sexta-feira, 22 de abril de 2016

O IMPEACHMENT QUE PRECISA SER FEITO




Cristovam Buarque:

“Uma das provas do fracasso dos governos de esquerda no Brasil é o baixo nível do debate político neste grave momento de nossa história. Nunca se discutiu tanto a política sem debater políticas; tudo se resume à dicotomia “tira Dilma” ou “é golpe”.

O modelo político-econômico-social ruiu como um Muro de Berlim nacional, enterrando as esquerdas em seus escombros, mas a peleja tem ficado entre Dilma até 2018 e Temer a partir de 2016.

Não se debate qual seria um novo modelo social-econômico-político para conduzir o Brasil ao longo deste século. O atual modelo não foi capaz de construir uma economia sólida, sustentável, inovadora e produtiva, e ainda desorganizou as finanças públicas e provocou recessão na economia atrasada; não foi capaz de emancipar os pobres assistidos por bolsas e cotas; não deu salto na educação e promoveu dramático caos na saúde; sobretudo, incentivou um vergonhoso quadro de corrupção, conivência, oportunismo, aparelhamento do Estado e desmoralização na maneira de fazer política.

O país está ficando para trás, se “descivilizando” por violência generalizada, ineficiência sistêmica, incapacidade de gestão e de inovação, saúde degradada, educação atrasada e desigual, transporte urbano caótico, cidades monstrópoles, persistência da pobreza, concentração de renda, política corrupta, povo dependente, tragédias ambientais e sanitárias. Todos os indicadores são de um país em decadência, com raras ilhas de excelência.

Mas o debate fica prisioneiro da alternativa entre interromper o mandato de um governo incompetente e irresponsável, eleito por estelionato político, tendo cometido possíveis crimes fiscais, e escolher um novo presidente do mesmo grupo, eleito na mesma chapa e também sujeito a suspeitas. Não se discute qual a melhor alternativa para o Brasil sair da crise imediata a que foi levado pelos desajustes irresponsáveis e eleitoreiros do atual governo, nem qual Brasil queremos e podemos construir, com uma economia eficiente, inovadora, equilibrada, distributiva de renda e sustentável ecologicamente; com a população educada, participativa, levando à justiça social, à produtividade elevada e à economia eficiente; com sistema político-eleitoral ético e democrático.

Não se debate um pacto pelo emprego com equilíbrio das contas públicas e pela eficiência da gestão estatal; não se discute como fazer, quanto custa, em quanto tempo e que setores pagarão pelas reformas de que o país precisa. As discussões despolitizadas, entre torcidas a favor ou contra, como em um jogo de futebol, não debatem, por exemplo, como fazer com que a escola do filho do mais pobre brasileiro tenha a mesma elevada qualidade que as boas escolas do filho do brasileiro mais rico do país.

O debate se limita a manter a mesma estrutura social, apenas trocando uma presidente pelo vice que ela escolheu duas vezes. Não se percebe que é preciso fazer o impeachment de todo o modelo que a esquerda manteve e degradou.”     
     Cristovam Buarque é senador do PPS-DF.
Fonte: http://diariodopoder.com.br/22/04/16
                                                                                                 

LULA: O MITO ESTRAÇALHADO




LULA: O MITO ESTRAÇALHADO,
por Francisco Weffort, um dos fundadores do PT

“A trajetória de Lula o levou da posição de “sindicalista combativo”, por meio da qual se projetou no país, a lobista das grandes empreiteiras. Um fim melancólico para quem, no passado, representou uma esperança de grande parte do povo brasileiro
Luiz Inácio Lula da Silva vai chegando ao fim do caminho. Mesmo ele é capaz de perceber que está acabando o terreno à sua frente. Antes do petista, tivemos casos semelhantes desses meteoros da política que vêm não se sabe de onde, passam por grandes êxitos, alcançam rapidamente o topo e depois caem miseravelmente. Já nos esquecemos de Jânio Quadros? Lula é diferente de Jânio em um ponto: veio de mais baixo na escala social e conseguiu uma influência mais organizada e duradoura na política do país.
Dilma Rousseff, embora pareça um meteoro, não é propriamente um caso político. O fato de ela ter chegado à Presidência da República foi apenas um enorme erro de Lula cometido em um dos seus acessos de personalismo. Erro, aliás, que o empurra com mais rapidez para o fim. "O cara", de que falou Barack Obama quando Lula tinha 85% de aprovação, não é mais aquele...
Há algum tempo, muitos gostavam de ver em Lula um "filho do Brasil". Era o seu primeiro mandato, quando se pensava que surgia no país uma "nova classe média". Com a crise dos dias atuais, essa "nova classe" provavelmente desapareceu. Outra das veleidades grandiosas do petista, já no fim do seu governo, foi um suposto plano para terminar com a fome no mundo. Também naqueles tempos, alguns imaginavam que o Brasil avançava para uma posição internacional de grande prestígio.
Muitos desses sonhos deram em nada, mas, para o bem e para o mal, Lula foi um filho do Brasil. Aliás, também o foram os milhares, milhões de jovens fruto do "milagre econômico" dos anos Médici, assim como, antes deles, os filhos da democracia e do crescimento dos anos JK, ou, se quiserem, algumas décadas mais atrás, da expansão aluvional das cidades que assinala o nosso desenvolvimento social desde os anos 1930. No Brasil, temos a obsessão permanente do progresso, assim como uma certa vacilação, também permanente em nosso imaginário, entre a ditadura e a democracia. Lula foi uma variante desse estilo brasileiro de vida. Queria resolver as coisas, sempre que possível, com "jeitinho", ao mesmo tempo que sonhava com as benesses do "Primeiro Mundo" e da modernidade.
Na política brasileira, porque vinha de baixo, o petista tinha traços peculiares que se revelam em sua busca de reconhecimento como indivíduo. Nesse aspecto está o seu compromisso com a democracia, aliás muito aplaudido no início de sua vida como político. O sindicato foi seu primeiro degrau e, mais adiante, uma das raízes de seus problemas. É que, a partir desse ponto, Lula passou a buscar seu lugar como cidadão numa instituição aninhada nos amplos regaços do Estado. Ele começou em uma estrutura às vezes repressiva e muitas vezes permissiva, que dependia, sobretudo, como continua dependendo, dos recursos criados pelo Estado por meio do "imposto sindical". A permissividade maior vinha do fato de que tais recursos não passavam, e ainda não passam, pelo controle dos tribunais de contas.
O maior talento pessoal de Lula foi sair do anonimato, diferenciando-se dos parceiros de sua geração. No sindicalismo, falou sempre contra o "imposto". E talvez por isso mesmo tenha logrado tanto prestígio como sindicalista combativo e independente que não precisou fazer nada de concreto a respeito. Na época das lutas pelas eleições diretas e pelo fim do autoritarismo reinante sob o Ato Institucional nº 5, dizia que "o AI-5 dos trabalhadores é a Consolidação das Leis do Trabalho - CLT". Mas em seu governo não só manteve o imposto e as leis sindicais corporativistas como foi além, generalizando para a CUT e demais centrais sindicais os benefícios do imposto.
O que tem sido chamado, em certos meios, de "carisma" de Lula foi sua habilidade de sentir o seu público. Chamar essa "empatia", uma qualidade que qualquer político tem, em grau maior ou menor - e que, aliás, sempre faltou a Dilma -, de "carisma" é uma impropriedade terminológica. Em sociologia, o fenômeno do "carisma" pertence ao universo das grandes religiões, raríssimo no mundo político, e, quando ocorre, é sempre muito desastroso. Os fascistas de Mussolini diziam que "il Duce non può errare" ("o Duce não pode errar"), para exaltar uma suposta sabedoria intrínseca ao ditador. Não era muito diferente das fórmulas típicas do "culto da personalidade" de raiz stalinista. Embora tais fórmulas estejam superadas na esquerda há tempos, os mais ingênuos entre os militantes do PT ainda se deixam levar por coisas parecidas. Consta que, no mundo de desilusões e confusões do "mensalão", um intelectual petista teria dito: "Quando Lula fala, tudo se esclarece". Não ajudou muito...
Luiz Inácio Lula da Silva foi uma das expressões da complexa integração das massas populares à democracia moderna no Brasil. É da natureza da democracia moderna que incorpore, integre a classe trabalhadora. No Brasil, como em muitos países, isso sempre se fez por meio de caminhos acidentados, entre os quais o corporativismo criado em 1943, no fim da ditadura getuliana, e mantido pela democracia de 1946, como por todos os interregnos democráticos que tivemos desde então. O corporativismo se estende também às camadas empresariais, assim como a diversos órgãos de atividade administrativa do Estado brasileiro. Favoreceu a promiscuidade entre interesses privados e interesses públicos e certa medida de corrupção que, de origem muito antiga, mudou de escala nos tempos mais recentes com o crescimento industrial e a internacionalização da economia brasileira. Nessa mudança dos tempos, Lula passou de "sindicalista combativo" a lobista das grandes empreiteiras. Um fim melancólico para quem foi no passado uma esperança de grande parte do povo brasileiro.
* Francisco Weffort, Professor emérito do Departamento de Ciência Política da Universidade de São Paulo e ex-ministro da Cultura (de 1995 a 2002, no governo Fernando Henrique Cardoso). Foi um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores (PT)


sábado, 9 de abril de 2016

CONVULSÃO SOCIAL? GUERRA CIVIL? BRASIL CORRE PERIGO!



CONVULSÃO SOCIAL? GUERRA CIVIL?
BRASIL CORRE PERIGO!

Não satisfeita em criar a maior tragédia da história do Brasil, a própria presidente da república tem usado o Palácio do Planalto como palanque, onde grupos de militantes radicais ameaçam incendiar o Brasil.  Estamos diante de uma situação muito grave, de ruptura social. PARA ONDE VAMOS?
Não há mais nenhuma dúvida de que no Brasil há sinais alarmantes de que o país pode estar vivendo um processo de ruptura social muito grave.
Gelio Fregapani (*)
“Os rumos que seguimos apontam para a probabilidade de guerra intestina. Falta ainda homologar no Congresso e unir as várias reservas indígenas em uma gigantesca, e declarar sua independência. Isto não poderemos tolerar. Ou se corrige a situação agora ou nos preparemos para a guerra.
Quase tão problemática quanto a questão indígena é a quilombola. Talvez desejem começar uma revolução comunista com uma guerra racial.
O MST se desloca como um exército de ocupação. As invasões do MST são toleradas, e a lei não aplicada. Os produtores rurais, desesperançados de obter justiça, terminarão por reagir.
Talvez seja isto que o MST deseja: a convulsão social. Este conflito parece inevitável.

[...]
A crise econômica e a escassez de recursos naturais poderão conduzir as grandes potências a tomá-los a manu militari, mas ainda mais provável e até mais perigosa pode ser a ameaça de convulsão interna provocada por três componentes básicos
— a divisão do povo brasileiro em etnias hostis;
— os conflitos potenciais entre produtores agrícolas e os movimentos dito sociais;
— e as irreconciliáveis divergências entre ambientalistas e desenvolvimentistas.
[...]
A ameaça de conflitos étnicos, a mais perigosa pelo caráter separatista
A multiplicação das reservas indígenas, exatamente sobre as maiores jazidas minerais, usa o pretexto de conservar uma cultura neolítica (que nem existe mais), mas visa mesmo a criação de "uma grande nação" indígena. Agora mesmo assistimos, sobre as brasas ainda fumegantes da Raposa-serra do Sol, o anúncio da criação da reserva Anaro, que unirá a Raposa/São Marcos à Ianomâmi. Posteriormente a Marabitanas unirá a Ianomâmi à Balaio/Cabeça do Cachorro, englobando toda a fronteira Norte da Amazônia Ocidental e suas riquíssimas serras prenhes das mais preciosas jazidas.
O problema é mais profundo do que parece; não é apenas a ambição estrangeira. Está também em curso um projeto de porte continental sonhado pela utopia neomissionária tribalista. O trabalho de demolição dos atuais Estado-nações visa a construção, em seu lugar, da Nuestra América, ou Abya Yala, idealizado provavelmente pelos grandes grupos financistas com sede em Londres, que não se acanha de utilizar quer os sentimentos religiosos quer a sede de justiça social das massas para conservar e ampliar seus domínios.
[...]

Falta ainda homologar no congresso e unir as várias reservas em uma gigantesca e declarar a independência, e isto não poderemos tolerar. Ou se corrige a situação agora ou nos preparemos para a guerra.
O perigo não é o único, mas é bastante real. Pode, por si só, criar ocasião propícia ao desencadeamento de intervenções militares pelas potências carentes dos recursos naturais — petróleo e minérios, quando o Brasil reagir.
[...]
Tem gente se armando, tem gente se preparando para uma guerra. Temos de abrir o olho também para esse processo, que conduz ao ódio racial. Normalmente esquerdistas, talvez desejem começar uma revolução comunista com uma guerra racial.
Certamente isto vai gerar conflitos, mas até agora o movimento quilombola não deu sinal de separatismo.
Os Conflitos Rurais — talvez os primeiros a eclodir.
O MST se desloca como um exército de ocupação, mobilizando uma grande massa de miseráveis (com muitos oportunistas), dirigidos por uma liderança em parte clandestina. As invasões do MST são toleradas e a lei não aplicada. Mesmo ciente da pretensão do MST de criar uma "zona livre", uma "república do MST" na região do Pontal do Paranapanema, o Governo só contemporiza; finge não perceber que o MST não quer receber terras, quer invadi-las e tende a realizar ações cada vez mais audaciosas.
É claro que os produtores rurais, desesperançados de obter justiça, terminarão por reagir. Talvez seja isto que o MST deseja; a convulsão social, contando, talvez, com o apoio de setores governamentais como o Ministério do Desenvolvimento Agrário. Segundo Pedro Stédile: "O interior do Brasil pode transformar-se em uma Colômbia. A situação sairá de controle, haverá convulsões sociais e a sociedade se desintegrará."
Este conflito parece inevitável. Provavelmente ocorrerá num próximo governo, mas se ficar evidente a derrota do PT antes das eleições, é provável que o MST desencadeie suas operações antes mesmo da nova posse.
[...]
A três passos da guerra civil
 [...]
Uma vez iniciado um conflito, tudo indica que se expandirá como um rastilho de pólvora. Este quadro, preocupante já por si, fica agravado pela quase certeza de que, na atual conjuntura da crise mundial o nosso País sofrerá pressões para ceder suas riquezas naturais — petróleo, minérios e até terras cultiváveis — e estando dividido sabemos o que acontecerá, mais ainda quando uma das facções se coloca ao lado dos adversários como já demonstrou o MST no caso de Itaipu.
Bem, ainda temos Forças Armadas, mas segundo as últimas notícias, o Exército (que é o mais importante na defesa interna) terá seu efetivo reduzido. Será proposital?
Que Deus guarde a todos vocês.
(*) Gelio Fregapani é escritor e Coronel da Reserva do EB, atuou na área do serviço de inteligência na região Amazônica, elaborou relatórios como o do GTAM, Grupo de Trabalho da Amazônia.
USA 4ª FROTA: AMEAÇAS NO HORIZONTE
Em 13 de junho de 2012, o senador Pedro Simon ocupou a tribuna e definiu como “leitura obrigatória” o alerta feito por Santayana sobre os dois 'inimigos do Brasil'. Artigo do jornalista Mauro Santayana, publicado no 'Jornal do Brasil', cobre uma lacuna na imprensa nacional e alerta para o que define como dois inimigos do Brasil: o interno, a corrupção; o externo, a recém criada Aliança do Pacífico.
Formada por Estados Unidos, México, Colômbia, Peru e Chile, a aliança tem o objetivo explícito de conter o que consideram "ascendente potência hegemônica ou neoimperial que é o Brasil", alerta o senador Pedro Simon.
E é bom lembrarmos que as maiores reservas de petróleo do Brasil estão em águas profundas e na camada pré-sal e estão perto do limite das 200 milhas. E os americanos não são signatários de tratados que tornam esse respeito obrigatório.
A 4ª frota dos Estados Unidos da América, responsável pelo patrulhamento nas águas da América do Sul. Criada na Segunda Guerra Mundial, foi desativada há mais de 50 anos. “Tal frota hoje reaparece no cenário regional de paz como uma ameaça inexplicável à soberania das democracias sul-americanas. O que espera com isso o governo americano que não uma posição mais defensiva por parte do hemisfério? Iniciativas como o Conselho Sul-Americano de Defesa para salvaguarda do território regional, inclusive marítima, onde estão algumas das maiores reservas de petróleo do continente.”, denuncia o cientista político Marcelo Coutinho, fundados e Coordenador Executivo do Observatório Político Sul-Americano.

segunda-feira, 4 de abril de 2016

ELEIÇÕES GERAIS EM 02 DE OUTUBRO DE 2016



TRIPLA RENÚNCIAS ‘COM GRANDEZA’ DE DILMA, DE TEMER E DE EDUARDO CUNHA

Sinceramente não acho que Dilma, caso não sofra o afastamento terá condições de governar e da mesma forma não acho que Temer, caso venha a ocupar a presidência também tenha condições de governar, por isso apoio a tripla renúncia, isto é, da Dilma,do Temer e do Eduardo Cunha, porque ele não tem condições de presidir o Brasil até as eleições em 02/10/16, para o bem do Brasil e assim propiciar a convocação de eleições gerais e se possível, de uma Assembleia Nacional Constituinte Exclusiva.

Para Renan, antecipação de eleições gerais é alternativa para o país

MARIANA HAUBERT, FOLHA DE SÃO PAULO, 05/04/16
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou nesta terça-feira (5) "ver com bons olhos" a ideia de antecipar as eleições para outubro deste ano como forma de resolver a crise política do país.
Para o peemedebista, o novo pleito deve englobar todos os cargos eletivos: presidente da República, governadores, senadores e deputados. As eleições desse ano já contemplam prefeitos e vereadores.
"Se a política não arbitrar saídas para o Brasil, nós não podemos fechar nenhuma porta, deixar de discutir nenhuma alternativa, nem essa de eleição geral ou fazer uma revisão do sistema de governo e identificarmos o que há de melhor no parlamentarismo e no presidencialismo", afirmou.
A ideia de se antecipar as eleições presidenciais começou a ganhar força recentemente. Um bloco de nove senadores do PSB, PPS e Rede já iniciaram uma articulação para levar a tese adiante. Eles se reúnem nesta terça para fechar uma posição em bloco e avaliar como a proposta pode ser levada ao Congresso.
Nesta segunda, o senador Valdir Raupp (PMDB-RO) também defendeu a questão em um pronunciamento no plenário do Senado. "Não seria uma renúncia. Não seria um impeachment, mas, sim, antecipar as eleições presidenciais que aconteceriam agora em outubro próximo, concomitantemente com as eleições municipais", disse o senador no discurso.
A ideia, no entanto, não tem respaldo do PMDB. Segundo parlamentares do partido, a questão não deve ser levada adiante porque, além de questões legais, como a mudança de regras eleitorais a menos de um ano das eleições, também não haverá respaldo da classe política para tal.
A presidente Dilma Rousseff fez uma provocação aos parlamentares que defendem a ideia nesta terça. Em entrevista a jornalistas, a petista disse que concorda discutir a questão desde que deputados e senadores também aceitem participar de um processo eleitoral antecipado. "Convence a Câmara e o Senado de abrirem mão de seus mandatos. Aí, vem conversar comigo", disse a presidente.
Para Renan, a antecipação das eleições só deve acontecer se for geral, englobando todos os cargos eletivos no país. "Acho que antecipação de eleição presidencial é uma outra coisa. A tese que está sendo defendida é uma tese mais ampla e pode significar uma resposta da política para o Brasil que continua a demonstrar muita ansiedade", disse.
  Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/
Senador do PMDB propõe eleições gerais em outubro
Pedro Venceslau e Isabela Bonfim - O Estado de S.Paulo, 04/04/16
Valdir Raupp, que é membro da executiva nacional do partido, diz que Congresso teria que aprovar uma Proposta de Emenda Constitucional
Membro da direção executiva nacional do PMDB e aliado do vice-presidente Michel Temer, o senador Valdir Raupp (RO) apresentou no Senado nesta segunda-feira, 4, uma proposta de que sejam convocadas eleições gerais neste ano para todos os cargos. A ideia dele é que a votação ocorra no mesmo dia das eleições municipais. Para que isso ocorra, segundo Raupp, Congresso teria que aprovar uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC). "Acho difícil o impeachment passar na Câmara e a presidente não irá renunciar. Com eleições gerais as ruas seriam pacificadas", disse ele ao Estado.
Líder da oposição no Congresso, o deputado Mendonça Filho (DEM-PE), classificou como "casuística e inoportuna" a proposta do senador peemedebista. "Essa medida agravaria a crise institucional. Seria uma PEC casuística e inoportuna. É um golpe petista para tentar viabilizar a volta de Lula", afirmou.
Plenário. O senador Valdir Raupp (PMDB-RO) afirmou no plenário do Senado que o vice-presidente Michel Temer disse a ele que não gostaria de assumir o governo na atual conjuntura política e econômica “com impeachment ou sem impeachment”.
"Michel Temer me ligou há uma semana dizendo 'Raupp, eu não quero ser presidente da República em uma situação dessas'. Repito, ele disse 'Raupp, eu não quero ser presidente numa situação dessas porque, com impeachment ou sem impeachment, isso não vai acabar bem'".
Procurada pela reportagem, a assessoria do vice-presidente informou que "Michel Temer desconhece este telefonema e este diálogo."
O senador peemedebista relatou o diálogo na tribuna, afirmando que se tratava de um "testemunho" sobre o pensamento do vice-presidente Michel Temer. Segundo ele, o telefonema aconteceu antes do dia 29, quando o PMDB selou o seu desembarque do governo.
"Michel estava em São Paulo e eu estava aqui (em Brasília), reunido com meia dúzia de senadores do PMDB". Ele afirmou ainda que o vice está recolhido porque tem recebido muitas críticas e repetiu, pela terceira vez, que Temer disse que não gostaria de ser presidente agora.
Raupp fez o relato enquanto defendia a criação de uma proposta de emenda constitucional para fazer eleições presidenciais em outubro deste ano. Segundo ele, as eleições seriam uma alternativa ao impeachment e também à renúncia. O senador sugeriu ainda que a presidente se reunisse com os presidentes do Senado, da Câmara e do Supremo Tribunal Federal para buscar soluções para a crise e afirmou que Temer participaria de bom grado desta conversa.
'Factoide'.  O deputado Orlando  Silva (PC do B-SP), um dos vice-líderes do governo na Câmara, classificou a proposta de Raupp como "factoide" do PMDB. 
"Isso é um factoide político para tirar o Temer do alvo. O vice-presidente se expôs muito ao comandar o desembarque do PMDB do governo, o que não se realizou".