Por THEODIANO BASTOS
Começou nesta
terça-feira (02/09) o julgamento de oito réus do chamado "núcleo
1", ou "núcleo crucial", de uma tentativa de golpe após as
eleições de 2022, segundo acusação da Procuradoria-Geral da República (PGR). Sentença sai até dia 12/9
Como foi o segundo dia do julgamento do STF sobre
golpe de Estado
Defesas de Jair Bolsonaro e outros três réus foram
ouvidas nesta quarta-feira; na semana que vem, ministros votarão sobre
condenação
Os denunciados foram divididos em cinco
núcleos, de acordo com as diferentes funções que teriam na trama.
O núcleo 1 seria composto pelos principais
articuladores e decisores da tentativa de golpe de Estado.
Essa tentativa teria começado com a campanha contra o
sistema eletrônico de votação e culminado nos ataques às sedes dos Três
Poderes, em Brasília, em 8 de janeiro de
2023. O julgamento dos réus será conduzido pela Primeira Turma do STF, da
qual Moraes faz parte.
Bolsonaro está em prisão
domiciliar desde o início de agosto por determinação de Moraes. O
ministro do STF considerou que o ex-presidente descumpriu medidas cautelares
impostas em julho.
A PGR acusa
Bolsonaro de liderar a organização criminosa que teria articulado a tentativa
de golpe.
Um dos primeiros episódios da suposta trama golpista
é uma reunião de 5 de julho de 2022, véspera da campanha, em que Bolsonaro
teria conclamado seus ministros a disseminar ataques ao sistema eleitoral.
Comandantes das Forças Armadas também estavam presentes no encontro.
Meses depois, segundo a denúncia assinada
pelo procurador-geral Paulo Gonet, Bolsonaro teve conhecimento do chamado
plano "Punhal Verde Amarelo" — que, segundo investigadores, previa o
assassinato de Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e de Alexandre de
Moraes.
Além disso, a acusação diz que Bolsonaro teve
conhecimento e editou a versão final de um decreto golpista organizado pelo
grupo.
E apesar de Bolsonaro não ter participado diretamente
do 8 de janeiro de 2023, quando estava no exterior, Gonet defende que o
resultado "trágico" do acontecimento "não pode ser dissociado
das omissões dolosas" dos personagens denunciados.
Em depoimento ao STF
em junho, o ex-presidente afirmou que chegou a discutir
"possibilidades" de reverter o resultado eleitoral, mas essas
alternativas teriam sido descartadas por não atenderem à Constituição.
Nas alegações finais, a defesa de Bolsonaro
afirmou que não há provas que liguem o ex-presidente a planos para matar
autoridades "e muitos menos aos atos de 8 de janeiro".
SAIBA MAIS EM: https://www.bbc.com/portuguese/articles/clyjge8p7vko
E https://veja.abril.com.br/coluna/maquiavel/ao-vivo-o-segundo-dia-do-julgamento-de-bolsonaro-no-stf-por-golpe/
Nenhum comentário:
Postar um comentário