Por THEODIANO BASTOS
Sob o nome "Lucas 12:2", uma operação da Polícia Federal cumpre hoje
mandados de busca e apreensão nos endereços do general Mauro Cesar Lourena Cid,
pai do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro Mauro
Cesar Barbosa Cid, e do advogado Frederick Wassef, que já defendeu o
ex-presidente. A origem do nome da ação é bíblica.
Segundo a própria PF, a alusão é ao versículo 12:2 da
Bíblia, que versa sobre não haver nada escondido que não será descoberto.
12:2 - Mas nada há encoberto que não haja de ser descoberto;
nem oculto, que não haja de ser sabido.
João 8:32 (Conhecereis a verdade e a
verdade vos libertará)
O que aconteceu
O objetivo da Operação da PF é investigar desvios de joias e outros bens
de valor obtidos pelo ex-ajudante de ordens em viagens oficiais no governo
Bolsonaro e sua posterior venda ilegal no exterior.
Barbosa Cid (o filho), preso desde maio, e o tenente do Exército Osmar
Crivellati também são alvos de buscas.
Os investigados são suspeitos de usarem a estrutura do governo
brasileiro "para desviar bens de alto valor patrimonial, entregues por
autoridades estrangeiras em missões oficiais a representantes do Estado
brasileiro, por meio da venda desses itens no exterior", informou a PF.
Os valores obtidos dessas vendas foram convertidos em dinheiro em
espécie e ingressaram no patrimônio pessoal dos investigados, afirmou a
polícia.
Os fatos investigados
configuram os crimes de peculato e lavagem de dinheiro, conforme a PF.
Nos anos 1970, o hoje general da reserva Lourena Cid foi colega de
Bolsonaro na Aman (Academia Militar das Agulhas Negras).
Ele dirigiu o Departamento de Educação e Cultura do Exército e foi chefe
da Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) em
Miami durante o governo do ex-presidente.
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