica-o-que-e-faixa-de-gaza.html
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