O Mercado Modelo, uma festa para os olhos, com suas lojas do riquíssimo
artesanato, os restaurantes com as comidas trazidas pelos negros, as sessões de
capoeira, os orixás do sincretismo religioso dos terreiros baianos, onde cada
santo do catolicismo tem um correspondente na Umbanda, onde imperam as “forças
ocultas” trazidas pelos escravos africanos:
Ogum (Santo Antônio no catolicismo) é guerreiro,
dança com uma espada, é o deus do ferro e seu dia da semana é terça-feira, e
sua cor preferida é o azul; já Ogum de Ronda é
Santo Antônio da Barra; Omolu (São Lázaro) é o
deus das doenças e principalmente da bexiga (varíola),
seu dia é segunda-feira, suas cores são o preto e o vermelho; Exu não é propriamente um orixá, mas um mensageiro
entre os homens e os deuses.
É muito temperamental, zanga-se facilmente e gosta de ser muito
agradado, e a quem o agrada ele satisfaz os pedidos, mesmo sendo para o mal, e por
isso identifica-se como sendo satanás e reina nas encruzilhadas; Já Oxum é Nossa Senhora, é a deusa das fontes, da beleza.
É faceira e vaidosa.
Seu dia é quarta-feira e sua cor é o amarelo; Oxossi é São Jorge. Seu dia é quinta-feira e é o deus da caça e
suas cores são o verde e o azul; Logum Edê
corresponde a Santo Expedito e é um orixá bissexual. Seis meses é homem e nos
outros seis é mulher. Seu dia é quinta-feira, e suas cores são o verde e o
amarelo; Doú e Alabar, São Cosme e São Damião, são
protetores dos gêmeos ou mabaços; Oxalá é Nosso
Senhor do Bonfim, o Pai Velho, é o deus da criação, veste-se de branco e seu
dia é sexta-feira;
Xangô é São Jerônimo e é o deus do trovão e do raio, e seu dia é
quarta-feira; Yansan é Santa Bárbara. É a deusa
dos ventos, da tempestade. É sensual, irrequieta e autoritária e seu dia é
quarta-feira, e sua cor é o vermelho; Yemanjá é
Nossa Senhora da Conceição do catolicismo, é a deusa das
águas e a mãe de todos os orixás (santos). Suas cores são o azul, o
branco e o verde e seu dia é o sábado; Oxumaré é
São Bartolomeu, deus do arcoíris, seu dia é terça-feira e suas cores são o
verde e o amarelo; Yara é a divindade das águas
do candomblé dos caboclos; Janaína é Nossa
Senhora das Candeias; Naná é Nossa Senhora Santana; Obaluaê
é São Roque; Egun é o Espírito do Mal; Osanha é São Marco, a deusa que guarda os segredos das
ervas medicinais; Ifá, Espírito Santo; Axé,
força espiritual, ânimo; Bozó ou mandinga, é
feitiço; Obá é uma das três mulheres de Xangô,
as outras são Oxun e Yansan; Pomba-Gira é a
encarnação de Maria Padilha, que foi amante de D. Pedro, o Cruel, de Castela. A
Bahia é uma síntese do Brasil, é um resumo do mundo racial e culturalmente
multicultural e transcultural. Olorum, Oxalá, Ifá quer dizer, em nome do Pai,
Filho e Espírito Santo.
“Ogum Megê é ordenador da Lei, pois na vertical é
regido pela irradiação ordenadora do Orixá Natural Ogum, que lhe deu sua
qualidade Ogum (ordenador). Mas, na horizontal, cuja corrente eletromagnética qualifica
sua qualidade original, ele é ordenador nos campos da evolução e é tido
como o Ogum das Passagens (de níveis vibratórios).”
Oxum Opará (ou Apará) então é a figura da mulher guerreira,
intempestiva, a fusão das águas dos rios com a ventania, por vezes também é
retratada como impiedosa e punitiva.” https://umbandaead.blog.br
Coisas da Bahia!
Fonte: O livro O Triunfo das Ideias, autor Theodiano
Bastos, 2ª edição, publicado como e-book na AMAZON
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