quarta-feira, 30 de outubro de 2019

CASO MARIELLE, REVIRAVOLTA

Aras manda investigar depoimento de porteiro no caso Marielle

Augusto Aras rejeitou investigar o suposto envolvimento de Jair Bolsonaro no caso Marielle.
Em depoimento à Polícia Civil do Rio, o porteiro do condomínio onde mora o presidente disse que um dos suspeitos de matar a vereadora pediu para ir à casa dele, no dia do crime.                 O procurador-geral entendeu que não há fundamento nas menções ao presidente, entregues a ele pelo MP estadual do Rio de Janeiro.                                                                         Aras pediu ao Ministério Público Federal no Rio que investigue possíveis irregularidades no depoimento do porteiro do condomínio à Polícia Civil.                                                       Ontem, o Jornal Nacional revelou que Élcio Queiroz, que dirigia o carro de onde teriam partido tiros contra Marielle, foi ao condomínio para encontrar-se com Ronnie Lessa, o atirador. Em dois depoimentos, o porteiro afirmou que Élcio disse que iria à casa de Bolsonaro. O porteiro, então, teria ligado para a casa do então deputado e falado com “seu Jair”. Bolsonaro estava em Brasília, na Câmara. Hoje, Carlos Bolsonaro mostrou registros do condomínio mostrando que não houve ligação da portaria para a casa do presidente.               Ao pedir a Aras uma investigação sobre o depoimento, Sergio Moro apontou “eventual tentativa de envolvimento indevido do nome do presidente da República”.

 “Aparentemente, foi uma mera citação”, admite líder petista

O líder do PT no Senado, Humberto Costa, admitiu a O Antagonista acreditar que, por enquanto, só há “uma mera citação” a Jair Bolsonaro no caso Marielle Franco.
“A nossa preocupação é grande. Não estamos fazendo pré-julgamento ou juízo de valor. Aparentemente, foi uma mera citação ao nome do presidente, mas que precisa ser investigada.” 
 Assim como o líder da oposição, Randolfe Rodrigues (Rede), o petista defende que o porteiro do condomínio onde morava Bolsonaro à época do assassinato da vereadora tenha sua proteção garantida pelo Estado. “Ele precisa ser protegido, para que possa confirmar ou não o teor do seu depoimento.”                                       Costa, claro, não concorda com a federalização das investigações: “Não confiamos no comando de Sergio Moro”.
MP diz que porteiro mentiu ao citar Bolsonaro no caso Marielle
A promotora Simone Sibilio afirmou hoje que o porteiro do condomínio de Jair Bolsonaro mentiu, ao dizer, em depoimento, que um dos suspeitos de matar Marielle Franco pediu para ir à casa do presidente, no Rio, no dia do crime.
Em entrevista à imprensa no Ministério Público do Rio de Janeiro, que investiga o assassinato, Sibilio disse que teve acesso à planilha da portaria e às gravações do interfone.
Verificou que Élcio Queiroz, acusado de participar do homicídio, pediu para ir à casa 65, de Ronnie Lessa, e não a 58, de Jair Bolsonaro.
“Todas as pessoas que prestam falso testemunho podem ser processadas”, disse a promotora, ressalvando que o porteiro pode ter se equivocado.


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