sábado, 10 de outubro de 2015

FORA, EDUARDO CUNHA



Que cinismo, que cara de pau tem esse EDUARDO CUNHA, presidente da Câmara, 3º na linha de sucessão da presidência da república.
TEM DE SER AFASTADO IMEDIATAMENTE

“A velocidade dos fatos impressiona. Já se sabe que foi usado o passaporte para a abertura de contas na Suíça, há o endereço de uma empresa dele, o banco confirma as contas, o Ministério Público também confirma. Tudo isso exige um posicionamento do partido. É inevitável. Defendo o afastamento imediato de Eduardo Cunha da presidência da Câmara.”
Betinho se descolou da posição oficial do PSDB desde a semana passada. E espera que o partido o acompanhe. “A situação, que já era grave quando delatores acusavam Eduardo Cunha, piorou muito com as novas revelações. Eu me antecipei. A opinião pública nos observa. Não dá para ficar indefinido nessa matéria. Hoje, em função da demora, o partido tem que dar explicações.”
Segundo Betinho, “o foco central da bancada do PSDB na Câmara tem sido o impeachment de Dilma”. Mas ele pondera: “É preciso ter cuidado para não sermos atropelados pelos fatos. Já externei minha posição na bancada. Outros colegas manifestaram preocupação. Começam a surgir sinais de que a cúpula partidária compreende que não dá mais para manter esse apoio velado ao Eduardo Cunha. Sinto que há uma tendência de mudança para a semana que vem.”
Na próxima terça-feira, o PSOL protocolará no Conselho de Ética uma representação pedindo a cassação do mandato de Eduardo Cunha. Desde logo, o tucano Betinho Gomes diz que não levará em conta as conveniências partidárias. “Vou julgar com base nos fatos, não por interesses políticos ou por eventuais desejos de preservar o personagem para atingir outros objetivos. Isso não vai ser observado por mim.”
Filiado ao DEM, outro partido que dá suporte a Eduardo Cunha, o deputado baiano Paulo Azi, titular do Conselho de Ética, também declara que, na hora de julgar, não levará em conta eventuais acordos partidários com Cunha em torno do impeachment de Dilma. “Não me pautarei por isso. Absolutamente, não. Meu papel no Conselho de Ética é o de avaliar se os fatos apresentados constituem quebra de decoro, independentemente de quem seja o acusado.”
Paulo Azi se esquiva de antecipar julgamentos. “Evito falar de meu sentimento pessoal porque a relatoria do processo pode cair para qualquer membro do Conselho. Não convém antecipar posições. Mas, de maneira geral, se existe uma representação, é preciso avaliar as evidências, buscar as provas, assegurar o direito de defesa e verificar se houve quebra de decoro parlamentar”.
Acha que a mentira sobre contas secretas na Suíça constitui quebra de decoro?, perguntou o blog. E Paulo Azi: “O deputado Eduardo Cunha tem dito, por meio de notas, que reitera aquilo que dissera na CPI da Petrobras, ou seja, que não tem contas. Lembro do caso do ex-senador Luiz Estevão. Foi cassado justamente porque fez um discurso e, depois, verificou-se que tinha faltado com a verdade. Esse é um ponto que configura quebra de decoro. Agora, é preciso avaliar os fatos e as justificativas que o Eduardo Cunha vai dar.”

Arthur Virgílio: ‘Deveríamos ter pedido explicações para o Eduardo Cunha’


O ex-senador tucano Arthur Virgílio, hoje prefeito de Manaus, avalia que o PSDB “já deveria ter feito um pedido de explicações a Eduardo Cunha.” Por um instante, Virgílio colocou-se nos sapatos do presidente da Câmara:
“Uma coisa como essa, se é comigo, eu subiria à tribuna e faria um discurso claro, mostrando os pontos de defesa e de ataque. Se sou inocente e me colocam numa situação como essas, alguém precisa ser desmascarado. Conta na Suíça ou você tem ou não tem. Não dá para ficar se escorando em posição de advogado.”

Senador Virgílio escalou a tribuna várias vezes para cobrar explicações de Renan Calheiros, acusado em 2007 de custear com verbas recebidas de um lobista da empreiteira Mendes Júnior as despesas de uma filha que teve fora do casamento. Virgílio diz que faria o mesmo agora, se estivesse na Câmara: “O partido tem que fazer essa cobrança. Não dá para silenciar. Eduardo Cunha tem que subir à tribuna para se defender.”

Sobre a situação de Dilma Rousseff, Virgílio disse que até esta semana evitava pronunciar a palavra impeachment. “Acho que a coisa se agravou. Houve a rejeição das contas do governo no TCU, a abertura de processo sobre as contas da campanha no TSE. Agora, pelo menos, o assunto já pode ser discutido com mais razoabilidade.”

Virgílio alarma-se com a incapacidade do governo de projetar uma saída para a crise. “O círculo vicioso está posto: a crise social está aí. E vai se agravar mais. A isso se soma uma crise política. Que agrava a crise econômica. Tudo isso e mais a crise ética do petrolão. Estamos no meio de um túnel escuro e não enxergamos a luz. Não há um plano, um projeto. Não sabemos quem vai comandar. Para ser justo, essa última trapalhada da reforma ministerial que não desafogou nada, foi uma trapalhada do Lula.”

Um comentário:

  1. Parece que os dias dele estão contados, ainda
    que continue tendo respaldo de expressiva parcela
    de deputados., principalmente da bancada evangélica.
    Parece-me que o assunto será resolvido no STF., diz Rubens Pontes, Serra/ES, por e-mail

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