domingo, 27 de outubro de 2019

DERRAME DE ÓLEO FOI ATO CRIMINOSO E DE PROFISSIONAIS

por Heitor Carvalho




O derrame de petróleo que atinge as costas brasileiras, outubro de 2019, não foi acidente. Foi obra profissional.

Em casos de acidente os tripulantes lançam pedido de ajuda às autoridades. Indicam a posição. Descrevem um resumo dos acontecimentos, extensão aparente dos danos. Antecipam prováveis consequências para que sejam tomadas providências emergenciais e de longo prazo. Mesmo quem está com atividades ilegais, como contrabando, apenas abandonam o barco e tentam fugir.

As poucas informações divulgadas confirmam a sabotagem. O local em que foi derramado, seiscentos quilômetros da costa, onde se bifurca a corrente marinha foi escolhido para causar maior impacto. O uso do petróleo venezuelano, tipo pesado, que viajaria submerso a cinco metros dificultando identificação por satélite foi planejado. Empregou -se um navio de porte para transportar tantas toneladas. Evidentemente, um petroleiro foi carregado em porto determinado, seguiu rota prevista e autorizada. Não é possível ocultá – lo , por exemplo, ao Google Maps. Os recursos financeiros e operacionais foram vultosos.

Porque o Governo Brasileiro “não passou recibo” indicando quem fez a sabotagem e qual o propósito dela? Obviamente, por razões táticas e estratégicas políticas. Um efeito óbvio foi criar um a necessidade de empregar forças militares em manobra diversionista. Anteriormente foram usadas as queimadas no Amazonas com o mesmo efeito. Foram denunciados os desmatamentos e queimadas em solo brasileiro mas não o das Guianas e nem de outros países que também possuem partes da floresta nos respectivos territórios.

Aguardar os próximos movimentos no xadrez da geopolitica e/ou agentes internos ao país.

Heitor Carvalho, é professor doutor do IFES DE BH


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