terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

TEMPESTADE À VISTA, CASO DO CAPITÃO ADRIANO DA NÓBREGA


A voz não é do porteiro

O porteiro de Jair Bolsonaro mentiu.
“Laudo da Polícia Civil obtido por O Globo concluiu que a voz do porteiro que liberou a entrada do ex-PM Élcio Queiroz no condomínio Vivendas da Barra, no dia do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, não é a do funcionário que mencionou o presidente Jair Bolsonaro aos investigadores da Delegacia de Homicídios (…).

Treze celulares foram encontrados com o capitão Adriano e a PF descobrirá tudo, vai ser uma bomba! 
“Memórias de Adriano”
Parte inferior do formulário
A Folha de S. Paulo, em editorial, evocando as “Memórias de Adriano”, comentou a morte do miliciano:
“Em 2019, investigações do Ministério Público do Rio revelaram conexões entre o miliciano e o senador Flávio Bolsonaro quando este era deputado estadual.
Adriano mantinha a mãe e a mulher no gabinete do filho do presidente. Contas controladas por ele destinaram grana a Fabrício Queiroz (…).
Há mais fatos estranhos. Flávio homenageou o ex-capitão na Assembleia do Rio com moção de louvor e medalha. Até Jair Bolsonaro fez um discurso em sua defesa quando era deputado federal.
Diante de tudo isso parece óbvio que, preso, Adriano poderia ajudar a esclarecer as atividades das milícias e suas ramificações. Não é à toa, portanto, que suspeita-se de uma possível ‘queima de arquivo’. Pela versão oficial, o foragido resistiu à bala e foi morto em confronto.
A dúvida é se o fato de o ex-capitão estar isolado em área rural não favoreceria uma atuação mais cautelosa da PM, de modo a preservar a sua vida – e os relatos que poderia oferecer à Justiça.”
O silêncio
Jair Bolsonaro e seu filho Flávio até agora não se pronunciaram sobre a morte do miliciano Adriano da Nóbrega.
José Casado comentou:
“Escolheram o silêncio, estranharam amigos de ambos na Polícia Militar do Rio. Até há pouco não perdiam chance de louvá-lo: um ‘brilhante oficial’, nas palavras do patriarca Jair, ou, um homem de ‘excepcional comportamento’, na definição do primogênito Flávio (…).
Estavam numa cruzada por alguma forma de legitimação das milícias. No plenário da Assembleia, o deputado Flávio argumentava: ‘Será que um vagabundo sendo preso poderá se recuperar? Temos de deixar de ser hipócritas! Não há recuperação mesmo’. E justificava o avanço desses grupos à margem da lei: ‘Não podemos generalizar, dizendo que esses policiais, que estão tomando conta de algumas comunidades, estão vindo para o lado do mal. Não estão'”. https://www.oantagonista.com/brasil/ 11/02/20


Silêncio de Bolsonaro sobre miliciano é erro primário Josias de Souza Colunista do UOL 11/02/2020 00h50 No seu primeiro encontro com os repórteres depois da morte do miliciano Adriano Magalhães da Nóbrega, Jair Bolsonaro se recusou a dar entrevista. Foi um erro primário. Num país que cultiva a pretensão de se ser civilizado, a civilização é tudo o que sobra para ser desenterrado dez mil anos depois. Num futuro remoto, quando os arqueólogos desencavarem as antiguidades de Brasília, encontrarão escondidos nos subterrâneos do Planalto vestígios de uma anomalia: um presidente frequentava o noticiário na companhia de um miliciano apelidado de Caveira. O que é que nós tínhamos até a... - Veja mais em https://noticias.uol.com.br/colunas/josias-de-souza/2020/02/11/silencio-de-bolsonaro-sobre-miliciano-e-erro-primario.htm?cmpid=copiaecola


Um comentário:


  1. Heitor Carvalho

    É, tempestade tropical com possibilidades de virar furacão!
    HGCarvalho


    ResponderExcluir