sexta-feira, 29 de abril de 2022

MORO EM APUROS


 Por THEODIANO BASTOS

Foi uma decisão infeliz e temerária deixar a magistratura para ser ministro da Justiça no governo Bolsonaro.                                                                           

Com futuro político incerto, bombardeado por Lula e Bolsonaro e poderosos condenados por ele, agora é surpreendido com a divulgação da decisão do Comitê de Direitos Humanos da ONU, com seis anos de atraso. Responde a vários processos e sua vida vai virar um inferno austral.

Acusado de ter sido parcial no julgamento de Lula, reagiu: “O ex-presidente Lula foi condenado por corrupção em três instâncias do Judiciário e pelas mãos de nove magistrados. Sua prisão foi autorizada pelo STF em março de 2018”, disse o ex-juiz da Lava Jato, que acrescentou não ter tido acesso ao conteúdo do documento.

Diz JOSIAS DE SOUZA: “Há um quê de autocombustão na carbonização de Moro. A biografia do ex-juiz, agora um neopolítico em apuros, queima numa fogueira que ele próprio ajudou a acender ao se transferir da 13ª Vara de Curitiba para a equipe ministerial de Bolsonaro.

Com seis anos de atraso, o Comitê de Direitos Humanos da ONU concluiu que Sergio Moro não foi um juiz imparcial ao julgar Lula no âmbito da Lava Jato. Com isso, o órgão das Nações Unidas jogou terra sobre um buraco em que o Supremo Tribunal Federal já havia enfiado Moro. A decisão tem valor simbólico e político. Em ambiente eleitoral, Lula e seus apoiadores esgrimem o documento como um troféu. O presidenciável do PT declarou que a conclusão do comitê da ONU o deixou com a "alma lavada". A lavagem da alma de Lula é sui generis, pois as condenações de Curitiba, referendadas em instâncias superiores, não foram substituídas por sentenças absolutórias.... -

Ao brindar Lula com a anulação dos veredictos que traziam digitais de Moro, o Supremo determinou que os processos fossem transferidos para Brasília, onde passariam pelo filtro de novos julgamentos. Sobreveio a prescrição dos crimes atribuídos ao pajé do PT: corrupção e lavagem de dinheiro. Junto com o esgotamento dos prazos legais para a persecução penal, surgiu a impunidade. Há um quê de autocombustão na carbonização de Moro. A biografia do ex-juiz, agora um neopolítico em apuros, queima numa fogueira que ele próprio ajudou a acender ao se transferir da 13ª Vara de Curitiba para a equipe ministerial de Bolsonaro.                                                                                      Leia mais: https://noticias.uol.com.br/colunas/josias-de-souza/2022/04/28/onu-joga-terra-sobre-buraco-que-stf-cavou.htm?cmpid=copiaecola


2 comentários:

  1. Rubens Pontes, 99 anos, comenta:
    Temos que conviver com um Mundo de cabeça para baixo, com absoluta inversão de valores.

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  2. Rubens Pontes, aos 99 anos:
    "O castigo anda à cavalo," dizia meu avô há quase 100 anos. No nosso tempo, anda muito mais rápido, como pela internet, mostra a mensagem de Theodiano Bastos

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