domingo, 26 de fevereiro de 2023

WAACK: Ficou para trás uma ordem internacional que durou uns 70 anos


 Faz um ano que o mundo no qual vamos viver está sendo decidido em campos de batalha na Ucrânia. Faz um ano que a Rússia, com o apoio tácito da China, iniciou uma brutal agressão a um vizinho, a Ucrânia, cujo direito de existir ela não respeita.

Ficou para trás uma ordem internacional que durou uns 70 anos. A tal ordem liberal, baseada em respeito a regras e, em boa medida, em organizações multilaterais.

A nova ordem depende de como vai evoluir um conflito que tem contornos bem claros. Entre autocracias e regimes autoritários, como Rússia e China; e regimes de sociedades abertas lideradas sobretudo pelos Estados Unidos, mas com forte participação da Europa.

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Para o Brasil, é uma delicada e difícil situação. Antes mesmo da guerra da Ucrânia, já piorava a tensão entre as duas superpotências, a China e os Estados Unidos, que são nossos principais parceiros em comércio, por exemplo.

O espaço para permanecer equidistante destes dois gigantes reduziu-se muito. Nesse sentido, o conflito na Ucrânia é visto igualmente por Rússia e China, de um lado, e aliança ocidental, de outro, como um conflito existencial.

Sem dúvida é um grande conflito geopolítico, o mais importante da atualidade. Mas quem disse que valores de sociedades – democracia contra autoritarismo, por exemplo – não são parte de conflitos geopolíticos?

Luta-se por eles, também. É o que está acontecendo agora, nos campos de batalha na Ucrânia.

SAIBA MAIS EM: https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/waack-ficou-para-tras-uma-ordem-internacional-que-durou-uns-70-anos/

 

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2023

GUERRA NA UCRÂNIA, ONU APROVA RETIRADA DAS TROPAS RUSSAS


 ONU aprova resolução por retirada de tropas russas da Ucrânia com apoio do Brasil

Representação brasileira foi a única dos países do Brics a não se abster ou votar contra  

UM ANO DE CONFLITO

Rússia diz que analisa iniciativas de paz na Ucrânia formuladas pelo Brasil

 ONU aprova resolução com trecho proposto pelo Brasil

País apresentou uma resolução com tom menos acusatório contra a Rússia para tentar conseguir mais votos do que nas outras resoluções sobre guerras

A Assembleia-Geral da ONU (Organização para as Nações Unidas) aprovou, nesta quinta-feira (23), uma resolução de pede a retirada das tropas russas da Ucrânia.

Por 141 votos a favor, 7 contrários e 33 abstenções, o texto traz recomendação do Brasil pela “cessação de hostilidades” entre Rússia e Ucrânia.

A CNN teve acesso ao texto na íntegra em que, por sugestão dos brasileiros, países-membros “reiteram suas demandas para que a Rússia imediatamente, completamente e incondicionalmente retire todas as suas forças militares do território ucraniano dentro das fronteiras reconhecidas internacionalmente e apela a uma cessação de hostilidades”.

A adesão da Ucrânia ao termo já havia sido adiantada pela CNN na última terça-feira (21) e confirmada por fontes do Itamaraty nesta quinta-feira (23) antes do resultado.

A aprovação do documento ocorre um dia antes da guerra completar um ano.

Para o Brasil, o contexto importa já que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu sinal verde do Kremlin para seguir com a intenção de liderar esforços para acabar com a guerra.                                    SAIBA MAIS EM:                                      https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2023/02/onu-aprova-resolucao-por-cessar-fogo-na-guerra-da-ucrania-com-apoio-do-brasil.shtml E https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/onu-aprova-resolucao-com-trecho-proposto-pelo-brasil/

terça-feira, 21 de fevereiro de 2023

SINAIS DE FALÊNCIA

 

                   Por José Casado                                              A economia do crime floresce no vácuo do Estado na Amazônia VEJA 

Se o problema de Brasília é o tráfico de influência, o da Amazônia é a influência do tráfico de drogas, de terras, de madeira, de animais e de minerais — ouro, diamante, cassiterita, urânio e manganês, entre outros. E isso só é possível com respaldo político em Brasília, naturalmente. Rodrigo Londoño-Echeverri é o nome no registro de nascimento. Fosse um país, a Amazônia seria o sexto maior em extensão. Ela o questiona o que ele foi fazer lá, e ele diz que foi saber notícias dela. Abrange mais da metade (59%) do território nacional e abriga treze de cada 100 brasileiros entre margens de 25 000 quilômetros de rios navegáveis. Atravessou os últimos 46 anos como Timochenko, seu codinome na guerrilha de extrema esquerda que devastou a vida colombiana durante cinco décadas — de 1964 até 2016, quando as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia-Exército do Povo (FARC-EP) negociaram um acordo de paz com o governo, entregaram as armas e se desmobilizaram.  pedaço semi-habitado do planeta, com menos de seis pessoas por quilômetro quadrado, a economia do crime floresce sobre ruínas de uma rede institucional preservada em condições precárias desde a Colônia, cujo objetivo é guarnecer a soberania do Brasil na maior parte (60%) da floresta compartilhada com meia dúzia de países vizinhos. É um outro grave erro da instituição achar que a luz poderá ser substituída pela escuridão.

Um retrato da ameaça de falência do Estado brasileiro está na violência impulsionada pela economia do crime, que progressivamente condiciona a vida e desagrega a gestão política na região. Último chefe das FARC-EP, Timochenko encarou ontem algumas das vítimas da guerrilha comunista na primeira da série de audiências públicas do Juizado Especial para a Paz, em Bogotá..Fosse um país, a Amazônia ocuparia o 26º lugar entre as nações mais violentas na virada do milênio. Nesta segunda década do século XXI, porém, já teria avançado para a quarta posição, atrás de El Salvador, Venezuela e Honduras. Ouviram relatos de um punhado de sobreviventes dos 21 mil sequestros que realizaram. Foi o que constataram os pesquisadores Rodrigo Soares, do Insper, Leila Pereira e Rafael Pucci, da PUC-­Rio."Num to precisâno de nada.Eles reviraram bancos de dados governamentais (Datasus) e do Instituto de Métricas e Avaliação em Saúde, consórcio da Universidade de Washington com a Fundação Bill e Melinda Gates. Reconheceram a responsabilidade em incontáveis crimes de guerra e contra humanidade no rastro de 35.Em outras palavras humildade, transparência e compromisso público e sincero com superação dos erros e promoção de meios, métodos e mecanismos para evitar sua repetição.

A Amazônia está se tornando um território sem lei, num processo de dissolução institucional com alto custo humano. Ali estão 14% dos municípios brasileiros, como o de Altamira, no Pará, maior que onze estados ou países como Dinamarca, Holanda e Bélgica.197 vítimas em cinco décadas de guerra civil colombiana, segundo a contagem oficial. Nem de ninguém", corta Juma. Quatro deles (do total de 775) começaram esta década se destacando entre as dez áreas mais violentas do país.Na lista nacional dos 100 municípios onde mais se mata, 23 também são amazônicos, segundo a pesquisa concluída no último dezembro. Pagava-se um prêmio de US$ 5 milhões (cerca de R$ 20 milhões) pela cabeça de Timochenko. “” É notável que esses campeões da violência na Amazônia sejam municípios pequenos, com menos de 100 000 habitantes..

Eles concentraram 12 160 mortes violentas em duas décadas, entre 1999 e 2019.Continua após a publicidade “Estamos aqui para assumir nossa responsabilidade individual e coletiva diante dos crimes mais abomináveis ​​cometidos por nossa organização como resultado de uma política em que nossa luta foi inspirada e que levou a crimes contra a humanidade e crimes de guerra” — disse o antigo chefe das FARC-EP aos sobreviventes. Isso equivale a um terço do total de vítimas deixadas pela guerrilha comunista (Farc-EP) em cinco décadas de guerra civil na Colômbia, segundo a contagem oficial. Continua após a publicidade Representa, também, quase o dobro das mortes no conflito permanente entre israelenses e palestinos, na Faixa de Gaza — indica a contabilidade das Nações Unidas consultada por Soares, Pereira e Pucci.“Eu gostaria de poder dizer: ‘Eu não pedi isso, eu pedi aquilo’, porque eu não teria pedido e não posso acreditar que nossos comandantes tenham ordenado e permitido isso. José Lucas, nesse momento, defende o irmão: "O pior é que fica. Sete de cada dez homicídios nesses pequenos municípios amazônicos tiveram relação com atividades como narcotráfico, caça, pesca e desmatamento ilegais, grilagem de terras e contrabando de minerais. Negócios do tráfico e dos crimes ambientais fluem pelos mesmos canais financeiros e políticos. E nunca medimos isso.

E é no Pará que a economia do crime avança mais rápido. Ele só num qué dá o braço a torcê". Em duas décadas, o estado duplicou (para 40%) a sua participação no total de homicídios na Amazônia. Não vimos o ser humano. Nos anos 90 do século passado, as fronteiras brasileiras com Bolívia, Peru e Colômbia, principais produtores mundiais de cocaína, se tornaram veias abertas para o fluxo ilegal de drogas, madeiras e minérios para Estados Unidos, Europa e África. De país de trânsito, o Brasil passou a um dos maiores mercados consumidores de drogas. Eu, pessoalmente, não consigo encontrar uma explicação de como nos degradamos tanto na guerra, e como a dinâmica da guerra nos degradou a ponto de dar tal tratamento [às vítimas]..Novas multinacionais brasileiras nasceram na proteção de rotas de tráfico e de contrabando.

Ascendem em parcerias com os cartéis do México, da Colômbia, do Peru e da Bolívia na produção na floresta e na distribuição, via portos e aeroportos de Manaus, Fortaleza e São Luís.” – Até o ano passado, as FARC-EP eram classificadas pelos Estados Unidos como uma organização terrorista. As três principais máfias nacionais guerreiam pelo domínio do espaço amazônico. Juma afirma que José Lucas é um homem bom, mas avisa para ele não se meter nessa situação. É de Manaus o único grupo (FDN) com efetivos e finanças suficientes para competir com as máfias de São Paulo (PCC) e do Rio (CV)./Reprodução “Assumo aqui a responsabilidade por ter apoiado essa política e por ter concordado com o sequestro como forma de financiamento [da guerrilha].Trata-se de uma indústria capitalista, assentada em redes de interesses locais, mas hierarquizada e conectada ao mercado financeiro, responsável pelo ciclo da lavagem, a legalização, dos lucros. É um bem-sucedido projeto empresarial latino-americano, cujos dinamismo e lucratividade crescem no vácuo do Estado. Eu me pergunto: como assim? Quatorze anos, treze anos, doze anos, dez anos, um ano… É muito tempo, um tempo muito longo..

No lado brasileiro, a prevalência do “liberou geral” sob Jair Bolsonaro evidencia riscos de anarquia institucional, ou anomia, pelas sucessivas demonstrações de incapacidade estatal de assegurar lei, ordem e controle sobre mais da metade do território. A economia do crime na Amazônia se tornou relevante demais para ficar à margem do debate eleitoral. Jamais vamos sentir o que você sentem, mas isso aqui nos dá a possibilidade de entendê-los e de perceber a gravidade do delito que cometemos. Os textos dos colunistas não refletem, necessariamente, a opinião de VEJA Publicado em VEJA de 29 de junho de 2022.

SAIBA MAIS EM: https://headtopics.com/br/sinais-de-fal-ncia-jose-casado-27501806 E https://veja.abril.com.br/coluna/jose-casado/sinais-de-falencia/  


EUA E EUROPA NÃO QUEREM DESTRUIR A RÚSSIA

 

Biden rebate Putin e diz que ‘EUA e Europa não querem destruir Rússia’

Presidente americano discurso na Polônia, um dia após visita surpresa a Kiev

Disse que o Ocidente não quer tomar controle da Rússia.

“Nesta noite, falo mais uma vez ao povo da Rússia. Os Estados Unidos e as nações da Europa não querem tomar controle ou destruir a Rússia”, disse Biden em discurso em Varsóvia, na Polônia. “O Ocidente não planeja atacar a Rússia, como Putin disse hoje”.

Biden então acrescentou que “essa guerra nunca foi uma necessidade. É uma tragédia.  O presidente Putin escolheu essa guerra”.

 ‘Guerra de conquista de Putin está fracassando’, diz Biden em Kiev

À Assembleia Federal russa, Putin afirmou que não teve escolha, a não ser atacar a Ucrânia, já que, segundo ele, o Ocidente estaria se preparando para transformar a Ucrânia em uma base com armas para atacar a Rússia. Durante sua fala à elite militar e política do país, o líder russo também criticou nominalmente os Estados Unidos e um “projeto anti-russo” de Washington.                                                     SAIBA MAIS EM: https://veja.abril.com.br/mundo/biden-rebate-putin-e-diz-que-eua-e-europa-nao-querem-destruir-russia/

BANCO CENTRAL E LULA

 


Charge de Amarildo em A GAZETA/ES

Assessores apostam que Lula não recuará da pressão sobre o Banco Central

Presidente só baixará a guarda se a autoridade monetária reduzir a taxa básica de juros, cujo nível atual, segundo o petista, estrangula o capital produtivo

Faltam votos ao PT para convocar Roberto Campos Neto à Câmara

O PT deve seguir fritando Roberto Campos Neto, mas a convocação do presidente do Banco Central ainda não tem votos para ser aprovada na Câmara. O requerimento de convocação, apresentado pelo deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), não é consenso nem mesmo dentro do partido. Siglas da base governista também não endossam ideia, já que o próprio Campos Neto se dispôs a ir à Casa explicar o que quiserem.

Árdua missão

Para ser convocado, o requerimento precisa de aprovação da maioria dos deputados, o que dificilmente será conseguido pelo PT.

Tô fora

PSD, União Brasil e MDB, que de forma capenga ainda dão algum apoio ao governo na Câmara, pularam fora e sinalizaram rejeitar a convocação.

Falta apoio

A convocação também desagrada o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), tido como “pai” do projeto que garante a autonomia do BC.

SAIBA MAIS EM: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/faltam-votos-ao-pt-para-convocar-roberto-campos-neto-a-camara

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2023

“SAÍMOS DE CIMA DO MURO”

 

O Chefe do Itamaraty afirma que hoje o país defende a Ucrânia no conflito com a Rússia.

Em sua segunda passagem pela Esplanada dos Ministérios, o chanceler Mauro Vieira, 71 anos, está debruçado sobre uma agenda repleta de viagens que julga essenciais à tarefa de reinstalar o Brasil no  tabuleiro geopolítico. O périplo começou ao lado de Lula em viagem cercada de polêmicas à Argentina e segue nos Estados Unidos, a partir desta sexta-feira, 10, onde a ideia é refazer “laços esgarçados” com o governo Joe Biden. Conhecido pelo temperamento apaziguador, ele chegou a ser criticado por alas do PT depois de, tendo ocupado a pasta na gestão Dilma...

“A visita aos EUA é para restabelecer laços esgarçados na gestão anterior. Lula e Biden ainda devem falar sobre investimentos americanos no Brasil e caminhos para a iniciativa brasileira lá”

O que a visita de Lula aos Estados Unidos pode trazer de ganhos concretos para o Brasil? Essa visita é essencialmente política. O objetivo é restabelecer laços que ficaram esgarçados na gestão anterior. Foi um período em que havia um alinhamento automático não exatamente com os Estados Unidos, mas com o então presidente Donald Trump. Quando ele perdeu as eleições, em 2020, o elo deixou de existir...

E sobre a visita à China, prevista para ser a próxima escala, há chances de sair daí o tão alardeado acordo com o Mercosul? Ainda não, isso leva mais tempo. Mas é um primeiro passo. O governo chinês convidou Lula e ele já aceitou. Deve embarcar entre março e abril. Fazendo as contas e olhando a agenda, nos primeiros quatro meses de mandato o presidente terá mantido contato com todos os grandes parceiros brasileiros. É um trabalho de refazer pontes que hoje não estão tão sólidas.

Quais assuntos devem vir à tona na ida a Pequim? Discutirei a agenda em detalhes com o chanceler chinês nesse mês, na reunião do G20, na Índia. Eles são os parceiros comerciais número 1 do Brasil desde 2010, então há muitos interesses em jogo. Como a China ocupa uma posição de destaque na ciência e na tecnologia, essa é uma área que atrai a atenção do Brasil, entre muitas outras. Bolsonaro disparou comentários grosseiros sobre Pequim, criando rusgas que, agora, nos cabe dissolver.

SAIBA MAIS EM: https://veja.abril.com.br/paginas-amarelas/saimos-de-cima-do-muro-diz-novo-chanceler-mauro-vieira/

TRAGÉDIA SOCIAL, 80% DAS FAMÍLIAS ESTÃO ENDIVIDADAS

 

O índice de famílias endividadas subiu no Brasil pelo terceiro mês seguido e, em setembro, chegou a 79,3%, segundo pesquisa divulgada nesta segunda-feira (10/02/23) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A entidade destaca que o número cresceu, mas com menos fôlego. O incremento em relação a agosto foi de 0,3 ponto, o menor desde abril deste ano.

“A melhora progressiva do mercado de trabalho, as políticas de transferência de renda mais robustas e a queda da inflação geral nos últimos meses refletem-se positivamente na renda disponível. Mas o orçamento das famílias de menor renda segue apertado com nível de endividamento alto, bem como os juros elevados, que pioram as despesas financeiras associadas às dívidas em andamento”, destaca a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumido (Peic).

O levantamento traz que 80,3% das famílias que têm renda de até dez salários mínimos estão endividadas. É o maior patamar já registrado na série histórica da Peic, que teve início em 2010, e a primeira vez com a taxa acima dos 80%. Entre agosto e setembro, a contratação de compromissos financeiros dos grupos familiares de menor renda subiu 0,4 p.p.

Já entre as famílias com renda superior a dez salários mínimos, o endividamento se manteve estável, atingindo 75,9% desse público.

Segundo o levantamento, o cartão de crédito é o maior vilão entre os brasileiros. A modalidade de dívida representa mais de 85,6% das contas registradas. Logo em seguida aparecem os carnês, que correspondem a 19,4%.

A Peic considera para o cálculo do endividamento as pessoas que têm contas a vencer, como cheque especial, cartão de crédito, carnês de loja, crédito consignado, empréstimos e financiamentos de carros e imóveis.

A pesquisa da CNC apontou ainda outro recorde negativo para o mês de setembro: 30% dos brasileiros estão inadimplentes, ou seja, com contas atrasadas. Foi a terceira alta seguida no índice, com 0,4. p.p. em relação a agosto.

O levantamento aponta a influência dos juros altos neste cenário. “As taxas de juros nas linhas de crédito para pessoas físicas cresceram 13,5 p.p. em um ano, de acordo com os dados do Banco Central, chegando à média de 53,9%. Por outro lado, a boa notícia é que a proporção dos que afirmam não ter condições de pagar as dívidas já atrasadas e que permanecerão inadimplentes teve ligeira queda entre agosto e setembro (de 10,8% para 10,7%). A redução foi apontada entre as famílias com até 10 SM (de 13% para 12,9%), mas o indicador para esse grupo ainda está 0,7 p.p. acima da proporção registrada em setembro do ano passado”, diz a pesquisa.                                                                                            SAIBA MAIS: https://www.cnnbrasil.com.br/business/endividamento-atinge-80-das-familias-mais-pobres-em-setembro-um-recorde-diz-cnc/