quarta-feira, 3 de setembro de 2025

BOLSONARO, TRÊS GENERAIS, UM ALMIRANTE E OUTROS, SEGUNDO DIA DE JULGAMENTO

 

                                Por THEODIANO BASTOS

Começou nesta terça-feira (02/09) o julgamento de oito réus do chamado "núcleo 1", ou "núcleo crucial", de uma tentativa de golpe após as eleições de 2022, segundo acusação da Procuradoria-Geral da República (PGR). Sentença sai até dia 12/9

Como foi o segundo dia do julgamento do STF sobre golpe de Estado

Defesas de Jair Bolsonaro e outros três réus foram ouvidas nesta quarta-feira; na semana que vem, ministros votarão sobre condenação

Os denunciados foram divididos em cinco núcleos, de acordo com as diferentes funções que teriam na trama.

O núcleo 1 seria composto pelos principais articuladores e decisores da tentativa de golpe de Estado.

Essa tentativa teria começado com a campanha contra o sistema eletrônico de votação e culminado nos ataques às sedes dos Três Poderes, em Brasília, em 8 de janeiro de 2023. O julgamento dos réus será conduzido pela Primeira Turma do STF, da qual Moraes faz parte.

Bolsonaro está em prisão domiciliar desde o início de agosto por determinação de Moraes. O ministro do STF considerou que o ex-presidente descumpriu medidas cautelares impostas em julho.

A PGR acusa Bolsonaro de liderar a organização criminosa que teria articulado a tentativa de golpe.

Um dos primeiros episódios da suposta trama golpista é uma reunião de 5 de julho de 2022, véspera da campanha, em que Bolsonaro teria conclamado seus ministros a disseminar ataques ao sistema eleitoral. Comandantes das Forças Armadas também estavam presentes no encontro.

Meses depois, segundo a denúncia assinada pelo procurador-geral Paulo Gonet, Bolsonaro teve conhecimento do chamado plano "Punhal Verde Amarelo" — que, segundo investigadores, previa o assassinato de Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e de Alexandre de Moraes.

Além disso, a acusação diz que Bolsonaro teve conhecimento e editou a versão final de um decreto golpista organizado pelo grupo.

E apesar de Bolsonaro não ter participado diretamente do 8 de janeiro de 2023, quando estava no exterior, Gonet defende que o resultado "trágico" do acontecimento "não pode ser dissociado das omissões dolosas" dos personagens denunciados.

Em depoimento ao STF em junho, o ex-presidente afirmou que chegou a discutir "possibilidades" de reverter o resultado eleitoral, mas essas alternativas teriam sido descartadas por não atenderem à Constituição.

Nas alegações finais, a defesa de Bolsonaro afirmou que não há provas que liguem o ex-presidente a planos para matar autoridades "e muitos menos aos atos de 8 de janeiro".

SAIBA MAIS EM: https://www.bbc.com/portuguese/articles/clyjge8p7vko E https://veja.abril.com.br/coluna/maquiavel/ao-vivo-o-segundo-dia-do-julgamento-de-bolsonaro-no-stf-por-golpe/

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