Em 08 de agosto de 2020 o Brasil chega a triste marca de 100.543 mortes, com 3.013.369 infectados e 2.094.293 recuperados.
Mandetta sobre 100 mil mortes: “Fator Bolsonaro foi preponderante”
Demitido em meados de abril do Ministério da Saúde,
em plena ascensão da pandemia do coronavírus no país, Luiz
Henrique Mandetta avaliou que a postura do presidente Jair
Bolsonaro (sem partido), contrária a medidas inicialmente indicadas pelo
Ministério da Saúde, e as interferências feitas por ele na pasta foram fatores
que levaram o país a tirar de foco o distanciamento social e chegar a cerca de
100 mil mortes pela Covid-19. A informação é do jornal Folha de S.Paulo.
“Houve uma série de fatores, mas o fator presidente foi preponderante. Ele deu
argumento para as pessoas não ficarem em casa. Ele deu esse exemplo e serviu de
passaporte para as pessoas aderirem politicamente a essa ideia”, disse o
ex-ministro. https://www.metropoles.com/brasil/mandetta-sobre-100-mil-mortes-fator-bolsonaro-foi-preponderante
Três meses depois de ser demitido
como ministro da Saúde, o pior temor de Luiz Henrique Mandetta está se tornando realidade.
Na terça-feira, o Brasil registrou quase 68 mil novos casos de Covid-19, um
recorde que eclipsa o anterior em mais de 20% e rivaliza com números vistos nos
Estados Unidos, cuja população é 50% maior.
Mandetta, que pressionou para que o país fizesse quarentena logo no início da pandemia,
foi demitido em meados de abril, depois de entrar em desacordo publicamente com
o presidente Jair Bolsonaro. Em entrevista na terça-feira, o médico de 55 anos
criticou a condução da crise no país e disse que é apenas questão de semanas
antes que as mortes ultrapassem 100 mil.
“A gente está vivendo uma baderna cientifica porque
ninguém mais tem credibilidade para vir a público e falar o que fazer no
Brasil”, disse Mandetta em entrevista do Mato Grosso do Sul, seu estado natal.
“O Ministério da Saúde e o governo federal saíram do assunto.”
O país está sem ministro titular da Saúde desde 15 de
maio, quando Nelson
Teich, substituto de Mandetta, se recusou a liberar o uso da
cloroquina e renunciou depois de apenas 29 dias no cargo. O general Eduardo Pazuello, que comanda
interinamente o ministério, não tem experiência na área médica.
O coronavírus matou 82.771 pessoas no Brasil, que tem 2,23
milhões de infectados. Os casos ativos somam cerca de 613 mil. Embora o
Ministério da Saúde não tenha comentado sobre o aumento de terça-feira, há
indícios de que o recorde pode ser em parte consequência de problemas no
sistema que computa os casos. O estado de São Paulo afirmou na quarta-feira que
havia tido dificuldades em inserir os dados devido à instabilidade técnica nos
sistemas do ministério, segundo o G1.
Procurada por e-mail, a assessoria de imprensa da
presidência não quis fazer comentários para esta matéria.
Cloroquina e Bolsonaro
A determinação do presidente de usar a cloroquina se
tornou ainda mais evidente depois que ele próprio foi diagnosticado com o vírus
em 7 de julho. Bolsonaro tem dito repetidamente que sente bem e até tomou o
polêmico medicamento contra a malária durante uma live no Facebook. Um terceiro
teste nesta semana mostrou que o presidente continua infectado.
Desde o início da pandemia, Bolsonaro vem criticando as
quarentenas, insistindo na reabertura das atividades – e ele tem suas razões.
Antes da pandemia, a economia ainda tentava se recuperar após a forte recessão.
Em 2019, o país registrou o quarto ano consecutivo de desemprego acima de 10%.
E, com tantos brasileiros na economia informal, mesmo as quarentenas
irregulares adotadas por alguns governadores e prefeitos não conseguiram conter
totalmente a propagação coronavírus.
Ainda assim, Mandetta e a comunidade global de saúde dizem
que Bolsonaro poderia ter feito muito mais para minimizar o impacto da epidemia
e salvar vidas.
“Quando veem o chefe da nação dizer na TV que usar máscara
é uma bobagem, as pessoas acham que realmente não existe problema nenhum e você
fratura a coesão que a sociedade precisa ter para enfrentar uma pandemia como
esta”, disse Mandetta. “As pessoas se utilizam disso quase como um álibi
macabro.”
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100.543 MORTES: FATOR BOLSONARO FOI PREPONDERANTE
Bolsonaro: “Vamos tocar a vida” Ao lado do ministro interino da Saúde, general Eduardo
Pazuello, o presidente disse que era preciso "tocar a vida", apesar
das vítimas. "A gente lamenta todas as mortes, está chegando a 100 mil,
vamos tocar a vida e buscar uma maneira de se safar desse problema",
afirmou.... - Veja mais em https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2020/08/08/brasil-ultrapassa-100-mil-mortos-bolsonaro-destaca-recuperados.htm?cmpid=copiaecola
Audie Lorenval Fioramonte, pelo Face:
ResponderExcluirÉ FATO que se ele não jogasse contra desde o começo boicotando o isolamento social, a quarentena, o uso de máscaras, e todas as demais recomendações da Ciência e da Medicina, muitos poderiam estar vivos e muitas famílias poderiam ter sido poupadas. JÁ ENTROU PARA HISTÓRIA, COM CERTEZA, COMO O MAIOR GENOCIDA DE BRASILEIROS DE TODOS OS TEMPOS.