Bolsonaro: quem indica o diretor-geral da PF
sou eu, não o Moro
"O abalo da relação entre Jair Bolsonaro e Sergio Moro — que
atingiu seu ápice nesta semana com as declarações do presidente de que é ele, e
não o ministro, quem manda na Polícia
Federal — começou a crescer há quase um mês. Mais
precisamente na tarde de 28 de julho, quando Moro foi ao presidente do Supremo
Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, pedir que ele fizesse uma revisão da
decisão em que restringiu o compartilhamento de relatórios do antigo Coaf , hoje Unidade
de Inteligência Financeira (UIF), com os ministérios públicos e a Polícia
Federal. O movimento do ministro irritou o presidente Jair Bolsonaro. Desde que soube do pedido de Moro a Toffoli e a outros ministros do STF, Bolsonaro
decidiu inviabilizar a presença do ministro no governo. Os dois já vinham tendo
alguns desentendimentos desde o início do ano. O pedido foi a gota d’água." Informa o jornal O GLOBO
Presidente afirma que, se não puder
trocar um superintendente regional, pode tirar o chefe da corporação, Mauricio
Valeixo, homem de confiança do ministro
O presidente Jair
Bolsonaro (PSL) indicou a possibilidade de trocar o
diretor-geral da Polícia
Federal (PF) Maurício
Valeixo em mais uma saia-justa para o ministro da Justiça, Sergio
Moro. “Se eu trocar [Valeixo] hoje, qual
é o problema? Está na lei que eu que indico e não o Sergio Moro. E ponto
final”, declarou Bolsonaro em conversa com jornalistas nesta quinta-feira, 22.
Bolsonaro ainda afirmou que foram trocados onze superintendentes da PF e
“ninguém falou nada”, mas quando ele sugeriu uma troca, acusaram-no de
interferência. “Se eu não posso trocar o superintendente, vou trocar o
diretor-geral. Não se discute isso aí”, disse. O presidente ainda reforçou que
o diretor-geral é subordinado a ele e não a Moro.
Maurício Valeixo foi indicado pelo ministro para o cargo dentro da PF e
é um nome de confiança de Moro no órgão. O delegado foi superintendente da
Polícia Federal no Paraná e coordenou a operação de prisão do ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Foi também em sua gestão que foi fechada a
delação de Antônio Palocci com a PF em Curitiba. https://veja.abril.com.br/ 22/08/19
Janaina Paschoal comentou da seguinte maneira a
fritura de Sergio Moro por parte de Jair Bolsonaro:
“Um verdadeiro
militar sabe que hierarquia significa respeitar quem está acima, mas também
implica saber respeitar quem está abaixo.
Quem quer ser respeitado precisa
mostrar que faz jus ao respeito. O Brasil, verdadeiramente, acima de tudo!” O
Antagonista 22/08/19
Alvo
de fritura de Bolsonaro, Moro é aconselhado por aliados a deixar o governo,
O Globo 22/08/19
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