Por THEODIANO BASTOS
Que ninguém se iluda, a CPI DA COVID SERÁ LONGA E SANGRENTA.
O governo tentará tumultuar os trabalhos e a cúpula da CPI planeja fazer
o governo sangrar até perto das eleições em 2022 com depoimentos longos para
exaurir Pazuello, já no primeiro depoimento
Cúpula da CPI
da Pandemia articula um depoimento longo do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello,
(dia 04/05/21), com o objetivo de exaurir o general do Exército que comandou a
pasta por quase um ano.
A avaliação do
chamado G7, grupo de senadores independentes e de oposição que forma a maioria
da Comissão Parlamentar de Inquérito, é a de que Pazuello pode não aguentar e
sucumbir à pressão, entregando informações que são consideradas fundamentais
para a CPI. Neste cenário, para desmontar a estratégia do governo, que montou
uma força-tarefa de treinamento para o general, a ideia é fazer com que a
oitiva do ex-ministro entre pela noite de quarta. O depoimento está agendado
para começar às 10h.
Integrantes da
CPI disseram à CNN que, durante o depoimento de Pazuello,
alguns temas serão explorados com mais afinco. Entre eles, o fato de o general
não ter criado qualquer obstáculo para o incentivo do uso da hidroxicloroquina como
medicamento para o tratamento da Covid, mesmo sem eficácia comprovada.
Os senadores
planejam uma série de questionamentos sobre a produção e distribuição no país
de remédios ineficazes para combater o novo coronavírus, o projeto do
aplicativo para auxiliar médicos a prescreverem o chamado kit Covid, o
TrateCov, e as falhas da comunicação da pasta durante a crise.
A crise
sanitária no Amazonas, que desencadeou o movimento pela instalação da CPI da
Pandemia, tende a ocupar espaço importante do depoimento de Pazuello. Os
senadores vão explorar as ações e omissões do governo federal para frear o
agravamento da pandemia naquele estado.
A falta de
oxigênio para os pacientes internados, as possíveis irregularidades em
contratos, fraudes em licitações, superfaturamentos, desvio de recursos
públicos, assinatura de contratos com empresas de fachada para prestação de
serviços genéricos ou fictícios estão entre os pontos a serem tratados, como
está registrado na finalidade da comissão. FONTES: https://www.cnnbrasil.com.br/politica/2021/05/02/cupula-da-cpi-da-pandemia-planeja-depoimento-longo-para-exaurir-pazuello
Investigação
sobre estados pode ser tiro no pé de Bolsonaro
Jair
Bolsonaro deve aos evangélicos o que lhe resta de militância com capacidade de engajamento, como mostram
as manifestações de ontem. Ao defender com unhas e dentes a ampliação do escopo
da CPI da Covid para estados e municípios, entretanto, o presidente
corre o risco de implodir essa base de apoio.
Uma das
investigações requeridas pela CPI à Polícia Federal trata da suspeita de fraude
na compra de respiradores pelo governo de Santa Catarina. Em
janeiro, a PGR pediu arquivamento da investigação sobre o governador
afastado Carlos Moisés, mas manteve o inquérito em relação aos demais.
Dentre os
investigados está o empresário Samuel Rodovalho, filho do bispo Robson
Rodovalho, fundador da igreja evangélica Sara Nossa Terra. Aliado de
Bolsonaro, Rodovalho preside a Confederação dos Conselhos de Pastores do Brasil
(Concepab).
Como representante
da chinesa Cima Industries Inc. Medical Divison (fornecedora de
respiradores), Samuel é acusado de envolvimento com um grupo de
empresários na intermediação do fornecimento de 200 respiradores — que nunca
foram entregues.
O
contrato, de R$ 33 milhões, renderia comissão de pelo menos R$ 3 milhões,
segundo as investigações. O caso levou ao
afastamento do governador, à queda do alto escalão da administração de Carlos
Moisés e à abertura de uma CPI.
O filho do bispo
tem negado qualquer irregularidade em sua atuação, mas foi arrolado no relatório
final da CPI dos respiradores, entre os 14 envolvidos no negócio.
O documento disse
que Samuel Rodovalho uniu-se ao advogado César Augustus Martinez
Thomaz Braga, ligado à Veigamed (distribuidora/intermediária) para
obter “vantagens financeiras ilícitas à custa dos cofres públicos, em
momento de afrouxamento dos controles administrativos”.
Segundo a CPI,
integraram o grupo Fábio Guasti, representante da Veigamed, o advogado
Leandro Adriano de Barros; além de Pedro Nascimento de Araujo e Rosemary Neves
de Araújo, diretores da Veigamed.
A Veigamed foi a
empresa que negociou a venda com o governo de Santa Catarina, enquanto a Cima
Industries deveria fornecer os aparelhos. A fornecedora alegou, porém, que
desfez o negócio diante do não cumprimento de cronograma contratual por parte
do governo. https://www.oantagonista.com/brasil/investigacao-sobre-estados-pode-ser-tiro-no-pe-de-bolsonaro/
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