Capitão Assumção é preso
após se apresentar na Corregedoria da PM
Militar da reserva é
acusado de incitar o movimento de greve na corporação
Gazeta Online, 28/02/17
O capitão da reserva Lucinio
Castelo de Assumção se apresentou na manhã desta terça-feira (28), na
Corregedoria da Polícia Militar e está recolhido no Presídio da corporação,
segundo informações da Polícia Militar.
Em nota, a Polícia Militar
comunicou que estará adotando medidas para cumprir a ordem de prisão do quarto
policial militar com mandando de prisão ainda em aberto.
O Capitão Assumção se envolveu em
uma confusão próximo ao 4º Batalhão da PM, no Ibes, em Vila Velha, no momento
em que seria preso, no sábado (24).
Logo após receber voz de prisão,
ele conseguiu fugir.
Sargento
também foi preso nesta terça
O sargento Aurélio Robson Fonseca
da Silva se apresentou voluntariamente nesta segunda-feira (27) à Corregedoria
da PM. Ele está preso no Quartel do Comando Geral da PM, em Maruípe.
A informação foi confirmada pela
Secretaria de Estado da Segurança Pública. O último policial que está com
mandado de prisão em aberto é o soldado Maxsom Luiz da Conceição. De
acordo com o diretor jurídico da Agem, subtenente Ramalho, o soldado está se
deslocando, em viagem, e informou que iria se apresentar no Quartel. Ele não
soube informar onde Robson está.
Neste último domingo (26), o
tenente-coronel Carlos Alberto Foresti foi detido também no Quartel de Maruípe.
A prisão dos quatro policiais militares que, segundo a Sesp, participaram
ativamente do movimento grevista foi decretada na última sexta-feira pelo juiz
da Vara da Auditoria Militar, Getúlio Pereira Neves. Eles respondem a IPMs
(inquérito policial militar).
Victor Abreu, advogado do
sargento Robson, destacou que o militar ficou sabendo através das mídias
sociais e da imprensa que poderia haver um mandado de prisão contra ele. “Ele
se apresentou hoje (segunda-feira) de forma espontânea à Corregedoria, por
volta das 15h”, declarou.
Segundo o advogado, trata-se de
um policial militar com 26 anos de serviço ativo, que está em excepcional
conduta, que possui duas medalhas “Valor Policial Militar” e que trabalhou
todos os dias durante as manifestações de familiares e mulheres de PMs.
Abreu informou que num primeiro
momento, o sargento atuou dentro do cartório do 4º Batalhão e num segundo
momento no policiamento ostensivo em Vila Velha. “Ele não faltou sequer um dia
de trabalho onde estava escalado”, completou. O advogado salienta que ainda não
teve acesso aos autos do inquérito para saber dos fundamentos que basearam a
prisão.
“Quando tivermos acesso, vamos
tomar as medidas cabíveis a fim de restabelecer a liberdade do militar”.
Segundo Abreu, o sargento Robson estranha qualquer acusação de motim. “Ele não
poderia ser um dos cabeças tendo em vista que trabalhou normalmente durante as
manifestações, não postou nem incitou ninguém por rede social ou qualquer
veículo de comunicação, e não esteve presente em nenhum tipo de conclame em
favor do aquartelamento, ou motim, revolta, ou qualquer outro crime militar ou ato
de indisciplina”, sublinhou.
PRISÃO
NESTE DOMINGO
O tenente-coronel Carlos Alberto
Foresti foi detido no Quartel de Maruípe, em Vitória. Ele se apresentou na
tarde deste sábado (25) à policia militar carioca, em Itaperuna, e na manhã
deste domingo (26) foi encaminhado para o Presídio da Polícia Militar do
Espírito Santo, segundo informações da Secretaria de Estado da Segurança
Pública (Sesp).
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Justiça decreta prisão de PMs acusados de incitar movimento grevista
Estão sendo procurados o
tenente-coronel Carlos Alberto Foresti, o Capitão Assumção, o soldado Maxsom
Luiz da Conceição e o sargento Aurélio Robson Fonseca da Silva
Fonte: A
Gazeta - www.gazetaonline.com.br
A prisão
de quatro policiais militares que participaram ativamente do movimento grevista
foi decretada na sexta-feira (24) pelo juiz da Vara da Auditoria Militar
Getúlio Pereira Neves. O pedido de detenção dos PMs foi endossado pelo
Ministério Público Estadual. Três deles não foram localizados na manhã deste
sábado (25) e um quarto resistiu à detenção. Os quatro são considerados
foragidos.
Eles são
acusados de incitar o movimento grevista e de aliciamento de outros policiais,
com a divulgação de áudios e vídeos em redes sociais.
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também
Dentre os
militares está o ex-deputado federal e militar da reserva, Lucinio Castelo de
Assumção, mais conhecido como Capitão Assumção. Ele se envolveu em uma confusão
na manhã deste sábado ao lado do 4º Batalhão, no Ibes, em Vila Velha, no
momento em que seria preso com a presença do coronel Ilton Borges, da
Corregedoria da PM (veja o vídeo abaixo). Logo após receber voz de prisão,
ele conseguiu fugir.
Por nota,
a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) informou que na manhã deste
sábado houve uma tentativa de efetuar a prisão do capitão, mas que “houve
resistência por parte de um dos intimados, que fugiu do local. A PM destaca que
não houve uso de força na ação”, informa o texto.
Ainda
segundo a nota da Sesp, os outros mandados não foram cumpridos porque os
policiais não foram encontrados. Cada um dos citados é considerado foragido da
Justiça.
Outro com
a prisão decretada é o tenente-coronel Carlos Alberto Foresti. No último dia 8
ele teve uma crise nervosa no Centro de Operações da Polícia Militar (Copom),
no Ciodes e foi levado para ao Hospital da Polícia Militar, de onde foi
liberado.
Neste
sábado ele postou em seu perfil em uma rede social que estava em Itaperuna, no
Rio de Janeiro, e que se apresentaria à Polícia Militar carioca. Informou que
foi procurado em sua casa pela manhã. “Mas eu estava tentando repousar em uma
estância para recuperar minha saúde já debilitada e pelo visto não consegui”,
disse.
Também
estão sendo procurados o soldado Maxsom Luiz da Conceição e o sargento Aurélio
Robson Fonseca da Silva, mais conhecido como Sargento Robson. Os dois ocupam os
cargos de presidente e vice-presidente da Associação Geral dos Militares do
Estado do Espírito Santo (Agem).