Villas Bôas fala
em risco de 'convulsão social', um dia antes do julgamento da 2ª instância no
STF
O general Luiz Eduardo Ramos disse à Época que n
“Não há risco de convulsão social”
Não há risco de uma
“convulsão social” caso o STF derrube a prisão em segunda instância:. “Não há
risco. O país já teve um amadurecimento grande, não há esse risco”. O general pertence à ala do bolsonarismo que defende o acordão com o STF e o
Congresso Nacional.
BRASÍLIA – Na véspera de o Supremo
Tribunal Federal (STF) iniciar um julgamento que pode mudar as regras sobre a
prisão em segunda instância, o ex-comandante do Exército Eduardo Villas
Bôas escreveu no Twitter que o país fez esforços recentes para
“combater a corrupção e a impunidade” e que é necessário seguir neste caminho,
sob risco de “eventual convulsão social”. https://oglobo.globo.com/
17/10/19
No início da tarde desta quarta-feira,
o presidente Jair Bolsonaro visitou o general, que deixou o hospital
no sábado após passar quase uma semana internado. Villas Bôas
hoje é assessor do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), comandado pelo
ministro Augusto Heleno.
“Contudo,
experimentamos um novo período em que as instituições vêm fazendo grande
esforço para combater a corrupção e a impunidade, o que nos trouxe – gente
brasileira – de volta a autoestima e a confiança. É preciso manter a energia
que nos move em direção à paz social, sob pena de que o povo brasileiro venha a
cair outra vez no desalento e na eventual convulsão social”, escreveu o
ex-comandante do Exército.
No início da mensagem, o general
publicou um trecho escrito por Rui Barbosa: “De tanto ver triunfar a nulidades,
de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto
ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se
da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto”.
Vídeo: “Pensaram que a minha voz ia ser silenciada”, diz Villas Bôas
O general Eduardo Villas Bôas,
ex-comandante do Exército, aparece em um vídeo que circula pelas redes sociais
desde ontem, cercado por amigos e familiares.
Ele ficou dez dias internado, primeiro
no Hospital das Forças Armadas e depois no Sírio-Libanês, em Brasília, do qual
teve alta no fim de semana.
No ano passado, na véspera do
julgamento no STF de um habeas corpus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva, o general também se posicionou nas redes sociais. Naquela ocasião,
afirmou que o Exército repudiava a impunidade e que se mantinha atento “às suas
missões institucionais”. A manifestação gerou uma reprimenda do decano da
Corte, ministro Celso de Mello. Em entrevista posterior ao jornal “Folha de S.
Paulo”, Villas Bôas reconheceu que agiu “no limite” ao publicar a mensagem.
O
presidente do STF, ministro Dias Toffoli, pautou para a sessão de quinta-feira
o julgamento de três Ações Declaratórias de Constitucionalidade (ADCs) que
tratam da prisão após a condenação em segunda instância. O entendimento atual
da Corte, em vigor desde 2016 e que também valeu para o período anterior a
2019, permite que o condenado comece a cumprir a pena depois de condenado em
segundo grau. Há ministros que defendem que a pena só possa ser cumprida depois
do trânsito em julgado do processo, com o esgotamento de recursos no STF. Uma
outra possibilidade é a adoção de uma via intermediária, com a prisão depois da
manifestação do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O julgamento só deverá
terminar na semana que vem.
Na
véspera do julgamento da 2ª instância no STF, Bolsonaro recebe Gilmar, Toffoli
e Moraes
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