quinta-feira, 24 de outubro de 2019

BARROSO ARRASA FALÁCIAS CONTRA SEGUNDA INSTÂNCIA


“Criminosos terão direito à ampla impunidade”, diz líder do Novo


O líder do Novo na Câmara, deputado Marcel van Hattem, comentou com O Antagonista o voto de Rosa Wever contra a prisão de condenados em segunda instância.
“Muito triste. Chega a ser inacreditável. O Brasil está na contramão mundial. Em vez de direito à ampla defesa, criminosos terão direito à ampla impunidade.”

“Presunção de inocência não tem vinculação com a ideia de prisão”

Em seu voto, Luiz Fux disse que a presunção de inocência não impede que uma pessoa seja presa após a condenação em segunda instância. Segundo ele, a presunção de inocência “vai sendo mitigada” ao longo do processo.   “Um homem é investigado, depois denunciado, condenado. A segunda instância confirma. Os tribunais superiores não reexaminam fatos e provas. Esse homem vai ingressar no Supremo inocente, pela presunção de inocência?” 
Disse que a presunção de inocência significa que até o trânsito em julgado, o réu tem condição de provar sua inocência. “A presunção de inocência não tem nenhuma vinculação com a ideia de prisão”.
Olímpio: “Hoje é festa na quebrada, festa no mundo do crime”
O líder do PSL no Senado, Major Olímpio, comentou o voto de Rosa Weber contra a prisão de condenados em segunda instância.
“Tudo caminha realmente para que o Brasil seja o país da impunidade. O sonho dourado de qualquer gangster perigoso pelo mundo é viver no Brasil.”

Holiday: voto de Rosa é “soco no estômago dos brasileiros”

Utilizando-se de números e estatísticas, o ministro Luís Roberto Barroso demoliu os argumentos repetidos inclusive por ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), contra prisão após condenação em segunda instância. Mostrou que mentem os que afirmam haver aumentado a população carcerária após segunda instância: ao contrário, até diminuiu. E apenas 0,035% dos réus condenados acabaram absolvidos, após condenação em segunda instância.

Dos mais de 25 mil recursos extraordinários apresentados em sete anos, apenas nove casos renderam absolvições dos réus.
Para o ministro Barroso, não há razoabilidade em “subordinar todo o sistema jurídico a esses números irrisórios”.
Para Barroso, não há mais dúvida sobre “autoria e materialidade” após o segundo grau e o cumprimento da pena é questão de “ordem pública”.
Entre 2009 e 2019, 97,23% dos recursos criminais foram desprovidos, segundo dados fornecidos pela Presidência do STF. https://diariodopoder.com.br/ 23/10/19



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