Por THEODIANO BASTOS
Foi uma decisão infeliz e temerária deixar a magistratura para ser ministro da Justiça no governo Bolsonaro.
Com futuro político incerto, bombardeado por Lula e
Bolsonaro e poderosos condenados por ele, agora é surpreendido com a divulgação
da decisão do Comitê de Direitos Humanos da ONU, com seis anos de atraso. Responde
a vários processos e sua vida vai virar um inferno austral.
Acusado de ter sido parcial no
julgamento de Lula, reagiu: “O ex-presidente Lula foi
condenado por corrupção em três instâncias do Judiciário e pelas mãos de nove
magistrados. Sua prisão foi autorizada pelo STF em março de 2018”,
disse o ex-juiz da Lava Jato, que acrescentou não ter tido acesso ao conteúdo
do documento.
Diz JOSIAS
DE SOUZA: “Há um quê de autocombustão na carbonização de Moro. A biografia do
ex-juiz, agora um neopolítico em apuros, queima numa fogueira que ele próprio
ajudou a acender ao se transferir da 13ª Vara de Curitiba para a equipe
ministerial de Bolsonaro.
Com seis
anos de atraso, o Comitê de Direitos Humanos da ONU concluiu que Sergio Moro
não foi um juiz imparcial ao julgar Lula no âmbito da Lava Jato. Com isso, o
órgão das Nações Unidas jogou terra sobre um buraco em que o Supremo Tribunal
Federal já havia enfiado Moro. A decisão tem valor simbólico e político. Em
ambiente eleitoral, Lula e seus apoiadores esgrimem o documento como um troféu.
O presidenciável do PT declarou que a conclusão do comitê da ONU o deixou com a
"alma lavada". A lavagem da alma de Lula é sui generis, pois as
condenações de Curitiba, referendadas em instâncias superiores, não foram
substituídas por sentenças absolutórias.... -
Ao brindar
Lula com a anulação dos veredictos que traziam digitais de Moro, o Supremo
determinou que os processos fossem transferidos para Brasília, onde passariam
pelo filtro de novos julgamentos. Sobreveio a prescrição dos crimes atribuídos
ao pajé do PT: corrupção e lavagem de dinheiro. Junto com o esgotamento dos
prazos legais para a persecução penal, surgiu a impunidade. Há um quê de
autocombustão na carbonização de Moro. A biografia do ex-juiz, agora um
neopolítico em apuros, queima numa fogueira que ele próprio ajudou a acender ao
se transferir da 13ª Vara de Curitiba para a equipe ministerial de Bolsonaro. Leia
mais: https://noticias.uol.com.br/colunas/josias-de-souza/2022/04/28/onu-joga-terra-sobre-buraco-que-stf-cavou.htm?cmpid=copiaecola
Rubens Pontes, 99 anos, comenta:
ResponderExcluirTemos que conviver com um Mundo de cabeça para baixo, com absoluta inversão de valores.
Rubens Pontes, aos 99 anos:
ResponderExcluir"O castigo anda à cavalo," dizia meu avô há quase 100 anos. No nosso tempo, anda muito mais rápido, como pela internet, mostra a mensagem de Theodiano Bastos