Por THEODIANO BASTOS
Eleito presidente da Ucrânia em 2019 com 73% dos votos, vem se revelando na guerra contra a Rússia um extraordinário estadista.
ZELENSKY vem sendo aplaudido de pé em todos os parlamentos do mundo onde
se apresentou. E para surpresa de todos, vem contendo o avança do poderoso
exército da Rússia.
Volodymyr Olexandrovytch Zelensky, 44 anos, judeu, presidente da Ucrânia,
é um político, ator, roteirista, comediante e produtor/diretor cinematográfico
ucraniano. É o atual presidente da Ucrânia, cargo para o qual foi empossado em
20 de maio de 2019.
A Ucrânia teve suas cidades destruídas e sua infraestrutura seriamente
danificada.
Saiba quem é Volodymyr Zelensky e como ele foi de comediante
televisivo a presidente da Ucrânia
Comediante famoso, o líder ucraniano
ganhou notoriedade interpretando um homem comum alçado à presidência
Quando o comediante formado em Direito Volodymyr Zelensky
estrelou um dos programas de maior sucesso da televisão ucraniana em 2015,
ninguém apostava que ele seria empossado presidente do país quatro anos
depois.
A série "O
Servo do Povo", protagonizada por Zelensky, contava a história de um
professor do ensino médio alçado repentinamente a governante máximo do
país, após viralizar na internet fazendo um discurso anticorrupção em sala de
aula.
A vida imitou a
arte, e Zelensky anunciou sua candidatura à presidência no réveillon de 2019,
pelo partido "Servos do Povo". Mostrou-se como uma alternativa
de renovação, adotou discurso eleitoral contrário à "velha
política" e apostou na campanha via WhatsApp.
Acompanhe a cobertura: Conflito na
Ucrânia ::
Ao apresentar um
plano de governo considerado vago, levou para a vida real as críticas feitas,
na televisão, aos "oligarcas" da política ucraniana. Defendeu
a entrada da Ucrânia na União Europeia e na Organização do Tratado do
Atlântico Norte (OTAN), questão central do atual conflito com a Rússia.
Onda
conservadora
Com as urnas
apuradas, Zelensky deixou para trás o experiente Petro Poroshenko, que
concorria à reeleição, e liderou a votação com 73% dos votos. Ele
aproveitou a popularidade em alta, prometeu reformas no sistema
político, dissolveu o parlamento e antecipou a convocação de eleições
legislativas.
Seu partido,
inspirado no nome da série que o catapultou à presidência, obteve vitória
histórica no parlamento, garantindo governabilidade. Pela oposição, foi
acusado de representar os interesses do bilionário Ihor Kolomoyskyi, dono,
entre outras empresas, do canal de televisão que exibia o programa estrelado
por Zelensky.
Leia mais: Presidente da Ucrânia diz que "pânico" por
suposta guerra com a Rússia prejudica a economia
Kolomoyskyi é um
controverso e rico empresário, proprietário do maior banco ucraniano e ferrenho
opositor a Putin. Ele formou uma milícia armada sob seu comando, que combate
rebeldes russos em território ucraniano.
Zelensky surfou na
onda da reviravolta política que marcou o país em 2013. Apoiados pelos EUA
e a União Europeia, protestos violentos, de viés anticomunista, demandavam a
ocidentalização da Ucrânia e aumentaram a tensão com a Rússia. O resultado foi
a queda do então presidente Viktor Yanukovych, e o fortalecimento da
extrema-direita no país.
Apoio
em meio ao conflito
A maioria
dos ucranianos é favorável a Zelenskiy, segundo pesquisa realizada pelo grupo Rating Sociological no
último fim de semana. Dos dois mil entrevistados, 91% dos apoiaram
Zelensky, 6% disseram que não o apoiavam e 3% estavam indecisos.
O apoio
cresceu três vezes em relação a dezembro do ano passado. Moradores da Crimeia e
de áreas controladas pelos rebeldes no leste da Ucrânia foram excluídos da
pesquisa, segundo a rede de televisão britânica BBC.
Quando perguntados
sobre as chances de a Ucrânia conseguir repelir o ataque russo, 70% disseram
acreditar que era possível.
Crescimento
do neonazismo
Embora tenha origem judaica, Zelensky é acusado de conivência com o grupo neonazista chamado Batalhão de Azov. Criada em 2014 para conter separatistas russos nas regiões de Donetsk e Lugansk, a milícia de extrema direita foi incorporada ao exército ucraniano em 2015, situação que perdura até hoje. A existência do Batalhão de Azov justifica, nas palavras de Vladimir Putin, a "desnazificação" da Ucrânia, uma de suas metas no avanço militar sobre a Ucrânia. https://www.brasildefato.com.br/2022/02/28/saiba-quem-e-volodymyr-zelensky-e-como-ele-foi-de-comediante-televisivo-a-presidente-da-ucrania
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