sábado, 8 de abril de 2023

NAMORIDO NO LUGAR DE NOIVADO E CASAMENTO

 


              Por THEODIANO BASTOS

Namorido refere-se a um tipo de relação em que o casal, após um breve período de namoro, passa a morar junto, sem que a união necessariamente seja ou venha a ser formalizada.

O "namorido" parece ser uma modalidade de relacionamento resultante do individualismo exacerbado das sociedades contemporâneas em que os vínculos afetivos são mais fluidos e maleáveis. Nele, os indivíduos buscam uma satisfação pessoal instantânea nos relacionamentos amorosos, dispensando, assim, um tempo maior para o conhecimento mútuo. Além disso, não se faz necessário que o casal participe, dê satisfações ou mesmo conheça os familiares do/a parceiro/a e não há compromisso com a durabilidade, nem com a geração de descendentes. Apesar disso, em muitos aspectos o "namorido" se assemelha aos casamentos contemporâneos e, para as pessoas envolvidas neste tipo de relação, o fato de ela não ser oficializada não faz com que a união entre os cônjuges seja menos comprometida.

Walcyr Carrasco publica na última VEJA artigo QUEM É QUEM COM QUEM?

“Num mundo de palavras voláteis, ficou difícil definir as relações. HOUVE UMA ÉPOCA em que as pessoas namoravam. Depois, um dia, a moça esticava o dedo e, numa festa, recebia o anel de noivado. Pronto estava noiva. Um passo para o altar. Depois, vinha o casamento. Mães e sogras rezavam, acendiam velas e até ofereciam galinhas gordas nas encruzilhadas para nem a mínima ideia de divórcio tocasse a porta daquele lar. Hoje, eu não sei mais nada. Ou tudo. Chamar alguém de namorado ou namorada pode não querer dizer nada. Os pombinhos moram juntos, como um casal sacramentado. Também cada um pode ter seu próprio canto, até em outra cidade. Mas ele orgulhosamente a apresenta como “minha mulher”.

A mulher que não era casada, mas vivia com um homem, era “amásia”, “concubina”. Um jeito horrível de dizer “estamos juntos”. Ter um “relacionamento”. O que é isso, de fato? Já ouvi uma amiga dizer “estamos casados” após três encontros amorosos. Encontrei uma conhecida que não via há muitos anos, com dois filhinhos, acompanhada por dois rapazes. Todos se chamavam de “amor”, e eu não estava entendo mais nada. Ela desatou o nó: “cada filho é de cada um. Somos um trisal”. Viviam todos juntos e felizes, sem ciúmes. É um tipo de relacionamento que sempre houve, mas se escondia.  SAIBA MAIS EM: https://www.scielo.br/j/pc/a/87yPJHBFKrpjgJPrSZ5F58t/?lang=pt#:~:text=O%20termo%2C%20muito%20empregado%20na,ou%20venha%20a%20ser%20formalizada.

 

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