quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

IDOSOS, COMO A FAMÍLIA PODE AJUDAR NESTE MOMENTO

Sequelas psíquicas da pandemia serão dramáticas, diz psicanalista da USP                                                    https://www.youtube.com/watch?v=Au0yjJhJcb0

IDOSOS, Como a família pode ajudar neste momento?

É só não esquecer deles, mantê-los conectados a distância, demonstrar afeto, colocá-los em contato com os jovens, conversar amenidades, entretê-los de forma empática e criativa, combater a solidão e o desamparo.”

Quais são os principais sintomas psicológicos que podem aparecer em momentos como esse de pandemia e quarentena que estamos vivendo?

Os sintomas psicológicos estarão relacionados com as fases da epidemia. A primeira fase é caracterizada por uma mudança radical de estilo de vida. A primeira reação é a do medo de ser contaminado pelo vírus invisível que se aproxima. As dificuldades começam a surgir com a necessidade da redução e distanciamento do contato físico. Para nós latinos não é nada fácil deixar de se abraçar e de se tocar. É difícil mudar comportamentos, mas precisamos nos policiar para evitar os abraços e beijinhos. A primeira reação é de estresse agudo relacionado com a pandemia que ocasiona uma circunstância súbita e inesperada. O foco de apreensão é o medo de ser contaminado, o que não difere muito de situações traumáticas como um desabamento ou terremoto. A epidemia é, portanto, um forte fator de estresse que, por sua vez, é fator causal de desequilíbrios neurofisiológicos. Os profissionais de saúde são os mais vulneráveis pelo maior risco de contaminação. A persistência e o prolongamento destes desequilíbrios hormonais, inflamatórios e neuroquímicos podem desencadear um transtorno mental mais grave. A segunda fase da epidemia está relacionada com o confinamento compulsório, que exige uma forçada mudança de rotina. Nesta fase, são comuns as manifestações de desamparo, tédio e raiva pela perda da liberdade. É uma reação de ajustamento situacional caracterizado por ansiedade, irritabilidade, e desconforto em relação à nova realidade. Estas reações são esperadas e preocupam do ponto de vista da saúde mental quando passam a afetar a funcionalidade do indivíduo. A terceira fase está relacionada com as possíveis perdas econômicas e afetivas decorrentes da epidemia. As pessoas confinadas terão perdas econômicas importantes. As pessoas que forem internadas vão passar por uma experiência traumática principalmente aqueles que exigem intubação e tratamento intensivo. Elas têm uma experiência próxima da morte, sendo as sequelas mais importantes a depressão e risco de suicídio e o desenvolvimento posterior do estresse pós-traumático.

É só não esquecer deles, mantê-los conectados a distância, demonstrar afeto, colocá-los em contato com os jovens, conversar amenidades, entretê-los de forma empática e criativa, combater a solidão e o desamparo.”

https://www.unifesp.br/reitoria/dci/noticias-anteriores-dci/item/4395-quais-os-principais-efeitos-da-pandemia-na-saude-mental#:~:text=Nesta%20fase%2C%20s%C3%A3o%20comuns%20as,em%20rela%C3%A7%C3%A3o%20%C3%A0%20nova%20realidade.

 

 

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