quinta-feira, 4 de setembro de 2025

JULGAMENTO DE BOLSONARO E MAIS SETE E PROJETO DE ANISTIA. MUITA TURBULÊNCIA PELA FRENTE. APERTEM OS CINTOS

 

                                                Por THEODIANO BASTOS

Projeto de anistia da oposição torna Bolsonaro elegível para 2026 e salva Eduardo e outros investigados em inquéritos no STF

Ministros da Corte avaliam que perdão a crimes contra a democracia é inconstitucional

 Lula diz que 'batalha' contra a anistia 'tem que ser feita' pelo povo, porque 'extrema direita' tem força no Congresso

PT avisa que Lula vetará projeto de anistia, se aprovado. Recado tem sido repassado a líderes partidários por Lindbergh Farias e vale para qualquer iniciativa sobre o assunto.

Trama golpista em julgamento, diz o PT

O tema está sendo discutido enquanto o Supremo Tribunal Federal (STF) julga o processo do "núcleo crucial" da trama golpista, que tem oito réus, Bolsonaro entre eles. O ex-presidente responde por cinco crimes, cujas penas de prisão, somadas, podem chegar a 43 anos.

Ministros da Corte avaliam que uma proposta do gênero seria considerada inconstitucional, pelo entendimento de que não é possível anistiar crimes contra a democracia. Nesta quinta, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que não há definição sobre o texto e que as discussões com os líderes a favor e contra a anistia ainda estão em andamento. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), articula um projeto alternativo, menos abrangente.

Minuta de projeto permite o ex-presidente disputar eleições em 2026 e garante perdão a partir do início do inquérito das fake News

A oposição na Câmara articula uma minuta de projeto de lei da anistia mais abrangente. O texto, ainda não protocolado oficialmente, torna o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) elegível nas próximas eleições e garante a anistia a partir de 14 de março de 2019 – data de início do inquérito das fakes news no STF (Supremo Tribunal Federal).

A proposta, a qual a CNN teve acesso, garante perdão para cidadãos que estão “ou, eventualmente, possam vir a ser investigados, processados ou condenados” por condutas como: ofensa ou ataque a instituições públicas ou seus integrantes; descrédito ao processo eleitoral ou aos Poderes da República; reforço à polarização política; geração de animosidade na sociedade brasileira; ou situações de natureza assemelhada às anteriores.

·         A previsão valeria, inclusive, para manifestações feitas nas redes sociais. A anistia é prevista ainda para financiadores de atos ou de pessoas que fizeram “qualquer outra forma de contribuição, estímulo ou incentivo”.

·         “A anistia a que se refere esta Lei afasta automaticamente quaisquer efeitos da condenação penal, bem como determina o arquivamento de inquéritos, investigações e processos criminais em curso”, determina a proposta elaborada.

·         Para garantir a retomada dos direitos políticos de Bolsonaro, a proposta afasta "todas as inelegibilidades já declaradas ou que venham a ser declaradas pela Justiça Eleitoral contra os beneficiários" da lei, caso seja sancionada.

·         O ex-presidente está inelegível até 2030 por decisão, em 2023, do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). A Corte Eleitoral considerou Bolsonaro culpado por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação por ter realizado reunião com embaixadores em que criticou o sistema eleitoral brasileiro.

·         Pelo texto articulado, o perdão seria ainda concedido para quem causou danos contra o patrimônio da União e quem atuou em organização criminosa ou associação criminosa. Também livre quem realizou acampamentos na frente de unidades militares e todos aqueles que participaram dos atos de 8 de janeiro de 2023.

·         As sugestões previstas na minuta deverão ser feitas ao relator do projeto da anistia. Em 2024, a relatoria foi do deputado Rodrigo Valadares (União-SE). O projeto está parado desde o fim de outubro do ano passado, mesmo com a pressão de integrantes da oposição.

SAIBA MAIS EM: https://www.cnnbrasil.com.br/politica/texto-da-oposicao-garante-bolsonaro-elegivel-e-anistia-a-partir-de-2019/



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