segunda-feira, 3 de maio de 2021

CPI DA COVID SERÁ SANGRENTA

 Por THEODIANO BASTOS   

Que ninguém se iluda, a CPI DA COVID SERÁ LONGA E SANGRENTA.

O governo tentará tumultuar os trabalhos e a cúpula da CPI planeja fazer o governo sangrar até perto das eleições em 2022 com depoimentos longos para exaurir Pazuello, já no primeiro depoimento

Cúpula da CPI da Pandemia articula um depoimento longo do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, (dia 04/05/21), com o objetivo de exaurir o general do Exército que comandou a pasta por quase um ano. 

A avaliação do chamado G7, grupo de senadores independentes e de oposição que forma a maioria da Comissão Parlamentar de Inquérito, é a de que Pazuello pode não aguentar e sucumbir à pressão, entregando informações que são consideradas fundamentais para a CPI. Neste cenário, para desmontar a estratégia do governo, que montou uma força-tarefa de treinamento para o general, a ideia é fazer com que a oitiva do ex-ministro entre pela noite de quarta. O depoimento está agendado para começar às 10h. 

 

Integrantes da CPI disseram à CNN que, durante o depoimento de Pazuello, alguns temas serão explorados com mais afinco. Entre eles, o fato de o general não ter criado qualquer obstáculo para o incentivo do uso da hidroxicloroquina como medicamento para o tratamento da Covid, mesmo sem eficácia comprovada. 

Os senadores planejam uma série de questionamentos sobre a produção e distribuição no país de remédios ineficazes para combater o novo coronavírus, o projeto do aplicativo para auxiliar médicos a prescreverem o chamado kit Covid, o TrateCov, e as falhas da comunicação da pasta durante a crise. 

A crise sanitária no Amazonas, que desencadeou o movimento pela instalação da CPI da Pandemia, tende a ocupar espaço importante do depoimento de Pazuello. Os senadores vão explorar as ações e omissões do governo federal para frear o agravamento da pandemia naquele estado. 

A falta de oxigênio para os pacientes internados, as possíveis irregularidades em contratos, fraudes em licitações, superfaturamentos, desvio de recursos públicos, assinatura de contratos com empresas de fachada para prestação de serviços genéricos ou fictícios estão entre os pontos a serem tratados, como está registrado na finalidade da comissão. FONTES: https://www.cnnbrasil.com.br/politica/2021/05/02/cupula-da-cpi-da-pandemia-planeja-depoimento-longo-para-exaurir-pazuello

Investigação sobre estados pode ser tiro no pé de Bolsonaro

Jair Bolsonaro deve aos evangélicos o que lhe resta de militância com capacidade de engajamento, como mostram as manifestações de ontem. Ao defender com unhas e dentes a ampliação do escopo da CPI da Covid para estados e municípios, entretanto, o presidente corre o risco de implodir essa base de apoio.

Uma das investigações requeridas pela CPI à Polícia Federal trata da suspeita de fraude na compra de respiradores pelo governo de Santa Catarina. Em janeiro, a PGR pediu arquivamento da investigação sobre o governador afastado Carlos Moisés, mas manteve o inquérito em relação aos demais.

Dentre os investigados está o empresário Samuel Rodovalho, filho do bispo Robson Rodovalho, fundador da igreja evangélica Sara Nossa Terra. Aliado de Bolsonaro, Rodovalho preside a Confederação dos Conselhos de Pastores do Brasil (Concepab).

Como representante da chinesa Cima Industries Inc. Medical Divison (fornecedora de respiradores), Samuel é acusado de envolvimento com um grupo de empresários na intermediação do fornecimento de 200 respiradores — que nunca foram entregues.

O contrato, de R$ 33 milhões, renderia comissão de pelo menos R$ 3 milhões, segundo as investigações. O caso levou ao afastamento do governador, à queda do alto escalão da administração de Carlos Moisés e à abertura de uma CPI.

O filho do bispo tem negado qualquer irregularidade em sua atuação, mas foi arrolado no relatório final da CPI dos respiradores, entre os 14 envolvidos no negócio.

O documento disse que Samuel Rodovalho uniu-se ao advogado César Augustus Martinez Thomaz Braga, ligado à Veigamed (distribuidora/intermediária) para obter “vantagens financeiras ilícitas à custa dos cofres públicos, em momento de afrouxamento dos controles administrativos”.

Segundo a CPI, integraram o grupo Fábio Guasti, representante da Veigamed, o advogado Leandro Adriano de Barros; além de Pedro Nascimento de Araujo e Rosemary Neves de Araújo, diretores da Veigamed.

A Veigamed foi a empresa que negociou a venda com o governo de Santa Catarina, enquanto a Cima Industries deveria fornecer os aparelhos. A fornecedora alegou, porém, que desfez o negócio diante do não cumprimento de cronograma contratual por parte do governo. https://www.oantagonista.com/brasil/investigacao-sobre-estados-pode-ser-tiro-no-pe-de-bolsonaro/

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