INTERNACIONALIZAR A AMAZÔNIA É O OBJETIVO
Theodiano Bastos
No livro O TRINUNFO
DAS IDÉIAS, de minha autoria, denunciava: A Amazônia será ocupada de algum
modo, por nós ou por outros, não tenhamos dúvidas, e não é uma fantasia ou
coisa de paranóico. Existe uma preocupação recorrente da inteligência militar
com a vulnerabilidade da Amazônia e a crescente presença militar americana em
países que têm fronteira com o Brasil na Amazônia legal. É uma gigantesca
região de 6,4 milhões de km2, que contém a metade da riqueza biológica mundial
e inclui partes de oito países (Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana,
Peru, Suriname e Venezuela). Nada impede que determinados setores da comunidade
internacional, encabeçados pelos Estados Unidos, Inglaterra e outros países do
G-7, por exemplo, comecem por sustentar que a Amazônia é um patrimônio da
humanidade, para, em seguida, intervir, decretar zona de exclusão aérea e
internacionalizar toda a região.
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Tales Faria, no
Informe JB de 25/08/07 em “Solução é entregar a Amazônia a eles?” denuncia a
compra de terras em
vários Estados da Amazônia por estrangeiros, usando como
laranjas ONGs, como a Cool Earth que desde junho está vendendo nacos da
Amazônia pela internet, por meio do site http;//www.coolearth.org/; A Comissão de Amazônia da Câmara, presidida
pelo Dep. Asdrúbal Bentes apurou que que “Atualmente, 29.107 acres de áreas
florestais, cerca de 110 mil km quadrados da Amazônia, já foram vendidos pela
web. Esses territórios representam 65% do total de áreas amazonenses que hoje
estão sendo disponibilizadas por meio do site, sendo que os demais 35% das
terras à venda são oriundas de áreas do Equadror”
O escritor e jornalista Carlos Chagas, citado pelo também
jornalista Gilberto Paim, em artigo publicado no Jornal do Brasil de 20/0703,
pág. A19, publica o artigo “Quem falou em conspiração?”, fala do decreto de
15/11/91 que criou a grande reserva dos índios ianomâmis, na fronteira com a
Venezuela, com área de 94.000 km2 de terras contínuas, maior do que os Estados do Rio de Janeiro, Alagoas, Espírito
Santo e Sergipe, para apenas 10.000 índios que poderiam sobreviver com folga
em 500.000 hectares;
é muita terra para pouco índio. “Como existem ianomâmis no lado venezuelano, que
vive em seu território com 8,3 milhões de hectares (a do território brasileiro
tem 9,4 milhões). A junção das duas áreas fica com 17,7 milhões de hectares,
território rico em cassiterita, ouro, urânio, titânio e outros minerais
estratégicos. Logo criaram no exílio uma hipotética nação ianomâmi, presidido
por cidadão americano do Massachusetts, continua citando Gilberto Paim,
amparado num parlamento de 18 membros, sob a presidência de um alemão e que
faria parte deste governo um índio brasileiro de nome Iacota e o escritório em
Londres e passou a coletar recursos na
Europa para promover a causa indígena, em nome dos ianomâmis, “recém
emancipados”.Até levaram o cacique Davi Ianomâmi na ONU para defender a independência da nação a que
pertence.
O medo ressurge com a criação da reserva Raposa-Serra do
Sol em Roraima em áreas contínuas em região de fronteira, com 1.751.330 hectares
para abrigar apenas 14.719 índios, num Estado que já tem 77% de suas terras
ocupadas por 32 reservas. Só 7 milhões de hectares estão livres no Estado de
Roraima. Inclusive. Até extingue o município de Uiramutã, encravado na reserva,
bem como a retirada do pelotão do Exército existente na área de fronteira,
importante no Projeto Calha Norte e do Plano de Defesa Nacional (PDN). Tudo
isso revoltou toda a população regional e até expressiva maioria dos índios
beneficiados, porquanto a área é rica em ouro, estanho, nióbio, manganês,
cromo, ferro, diamante e potássio. Há um alerta das lideranças do Exército
quanto a isso, inclusive a proposta que submete o Brasil à jurisdição do Tribunal
Penal Internacional (TPI), que permite a punição para qualquer crime contra o
patrimônio da humanidade, incluindo o meio ambiente, no caso a destruição da
floresta amazônica, “pulmão do mundo”.
A biopirataria na Amazônia é a terceira atividade ilegal mais
lucrativa do mundo, calculam em mais de US$ 60 bilhões por anuais. Andiroba,
acerola, copaíba, açaí, cupuaçu, “quebra-pedra”; plantas medicinais e segredos
dos pajés e curandeiros indígenas, tudo está sendo pirateado ou foi registrado
no exterior como patentes ou marcas. O Jornal do Brasil de 28/01/07 publica um
caderno especial sobre a Amazônia e no trabalho assinado por seu editor Augusto
Nunes, diz: ”A Amazônia brasileira é uma demasia de jazidas minerais, pedras
preciosas, madeira de lei, plantas medicinais raríssimas. Ali está a maior
floresta tropical do mundo Os rios do lugar compõem a maior das bacias
fluviais, que concentra 20% da água doce disponível num planeta cada vez mais
sedento mundo” e denuncia que o Brasil
segue encarando com desdém a hipótese de perder o controle sobre a região. “Caso
os brasileiros façam da Amazônia uma ameaça ao meio ambiente nos EUA. Estaremos
prontos para agir”, declara o general americano Patrick Hughes, alerta o citado
trabalho do JB.
Não só George W. Bush, como também seu competidor Al Gore, ex vice-presidente dos EUA disse: “Ao
contrário do que os brasileiros pensam, a Amazônia não é deles, mas de todos
nós”. A ex-Secretária de Estado do governo Bill Clinton também deu sua
contribuição para o aumento da inquietação nacional quanto à perda da soberania
brasileira, ao dizer que: “quando o meio ambiente está em perigo, não existem fronteiras”.
E François Miterrand, quando era presidente da França: “O Brasil deve aceitar a
soberania relativa sobre a Amazônia”. Até o Conselho Mundial das Igrejas
declarou que a Amazônia é “um patrimônio da Humanidade”. Mikhail Gorbachev,
quando liderava a União Soviética; John Major, quando primeiro-ministro
britânico; Warren Cristopher, quando secretário da defesa dos Estados Unidos,
também se pronunciaram considerando a Amazônia território pertencente à
humanidade e propõem a sua internacionalização. A
Amazônia será ocupada de algum modo, por nós ou pelos estrangeiros.