sábado, 18 de fevereiro de 2017

ESPÍRITO SANTO: SECRETÁRIO DA SEGURANÇA É AMEAÇADO DE MORTE




Polícia investiga ameaças a secretário de segurança e seus familiares Polícia investiga ameaças a secretário de segurança do ES

Governo do estado determinou investigação sobre ameaças a André Garcia.
Além da Polícia Civil, foi solicitado o apoio da Polícia Federal.

Secretário de Segurança Pública, André Garcia (Foto: Reprodução/TV Gazeta)A Delegacia de Crimes Eletrônicos vai investigar as ameaças à integridade física sofridas pelo secretário de Segurança Pública e Defesa Social do Espírito Santo, André Garcia, e seus familiares. A determinação é do governador do estado, Paulo Hartung (PMDB), divulgada neste domingo (19).
 Hartung comunicou o ocorrido para a Presidência da República, por meio do ministro da Justiça, José Levi Mello do Amaral Júnior. O governador também solicitou o apoio da Polícia Federal nas investigações.
O Ministério Público Federal, o Ministério Público Estadual, o Tribunal de Justiça, sociedade civil organizada e a Ordem dos Advogados do Brasil Seção Espírito Santo foram informados da gravidade das ameaças e das tentativas de intimidação.
Em nota, o governo do estado disse que "reitera sua confiança e apoio ao trabalho exercido pelo secretário André Garcia e repudia o fato de que atitudes criminosas, realizadas por um pequeno grupo que ainda aposta na desordem, sejam utilizadas como estratégia de pressão para atender a interesses corporativistas".
Protestos PMs
O protesto de parentes de PMs continua pelo 17º dia nesta segunda-feira (20). Mesmo com os manifestantes fechando as portas dos batalhões, 2.462 policiais atenderam o chamado operacional do domingo (19) em todo o estado.

O policiamento ostensivo contou com 147 viaturas e motos circulando pela manhã e 147 circulando a tarde.⁠⁠⁠⁠
Nova rodada de negociações
Uma nova rodada de negociações entre o governo do estado e representantes de mulheres de policiais militares foi proposta pelos manifestantes na sexta-feira (17).

Foi entregue às associações da categoria uma nova proposta de acordo, em que listaram as reivindicações e teriam excluído da pauta o pedido de aumento salarial, para que o canal de diálogo fosse reaberto.
Segundo o major Rogério Fernandes, presidente da Associação dos Oficiais Militares Estaduais do Espírito Santo (Assomes), o governo já está ciente das novas reivindicações, mas ainda não sinalizou nenhuma posição.
Ele não adiantou qual é a nova pauta proposta pelas mulheres, que continuam em protesto na porta dos Batalhões.
“Qualquer coisa que eu fale é prematuro, precisamos avançar primeiro. Vamos protocolar na Secretaria de Governo logo no começo do expediente esta proposta. É possível que depois de analisada pelo governo, o Comitê Permanente de Negociação convoque uma reunião conosco e com as mulheres”, declarou.

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Um em cada oito PMs do Espírito Santo será investigado por greve

Inquéritos em razão de movimento que tirou policiamento das ruas atingirão 1.302 de 10,5 mil integrantes da corporação; pena pode ir de suspensão a prisão 

Um a cada oito policiais militares do Espírito Santo será submetido a algum tipo de investigação interna por participação no movimento que deixou as ruas do estados sem policiamento por quase duas semanas, em movimento que a Justiça classificou como “greve branca” – mulheres de PMs fizeram bloqueios em frente aos batalhões para impedir a saída das viaturas. Entre os investigados há oficiais, como tenente-coronel, major, capitão e sargento.

Segundo a Polícia Militar, 1.302 integrantes da corporação serão investigados pelos crimes de motim ou revolta – o efetivo total do estado é de cerca de 10,5 mil policiais. A maioria (1.151) será alvo de inquéritos policiais militares, que têm prazo inicial de 30 dias para conclusão. Outros 124 responderão a processos disciplinares de rito ordinário porque têm menos de dez anos na corporação; 27 serão submetidos ao Conselho de Disciplina da corporação, por terem mais de dez anos na PM. As penas podem ir de suspensão até prisão e demissão.

A crise na segurança pública no Espírito Santo começou quando parentes de policiais militares, principalmente mulheres, se reuniram em frente à 6ª Companhia, no município da Serra, na Grande Vitória, e bloquearam a saída de viaturas, no último dia 3. Os protestos se estenderam para outros batalhões e terminaram atingindo todos os quartéis do estado. Eles reivindicam reajuste salarial de 43% e pagamento de benefícios.

O governo diz que não tem condições de dar o reajuste pretendido, mas firmou acordo com entidades de policiais se comprometendo a discutir o assunto quando terminar o primeiro quadrimestre. Para outras reivindicações foram formadas comissões para discutir a implantação. As mulheres dos PMs continuam acampadas em frente aos batalhões.

Durante a crise na segurança pública, 143 pessoas foram assassinadas em dez dias no estado, uma média de 14,3 assassinatos por dia, muito superior à registrada no ano passado, que foi de 3.20. Também houve saques a lojas e aumentou o número de assaltos. Repartições públicas, como postos de saúde, funcionaram com restrições e a volta às aulas foi adiada por uma semana. Fonte: http://veja.abril.com.br/ 18/02/17 (Com Agência Brasil)

Um comentário:

  1. REBELIÃO EM UM PEQUENO ESTADO, O ESPÍRITO SANTO: UMA ANÁLISE, UMA CRÍTICA, UMA INTERPRETAÇÃO

    -GOVERNO: O real em política é que os eleitores decidem pelo voto o governo que os governa. Portanto, o governo é o reflexo da maioria dos seus cidadãos. Infelizmente entre nós, votar, é mais uma obrigação do que uma escolha do melhor porque candidatos de primeira linha são escassos em todos os escalões da governança brasileira e votar é uma imposição legal.

    -DIREITOS: Mesmo assim, como cidadãos, se cada um não souber lutar pelos seus direitos, não conseguiremos ter direito algum.

    -SOBREVIVÊNCIA: Problemas não escolhem hora e nem lugar. Quando os nossos direitos estiverem a perigo, é hora de converter o entusiasmo em ação. Não podemos aceitar de forma alguma que a incompetência, os desmandos e a corrupção na administração pública venham gerar conspirações contra nós.

    A GREVE: Quem não impede os desmandos, encoraja-os. Os fatos indicam onde está a verdade. Infelizmente há técnicas apuradas para se ludibriar a opinião pública. Não é difícil transformar situações imorais em argumentos legais como dizia Ghandi.

    A SOLUÇÃO: A primeira vítima da discussão é sempre a verdade. Sem dados claros não se chega a uma interpretação precisa dos fatos e é comum se usar subterfúgios aviltantes para não se chegar a lugar nenhum.
    A BARBÁRIE:Saldo de 1, 2, 3...150 assassinatos! Os adeptos da barbárie fazem a vingança suplantar o caminho pertinente à justiça.

    CONCLUSÃO: Quando a compreensão, a responsabilidade, a dignidade de ambas as partes se fazem, acontecem milagres e havendo erros, que sejam não punidos e sim, corrigidos.
    Diz Aurélio Bolsanello Pai, Curitiba/PR, por e-mail


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