Polícia investiga ameaças a secretário de segurança e seus familiares Polícia investiga ameaças a secretário de segurança do ES
Governo
do estado determinou investigação sobre ameaças a André Garcia.
Além da Polícia Civil, foi solicitado o apoio da Polícia Federal.
Secretário de Segurança Pública, André Garcia
(Foto: Reprodução/TV Gazeta)A
Delegacia de Crimes Eletrônicos vai investigar as ameaças à integridade física
sofridas pelo secretário de Segurança Pública e Defesa Social do Espírito
Santo, André Garcia, e seus familiares. A determinação é do governador do
estado, Paulo Hartung (PMDB), divulgada neste domingo (19).
Hartung
comunicou o ocorrido para a Presidência da República, por meio do ministro da
Justiça, José Levi Mello do Amaral Júnior. O governador também solicitou o
apoio da Polícia Federal nas investigações.
O Ministério Público Federal, o Ministério
Público Estadual, o Tribunal de Justiça, sociedade civil organizada e a Ordem
dos Advogados do Brasil Seção Espírito Santo foram informados da gravidade das
ameaças e das tentativas de intimidação.Em nota, o governo do estado disse que "reitera sua confiança e apoio ao trabalho exercido pelo secretário André Garcia e repudia o fato de que atitudes criminosas, realizadas por um pequeno grupo que ainda aposta na desordem, sejam utilizadas como estratégia de pressão para atender a interesses corporativistas".
Protestos PMs
O protesto de parentes de PMs continua pelo 17º dia nesta segunda-feira (20). Mesmo com os manifestantes fechando as portas dos batalhões, 2.462 policiais atenderam o chamado operacional do domingo (19) em todo o estado.
O policiamento ostensivo contou com 147 viaturas e motos circulando pela manhã e 147 circulando a tarde.
Nova rodada de negociações
Uma nova rodada de negociações entre o governo do estado e representantes de mulheres de policiais militares foi proposta pelos manifestantes na sexta-feira (17).
Foi entregue às associações da categoria uma nova proposta de acordo, em que listaram as reivindicações e teriam excluído da pauta o pedido de aumento salarial, para que o canal de diálogo fosse reaberto.
Segundo o major Rogério Fernandes, presidente da Associação dos Oficiais Militares Estaduais do Espírito Santo (Assomes), o governo já está ciente das novas reivindicações, mas ainda não sinalizou nenhuma posição.
Ele não adiantou qual é a nova pauta proposta pelas mulheres, que continuam em protesto na porta dos Batalhões.
“Qualquer coisa que eu fale é prematuro, precisamos avançar primeiro. Vamos protocolar na Secretaria de Governo logo no começo do expediente esta proposta. É possível que depois de analisada pelo governo, o Comitê Permanente de Negociação convoque uma reunião conosco e com as mulheres”, declarou.
Um em cada oito PMs do Espírito Santo será investigado por greve
Inquéritos em razão de movimento que tirou
policiamento das ruas atingirão 1.302 de 10,5 mil integrantes da corporação;
pena pode ir de suspensão a prisão
Um a cada
oito policiais militares do Espírito Santo será submetido a algum
tipo de investigação interna por participação no movimento que deixou as
ruas do estados sem policiamento por quase duas semanas, em movimento
que a Justiça classificou como “greve branca” – mulheres de PMs fizeram
bloqueios em frente aos batalhões para impedir a saída das viaturas. Entre os
investigados há oficiais, como tenente-coronel, major, capitão e sargento.
Segundo a
Polícia Militar, 1.302 integrantes da corporação serão investigados pelos crimes
de motim ou revolta – o efetivo total do estado é de cerca de 10,5 mil
policiais. A maioria (1.151) será alvo de inquéritos policiais militares, que
têm prazo inicial de 30 dias para conclusão. Outros 124 responderão a processos
disciplinares de rito ordinário porque têm menos de dez anos na corporação; 27
serão submetidos ao Conselho de Disciplina da corporação, por terem mais de dez
anos na PM. As penas podem ir de suspensão até prisão e demissão.
A crise
na segurança pública no Espírito Santo começou quando parentes de policiais
militares, principalmente mulheres, se reuniram em frente à 6ª Companhia, no
município da Serra, na Grande Vitória, e bloquearam a saída de viaturas, no
último dia 3. Os protestos se estenderam para outros batalhões e terminaram
atingindo todos os quartéis do estado. Eles reivindicam reajuste salarial de
43% e pagamento de benefícios.
O governo
diz que não
tem condições de dar o reajuste pretendido, mas firmou acordo com entidades
de policiais se comprometendo a
discutir o assunto quando terminar o primeiro quadrimestre. Para outras
reivindicações foram formadas comissões para discutir a implantação. As
mulheres dos PMs continuam acampadas em frente aos batalhões.
Durante a
crise na segurança pública, 143
pessoas foram assassinadas em dez dias no estado, uma média de 14,3
assassinatos por dia, muito superior à registrada no ano passado, que foi de
3.20. Também houve saques
a lojas e aumentou o número de assaltos. Repartições públicas, como postos
de saúde, funcionaram com restrições e a volta às aulas foi adiada por uma
semana. Fonte: http://veja.abril.com.br/
18/02/17 (Com Agência Brasil)
REBELIÃO EM UM PEQUENO ESTADO, O ESPÍRITO SANTO: UMA ANÁLISE, UMA CRÍTICA, UMA INTERPRETAÇÃO
ResponderExcluir-GOVERNO: O real em política é que os eleitores decidem pelo voto o governo que os governa. Portanto, o governo é o reflexo da maioria dos seus cidadãos. Infelizmente entre nós, votar, é mais uma obrigação do que uma escolha do melhor porque candidatos de primeira linha são escassos em todos os escalões da governança brasileira e votar é uma imposição legal.
-DIREITOS: Mesmo assim, como cidadãos, se cada um não souber lutar pelos seus direitos, não conseguiremos ter direito algum.
-SOBREVIVÊNCIA: Problemas não escolhem hora e nem lugar. Quando os nossos direitos estiverem a perigo, é hora de converter o entusiasmo em ação. Não podemos aceitar de forma alguma que a incompetência, os desmandos e a corrupção na administração pública venham gerar conspirações contra nós.
A GREVE: Quem não impede os desmandos, encoraja-os. Os fatos indicam onde está a verdade. Infelizmente há técnicas apuradas para se ludibriar a opinião pública. Não é difícil transformar situações imorais em argumentos legais como dizia Ghandi.
A SOLUÇÃO: A primeira vítima da discussão é sempre a verdade. Sem dados claros não se chega a uma interpretação precisa dos fatos e é comum se usar subterfúgios aviltantes para não se chegar a lugar nenhum.
A BARBÁRIE:Saldo de 1, 2, 3...150 assassinatos! Os adeptos da barbárie fazem a vingança suplantar o caminho pertinente à justiça.
CONCLUSÃO: Quando a compreensão, a responsabilidade, a dignidade de ambas as partes se fazem, acontecem milagres e havendo erros, que sejam não punidos e sim, corrigidos.
Diz Aurélio Bolsanello Pai, Curitiba/PR, por e-mail