A voz não é do porteiro
O
porteiro de Jair Bolsonaro mentiu.
“Laudo
da Polícia Civil obtido por O Globo concluiu que a voz do porteiro que liberou
a entrada do ex-PM Élcio Queiroz no condomínio Vivendas da Barra, no dia do
assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, não é a
do funcionário que mencionou o presidente Jair Bolsonaro aos investigadores da
Delegacia de Homicídios (…).
Treze celulares foram encontrados com o capitão Adriano e a PF descobrirá tudo, vai ser uma bomba!
Treze celulares foram encontrados com o capitão Adriano e a PF descobrirá tudo, vai ser uma bomba!
“Memórias de Adriano”
A Folha de S. Paulo, em editorial,
evocando as “Memórias de Adriano”, comentou a morte do miliciano:
“Em 2019, investigações do Ministério
Público do Rio revelaram conexões entre o miliciano e o senador Flávio
Bolsonaro quando este era deputado estadual.
Adriano mantinha a mãe e a mulher no
gabinete do filho do presidente. Contas controladas por ele destinaram grana a
Fabrício Queiroz (…).
Há mais fatos estranhos. Flávio
homenageou o ex-capitão na Assembleia do Rio com moção de louvor e medalha. Até
Jair Bolsonaro fez um discurso em sua defesa quando era deputado federal.
Diante de tudo isso parece óbvio que,
preso, Adriano poderia ajudar a esclarecer as atividades das milícias e suas
ramificações. Não é à toa, portanto, que suspeita-se de uma possível ‘queima de
arquivo’. Pela versão oficial, o foragido resistiu à bala e foi morto em
confronto.
A dúvida é se o fato de o ex-capitão
estar isolado em área rural não favoreceria uma atuação mais cautelosa da PM,
de modo a preservar a sua vida – e os relatos que poderia oferecer à Justiça.”
O silêncio
Jair Bolsonaro e seu filho Flávio até
agora não se pronunciaram sobre a morte do miliciano Adriano da Nóbrega.
José Casado comentou:
“Escolheram o silêncio, estranharam
amigos de ambos na Polícia Militar do Rio. Até há pouco não perdiam chance de
louvá-lo: um ‘brilhante oficial’, nas palavras do patriarca Jair, ou, um homem
de ‘excepcional comportamento’, na definição do primogênito Flávio (…).
Estavam numa cruzada por alguma forma
de legitimação das milícias. No plenário da Assembleia, o deputado Flávio
argumentava: ‘Será que um vagabundo sendo preso poderá se recuperar? Temos de
deixar de ser hipócritas! Não há recuperação mesmo’. E justificava o avanço
desses grupos à margem da lei: ‘Não podemos generalizar, dizendo que esses
policiais, que estão tomando conta de algumas comunidades, estão vindo para o
lado do mal. Não estão'”. https://www.oantagonista.com/brasil/
11/02/20
Silêncio de
Bolsonaro sobre miliciano é erro primário
Josias de Souza Colunista do UOL 11/02/2020 00h50 No seu primeiro encontro com
os repórteres depois da morte do miliciano Adriano Magalhães da Nóbrega, Jair
Bolsonaro se recusou a dar entrevista. Foi um erro primário. Num país que
cultiva a pretensão de se ser civilizado, a civilização é tudo o que sobra para
ser desenterrado dez mil anos depois. Num futuro remoto, quando os arqueólogos
desencavarem as antiguidades de Brasília, encontrarão escondidos nos
subterrâneos do Planalto vestígios de uma anomalia: um presidente frequentava o
noticiário na companhia de um miliciano apelidado de Caveira. O que é que nós tínhamos
até a... - Veja mais em
https://noticias.uol.com.br/colunas/josias-de-souza/2020/02/11/silencio-de-bolsonaro-sobre-miliciano-e-erro-primario.htm?cmpid=copiaecola
ResponderExcluirHeitor Carvalho
É, tempestade tropical com possibilidades de virar furacão!
HGCarvalho